quatro

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➢ ANY GABRIELLY

Confesso que ver Noah batendo no Luke daquela forma me assustou, por mais que Luke mereceu aquilo, mas mesmo assim me assustou.

Noah é problemático, eu vejo isso nele. Não me parece confiável, eu não confio nele, mas porque ele bateu no Luke por minha causa?

Agora eu estou no dormitório saindo do banho, eu estava morrendo de fome e decidi ir na padaria que tinha perto da faculdade.

Eu entrei na padaria e um sininho tocou, anunciando a chegada de mais um cliente para a padaria. Eu entrei e me sentei em uma mesa afastada da onde tinha pessoas.

Um garçom veio me atender e meu Deus, que garçom bonito. Eu já disse que fico nervosa perto de garotos bonitos? Então, eu quase não consegui fazer o pedido enquanto sentia meu rosto corar, e o garçom pareceu gostar daquilo, já que me olhava atentamente. Ele era moreno e parecia ter minha idade, era alto e forte.

Quando ele foi preparar meu pedido, eu peguei meu celular jogando qualquer joguinho aleatorio para passar o tempo, até que escutei o barulho do sininho, eu olhei para a entrada da padaria com curiosidade, só para ver Noah ali.

Ele andava com confiança e não era apenas eu que olhava para ele, a maioria das garotas também olhavam. Algumas olhavam com desejos e outras com raiva, eu gostaria de saber o porquê da raiva.

Noah estava com um machucado na maçã do rosto e reparei que seus punhos também estavam machucados.

"Ele brigou por sua causa"

O olhar de Noah passou por toda a padaria, até parar em mim, onde me olhou por um longo período de tempo me fazendo sentir o meu rosto esquentar, até que ele começou a se aproximar da minha mesa. Puta azar.

➢NOAH URREA

— Você não pode se meter em confusão porra — disse Alex parecendo minha mãe — Você sabe que sua mãe te mata se você for expulso e você vai ser expulso se continuar assim — Depois da briga o diretor me chamou para conversar e disse que se eu não me comportasse não iria me dar outra chance. A questão é que ele já me disse que não daria outra chance milhares de vezes.

Ele disse que por ter uma grande admiração pelo meu pai, ele me daria mais uma chance. Mas na verdade ele tem uma grande admiração pelo dinheiro do meu pai.

— Luke mereceu — eu disse irritado.

— Eu não disse que não mereceu, só que dá próxima vez, bata nele fora da faculdade — disse Alex e eu ri com isso.

— Gostei da ideia — eu disse e Alex revirou os olhos.

— E qual foi daquela de defender a novata? — perguntou Alex curioso.

— Eu quero ela pra mim — eu disse imaginando o quão doce Any deve ser.

— Tá apaixonado não né? — perguntou Alex.

— Tá doido Alex? Eu só acho ela interessante, o meu interesse com ela é apenas foda e depois eu acho outra pra me divertir — eu disse pois essa é a verdade

— Espero mesmo que não esteja se apaixonando, se apaixonar é uma merda — ele disse — Eu vou para minha aula, a gente se vê por aí —

Eu decidi ir para uma padaria comer alguma coisa, talvez uma garçonete? Quem sabe.

Não estava com ânimo para voltar para a aula de qualquer forma. Eu atravessei a rua e avistei a padaria, quando entrei nela notei o olhar das garotas em mim. Algumas me olhavam com desejo e querendo se envolver, já outras me olhavam com ódio e querendo me bater, justamente por algum dia terem se envolvido comigo.

Mas olhe bem, não é minha culpa se elas se enganam achando que eu vou me apaixonar por elas. Eu sempre deixo bem claro que comigo é só uma noite e nada mais.

Olhei para toda a padaria ate meu olhar parar na garota que eu conheço a dois dias e já bati em alguém por causa dela. Any.

Eu resolvi me juntar a ela e fui na sua direção. Eu estou louco para saber o que Any esconde de baixo de toda aquela roupa que ela usa, estou doido para tocar cada centímetro do seu corpo, mas eu sei que ela não vai se entregar para mim tão fácil e eu vejo isso como um jogo, um jogo que eu estou disposto a ganhar.

— Oi baby — disse me sentando na cadeira a sua frente e vi seu rosto corar pela maneira que eu chamei ela. Isso que me deixa mais louco, a forma que ela cora por coisas que para outras pessoas são tão banais.

— Oi — disse baixo e tímida.

— Eu queria me desculpar por você ter visto aquela cena mais cedo, eu não sou daquele jeito o tempo todo — eu disse sorrindo e vi ela me olhar.

— Tranquilo — ela disse olhando para outro lugar da padaria.

— Você quer sair comigo sexta? — perguntou apoiando minha cabeça na minha mão, onde meu cotovelo estava apoiado na mesa.

— O-o que? — me perguntou surpresa, como se não esperasse por isso.

— Você quer sair comigo na sexta? — perguntei novamente inocentemente.

— Tipo u-um encontro? — perguntou atrapalhada e vermelha, me fazendo rir com isso. Você não faz ideia de como sua inocência me deixa louco.

— Tipo um encontro

— Ãhn... Claro, sim — ela disse ainda atrapalhada e eu ri.

Depois disso o garçom veio me atender, mas mesmo anotando meu pedido percebi que ele estava mais interessado em olhar Any, que estava alheia do seu olhar sobre ela. Mal sabe ela o efeito que tem nos garotos.

Depois dele ir pegar meu pedido, ela disse que tinha que ir, se levantou atrapalhada quase tropeçando e eu me controlei para não rir e deixar ela desconfortável.

Esse é um problema para mim, Any não se sente confortável comigo e eu quero que ela se sinta bem comigo, não quero que ela tenho um treco no nosso encontro.

Por isso tenho que achar uma maneira de deixar ela bem relaxada, até porquê da maneira que ela fica perto de mim, eu duvido que eu consiga um beijo e dela, eu quero bem mais que um beijo.

I Want You ⁿᵒᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora