Eleven | 11.

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KILLIAN SMITH

Desviei meu olhar da estrada por alguns longos minutos, observando Calíope quieta, com a cabeça recostada na janela do carro. O álcool havia a deixado sonolenta, e sua expressão era uma mistura de cansaço e confusão.

Enquanto dirigia pelas ruas iluminadas pela luz dos postes, meus pensamentos vagaram por caminhos desconhecidos.

Finalmente, cheguei à frente de casa. Desliguei o motor do carro e olhei para ela, ainda um tanto perdido em meus próprios pensamentos. Aproximei-me e toquei seu ombro suavemente.

— Chegamos. — Minha voz soou mais calma do que eu esperava.

Calíope murmurou algo ininteligível e lentamente abriu os olhos, piscando algumas vezes para focar o olhar em mim. Sua expressão estava confusa e sonolenta.

— Sabe... você até não é feio. — sua voz estava repleta de embriaguez.

— Jura? — murmurei.

Calíope gargalhou baixinho.

Sair do carro, e dei a volta. Abrir a porta do passageiro e estendir a mão para mesma.

Ela olhou para minha mão por um momento antes de aceitar minha ajuda. Com cuidado, ajudei-a a sair do carro, sentindo sua mão um tanto instável apoiando-se em mim.

Entramos em casa, a escuridão e o silêncio tomou conta do lugar.

Calíope mal conseguia ficar em pé. Suspirei frustrado, peguei a mesma no colo e tentei subir as escadas.

— Nossa, que que é isso... — a morena levantou a manga da blusa, apertando meus músculos. — Anda tomando bombas?

Revirei os olhos por seu comentário, o álcool realmente afetou seu cérebro.

Abrir a porta do quarto e coloquei a mesma na cama cuidadosamente.

Cobrir a mesma com alguns lençóis, deixando aconchegante a cama. Observei a mesma deitada, alguns fios de cabelo estavam em seu rosto. Automaticamente uma de minhas mãos retirou esses fios dali, dando visão de seu rosto.

— Não me toca... — Calíope retirou minha mão dali. Sua voz estava carregada pelo sono.

Levantei e sair do quarto.

CALÍOPE MARINO

A sensação que eu estava tendo era como se minha cabeça estivesse prestes a explodir. Cada pequeno ruído parecia amplificado e o simples ato de abrir os olhos parecia uma tarefa monumental. Lentamente, comecei a me dar conta de onde estava. Minha mente estava embaçada e meu corpo parecia pesado demais.

Abri os olhos com dificuldade, sentindo uma dor aguda percorrendo minha cabeça. O quarto estava escuro e silencioso, exceto por uma leve luz que entrava pela fresta das cortinas. Levei a mão à testa, tentando aliviar a dor que estava sentindo. Meu estômago revirou e eu engoli em seco, tentando controlar a sensação de náusea.

Lentamente, as lembranças da noite anterior começaram a se infiltrar em minha mente em flashes confusos. A festa, a música alta, as luzes coloridas... e depois, a sensação de tontura e confusão. Minhas lembranças eram fragmentadas e pareciam se misturar com sonhos estranhos.

Tentei me sentar na cama, mas a tontura me atingiu com força, e eu me vi recostando de volta aos travesseiros. Lutei para lembrar os detalhes da noite, mas tudo estava tão confuso e nebuloso. O último fragmento que consegui reunir foi eu dançando na festa, sentindo uma estranha liberdade em meio à multidão.

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