quarenta

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ANY G

Abri meus olhos devagar, com a mente confusa. Franzi o cenho percebendo estar em um quarto de hospital quando vi as paredes brancas.

Olhei para os lados, sentindo meu corpo dolorido, mas meu braço era o que estava doendo mais.

— Minha filha, você acordou. — escutei a voz da minha mãe, e vi ela sentada em uma cadeira perto da cama em que eu estava deitada.

Quando virei minha cabeça para olha-la, não só vi minha mãe como também meu braço enfaixado. Me lembrei vagamente do que aconteceu. Da briga, do carro e depois tudo apagou.

E agora estou aqui.

— Eu vou chamar o médico. — ela disse se levantando e andando até a porta.

Ouvi ela chamar o médico e pouco tempo depois ele entrou no meu quarto, com Noah, meu pai e Bailey atrás.

— Você lembra seu nome? — perguntou o médico quando se aproximou segurando uma prancheta.

— Lembro. — murmurei sentindo minha voz sair um pouco estranha.

O médico me fez mais algumas perguntas e depois analisou meus batimentos. Ele disse que estava tudo bem, tirando meu braço que tinha quebrado e alguns ralados que estavam pelo meu corpo por conta da queda no asfalto, mas tirando isso estava tudo bem.

Eu estava sem acreditar no que tinha acontecido. Eu fui atropelada.

Parte de mim culpa meus pais, porém, não acho que seja totalmente a culpa deles, porque eu não deveria ter atravessado a rua sem olhar.

— Você está bem? — perguntou Noah chegando ao meu lado e segurando minha mão. Ele estava me olhando de uma maneira preocupada e se eu não estivesse em uma cama de hospital depois de eu ter sido atropelada, diria que ele está fofo.

Concordei com a cabeça sentindo ela doer um pouco.

Meu pai não tinha dito nada até agora, estava parado na porta me olhando preocupado ao lado de Bailey. Não dava nem para acreditar que os dois estavam tão pertos um do outro e não estavam se matando.

Talvez meu pai tenha se arrependido do que fez.

— Isso é sua culpa. — escutei meu pai murmurar para Bailey.

Esquece o que eu disse antes.

Suspirei.

— Isso não é culpa dele pai, isso é culpa sua. — eu disse começando a me estressar.

— Por favor não deixem a paciente estressada. — disse o médico notando minha expressão.

Ele disse que apesar de não ter sido nada sério, eu teria que passar o resto da noite no hospital, mas amanhã levaria alta. Ele também disse que não poderia ficar muitas pessoas no quarto, só poderia uma.

— Eu fico. — disse minha mãe apertando minha mão, mas eu soltei minha mão da sua e neguei com a cabeça.

— Quero o Noah. — disse olhando para o meu namorado.

Eu com certeza não queria ficar com minha mãe e nem meu pai, e o Bailey, bom prefiro o Noah.

— Mas... — minha mãe tentou questionar minha decisão mas eu neguei, fazendo ela apenas concordar cabisbaixa.

O médico saiu da sala, junto com meus pais e Bailey, deixando eu e Noah sozinhos.

— Que susto que você me deu. — ele disse se sentando na cadeira que minha mãe estava sentada.

— Desculpa.

— Não foi sua culpa, e sim dos seus pais e do irresponsável que estava dirigindo o carro em alta velocidade. — ele disse irritado.

I Want You ⁿᵒᵃⁿʸМесто, где живут истории. Откройте их для себя