trinta e um

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ANY G

Eu e Noah estávamos deitados no gramado de uma montanha um pouco afastado da cidade, que ele me trouxe.

Agora é de noite e o céu está simplesmente magnífico.

Tinha um saco de Doritos no nosso lado, assim como duas latas de coca-cola, que infelizmente, acabou, assim como o Doritos que já está no final. Nós comiamos em silêncio, mas eu estava amando o fato de estar com ele.

— Já pensou o quão grande é o universo? — ele perguntou depois de um tempo em silêncio, enquanto olhava para o céu.

— Verdade. — eu concordei olhando as estrelas brilhantes que me encantavam. — Nós não somos praticamente nada no universo. — eu disse e senti seu olhar em mim.

— Nem vem com crise existencial. — ele disse e soltei um riso, virando minha cabeça para olhar seu rosto e dei um tapa fraco no seu braço.

— Bobo, não é crise existencial, é um fato. — eu disse e ele concordou com a cabeça dramaticamente e ironicamente.

Eu ainda estava com um sorriso nos lábios e ele olhava atentamente meu rosto, com um mini sorriso. Mesmo estando de noite, ainda era possível ver o rosto dele, iluminado pela luz lua e das estrelas.

Senti meu rosto ficando quente, por ter ele olhando atentamente para mim e por isso, me virei novamente olhando as estrelas, mas ainda sentia seu olhar sobre mim.

Meus olhos se arregalaram quando vi uma estrela cadente passar no céu.

— Você viu? uma estrela cadente. — eu disse animada e me sentando, ainda admirada por ter visto uma.

Já não vejo uma estrela cadente a muito tempo, acho que só vi uma vez na vida e eu ainda era criança.

— Perdi essa estrela cadente, pois estava de olho em uma que tenho certeza que brilha bem mais. — ele disse se sentando também e sorrindo.

— Tonto. — disse empurrando seu ombro de leve, mas não foi uma boa ideia, já que ele agarrou meu pulso e me puxou para cima dele. Noah se deitou, fazendo eu ficar por cima dele, enquanto ele sorria abertamente para mim.

Ele soltou meu pulso, para colocar suas mãos na minha cintura, enquanto as minhas estavam apoiadas no chão.

Senti uma de suas mãos subirem pela minha costa e entrarem pelos fios da minha cabeça, aproximando seu rosto do meu.

Meus lábios se aproximavam lentamente dos seus, que continha um sorriso no rosto. Não consegui controlar o sorriso bobo que apareceu em meu rosto.

Nossas bocas se tocaram em um beijo suave e meus olhos se fecharam, enquanto nossas línguas brincavam na boca um do outro.

Sua mão ainda estava no meu cabelo, mandando arrepios por todo meu corpo quando puxava de leve os fios da minha nuca.

O beijo estava ficando cada vez mais quente, mas o clima foi cortado quando senti algo subir pela minha perna direita. Soltei um grito e chacoalhei minha perna, vendo um bezorro cair na grama.

— Que nojo. — eu disse passando a mão na minha perna, porque parecia que eu ainda sentia as patinhas do inseto nela.

Escutei a risada alta do Noah, me fazendo olhar para ele irritada por ele estar rindo de mim.

— Você me assustou. — ele disse respirando fundo pra parar de rir.

— Eu que me assustei, esse bixo subiu em mim. — eu disse vendo com dificuldade, por causa da falta de iluminação, o bezorro no chão.

— Bom, já passou o susto, então vamos continuar. — ele disse me puxando pra ele novamente.

— Eu acho melhor irmos embora, já está tarde. — eu disse com a mão no seu peito para manter a distância, enquanto Noah me olhava com carinha de cachorro sem dono.

— Maldito bezorro. — ele disse se levantando e estendeu a mão na minha direção, para me ajudar a levantar. — Vamos então. — segurei sua mão e ele me levantou.

Fomos em direção ao seu carro, que não estava tão longe e entramos. Noah ligou uma música qualquer no rádio, enquanto dirigia de volta para os dormitórios.

Abri a janela, sentindo o vento bater no meu rosto e fazer meu cabelo voar. Olhei para Noah, que estava sorrindo e cantarolando a letra da música.

Ele olhou na minha direção e abri mais seu sorriso, fazendo eu abrir um pequeno sorriso na sua direção.

Ele estendeu uma mão e colocou na minha coxa, eu coloquei minha mão na sua e ele voltou a olhar para a estrada. Seguimos o caminho até o dormitório assim, com nossas mãos juntas e Noah cantarolando as músicas do rádio.

Quando o carro parou em frente ao dormitório, saímos e ele me levou até meu quarto.

— Até a amanhã. — eu disse e dei um selinho na sua boca.

Quando ia me afastar, Noah segurou meu rosto e me beijou com vontade, diferente do selinho que eu dei nele. Separamos nossas bocas e sorri com as bochechas quentes e o coração disparado.

— Tem alguma coisa planejada para as férias? — me perguntou e então me lembrei que falta poucos dias para as férias de verão.

— Na verdade, não. — eu disse colocando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha.

— Quer passar suas férias comigo? — me perguntou e eu sorri.

— Claro. — respondi e ele abriu um sorriso.

Nos despedimos novamente, dessa vez com um pequeno selinho e entrei no meu dormitório, vendo ele ir em direção ao seu, enquanto fechava a porta.

I Want You ⁿᵒᵃⁿʸWhere stories live. Discover now