Fifty Nine | 59.

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KILLIAN SMITH

Enquanto retornávamos ao quarto de Calíope, o corredor do hospital estava silencioso, com apenas o som abafado dos passos ecoando pelas paredes brancas. Foi então que, ao virar uma esquina, nos deparamos com Dexter, que parecia estar procurando por algo ou alguém.

— Dexter! — Ryle exclamou, surpresa ao vê-lo ali.

Ele se virou rapidamente, seu olhar se iluminando ao nos reconhecer.

— Ryle, Killian... — o mesmo se aproximou, dando um beijo rápido em Ryle. — Eu tenho notícias sobre Dave. — Ele anunciou, sua expressão séria indicando a seriedade da situação.

Meu coração acelerou, ansioso por qualquer informação que pudesse nos levar mais perto de encontrar o responsável por toda essa tragédia.

— O que você descobriu? — Perguntei, minha voz soando firme apesar da torrente de emoções que inundava minha mente.

Dexter respirou fundo antes de responder, seus olhos analíticos buscando os nossos em busca de compreensão.

— Conseguimos rastrear a localização aproximada de Dave. Parece ser um galpão abandonado nos arredores da cidade. — Ele explicou, sua voz carregada de determinação.

Ryle olhou para mim, preocupação evidente em seu olhar.

— Killian, acho que você deveria ir com o Dexter. É arriscado demais ir sozinho. — Ela sugeriu, sua voz suave, mas firme.

Eu assenti, reconhecendo a validade de sua preocupação.

— Você está certa, Ryle. Mas não vou arriscar a vida de mais ninguém.

— Mas você também não é invencível, acontecer algo com você, sua mãe e a Calíope me mataria por ter deixado você ir só.

— Elas não vão saber, e vou voltar sã e salvo.

— Nem fudendo que vou cair nesse papo de badboy, você vai com ele e ponto final.

— Tudo bem, você venceu. — Declarei em rendimento.

Dexter assentiu, parecendo satisfeito com minha decisão.

— Ótimo. Vamos nos apressar, não sabemos quanto tempo temos até que Dave perceba que estamos no encalço dele. — Ele falou, começando a se mover em direção à saída do hospital.

Ryle nos lançou um olhar de preocupação antes de nos seguir pelo corredor.

— Cuidem-se, ambos. — Ela pediu, sua voz carregada de preocupação. Dando um beijo suave em Dexter logo em seguida.

Eu a encarei com determinação, prometendo a mim mesmo e a ela que faria de tudo para garantir nossa segurança e a de Calíope.

— Pode deixar. — Respondi, forçando um sorriso apesar do medo que ameaçava me consumir.

Com isso, seguir Dexter pelo corredor do hospital.

Entramos no carro, Dexter fez questão de dirigir enquanto eu tentava por meus pensamentos em ordem.

O trajeto até o galpão abandonado foi tenso, com o silêncio pesado entre nós sendo quebrado apenas pelo som do motor do carro. Minha mente estava a mil, tentando antecipar cada possível cenário que poderíamos encontrar quando chegássemos lá.

Dexter dirigia com determinação, sua expressão séria refletindo a gravidade da missão que tínhamos pela frente. Eu sabia que podia confiar nele, mas também sabia que esse era um assunto que eu precisava resolver por conta própria.

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