dezesseis

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NOAH U

Não acreditava que estava finalmente beijando a garota que tanto mexia com minha cabeça. Eu esperei tanto por esse momento.

Sentia sua mão timidamente subir para meus cabelos, enquanto uma mão minha estava em seu rosto e a outra em sua cintura. E por Deus, eu estava me controlando tanto pra não agarrar ela com força.

Any me deixa louco.

O beijo era lento e intenso. Se eu já não estava fodidamente apaixonado por ela o suficiente, agora eu com certeza atingi o nível máximo.

Sua boca na minha era com certeza, a melhor coisa que me aconteceu. Suas mãos faziam leves carícias no meu cabelo e eu sentia todos os pelos do meu corpo se arrepiar só por esse ato. Ela não tem a menor noção do poder que tem sobre mim.

Minha mão que estava no seu rosto desceu para sua cintura e puxei ela lentamente para subir pro meu colo. Sentia Any trêmula enquanto sentava no meu colo, sem descolar nossas bocas.

Apertei de leve sua cintura e ela separou sua boca da minha, com a respiração ofegante. Eu desci meus lábios lentamente pela pele do seu rosto até chegar em seu pescoço, onde dava pequenos chupões, escutando ela arfar. Ela apertou sua mão em meus cabelos, puxando alguns fios e me fazendo gemer baixo.

Como o vestido que eu dei para Any tinha uma abertura na lateral, deslizei uma mão por sua coxa sentindo o corpo de Any ficar tenso.

Ela puxou meus cabelos pra cima, puxando meus lábios novamente aos seus. Nesse curto período de tempo, antes de grudar nossas bocas novamente, vi seu rosto corado e um olhar tímido.

Começamos novamente um beijo, dessa vez mais intenso e rápido que antes. Senti meu amigo de baixo ficar animado e acho que Any percebeu, pois se esfregou por cima dele me deixando cada vez mais duro.

Subi minha mão que estava na sua coxa lentamente, mas Any colocou sua mão por cima da minha a segurando fortemente antes que ela chegasse em sua calcinha.

Ela separou sua boca da minha e me olhou nos olhos, com sua respiração ofegante assim como a minha. Ela encostou sua testa na minha enquanto tentava normalizar sua respiração.

Para ser bem sincero, eu não me importava se nós não iríamos ter algo a mais do que isso no momento, -mesmo eu querendo e muito- só de estar assim com ela, eu me sinto mais do que bem.

Única garota que faz meu coração bater forte no peito toda vez que a vejo e me faz sorrir toda vez que a vejo sorrindo ou até mesmo irritada quando eu falo alguma coisa idiota.

— Agora eu não estou com nenhum pouco de frio. — eu disse sorrindo fraco e vi seu rosto ficar mais vermelho do que antes.

A chuva estava forte, fazendo barulho enquanto caía sobre o teto do carro me trazendo uma sensação de paz com Any perto de mim.

— Se você não está mais com frio, então eu acho que posso me sentar no banco. — ela disse envergonhada e ia sair de perto de mim, mas tirei minha mão da sua coxa e passei meus dois braços em volta da sua cintura a abraçando.

— Pensando bem, acho que estou com um pouco de frio sim. — eu disse com humor a fazendo rir e me dá um tapa fraco no ombro.

— É sério Noah, deixa eu me sentar no banco. — ela disse tentando se soltar de mim, mas agora que tenho ela nos meus braços nem fudendo que vou deixar ela se afastar de mim.

— Mas está tão bom assim. — eu disse a apertando mais. — Eu gosto de estar assim com você. — eu disse e ela diretamente nos meus olhos.

— Se eu disser que também gosto de estar assim com você, você vai começar a se achar não é? — ela disse com um pequeno sorriso no rosto, enquanto suas bochechas ainda estavam vermelhas. Adorável.

— Então você gosta de estar assim comigo também? Venci a guerra. — eu disse e ela riu alto enquanto murmurava algo parecido com bobo.

Any então relaxou no meu colo depois de um tempo, encostando sua cabeça na curvatura do meu pescoço e senti sua respiração ficar leve, indicando que ela dormiu. E também não sei como, mas também dormi abraçando a garota que eu gosto.

...

ANY G.

Acordei com a cabeça no ombro de alguém. Não conseguia raciocinar onde estava, mas não demorou muito para me lembrar do que aconteceu ontem entre mim e Noah. Meu rosto esquentou e sai rapidamente do seu colo, fazendo ele acordar.

Noah esticou os braços se espreguiçando e com uma expressão de dor no rosto. Acho que ele dormiu torto.

— Já está de dia? — perguntou sonolento e esfregando os olhos.

— Parece que sim. — eu murmurei olhando para fora do carro, notando que parou de chover e até tinha um pouco de sol. — O que vamos fazer agora?

— Vamos ter que andar até achar um posto. — ele disse e eu fiz uma careta por pensar em andar.

Noah então abriu a porta do carro e saiu, falando para mim sair também. Mesmo morrendo de preguiça, eu sai do carro.

E meu Deus, eu não estava conseguindo nem olhar para ele sem lembrar do que aconteceu entre nós dois ontem. Suas mãos no meu corpo e seus beijos, só de lembrar eu sinto meu rosto esquentar novamente.

— Você está bem? — me perguntou Noah e eu o olhei quase com os olhos arregalados. — Está vermelha. — ele disse aproximando sua mão e colocando ela na minha testa.

— Para com isso, eu estou bem. — eu disse tirando sua mão da minha testa, mas ele voltou a colocar ela de novo.

— Mas você está quente. — ele disse com uma mão na minha testa e outra atrás da minha cabeça, para manter minha cabeça parada.

— Eu disse que estou bem. — eu disse me soltando dele e andando três passos para frente. — Vamos então?

— Vamos. — ele disse e nós dois começamos a andar na beirada da rodovia que não passava um carro. — Mas se você não estiver bem me avisa que nós paramos um pouco. — ele disse me olhando preocupado.

— Eu já disse que estou bem, oras. — eu disse cruzando os braços enquanto andava.

Mas eu obviamente não estava bem, pois qualquer coisa que eu pensava envolvia Noah e mais precisamente, sobre nós dois no banco do seu carro ontem.

I Want You ⁿᵒᵃⁿʸWhere stories live. Discover now