onze

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ANY G.

Enquanto organizava minhas coisas em cima da mesa, esperando a professora chegar, vi alguém se sentar na mesa da minha frente, mas não dei atenção pensando ser o idiota do Noah.

— O-oi — quando olhei na direção da voz, percebi que não era o Noah.

Olha para o garoto que estava sentado na carteira a frente da minha. Ele tinha os cabelos loiros e era bem branco.

— Oi — eu disse apenas isso e percebi que ele estava nervoso por algum motivo.

— Eu v-vim te dizer que te acho m-muito bonita — ele disse corando e eu abri um sorriso de lado achando ele fofo. Normalmente sou eu quem fica assim perto das pessoas.

— Obrigada

— Eu também vim t-te convidar p-para... — ele não terminou de falar, pois tomou um susto quando alguém bateu um caderno com força na mesa. Eu também me assustei e quando olhei para pessoa, era o Noah.

— Sai do meu lugar branquelo — ele disse olhando para o garoto que eu nem sei o nome.

O garoto se levantou rapidamente se desculpando e saindo para se sentar no outro lado da sala, me deixando abismada com a idiotice do Noah.

— Você é idiota? — perguntei quando ele se sentou na minha frente.

— Está falando comigo? — perguntou com ironia.

— Não sei nem porque pergunto. É óbvio que você é um idiota — eu disse cruzando os braços.

— Eu não sou idiota. Idiota é ele que se sentou no meu lugar — ele disse apontando para o garoto, que quando eu olhei, nem se atrevia olhar na direção do Noah — Porra, tantos lugares para se sentar e ele veio se sentar justo no meu? — ele terminou de falar e eu bufei revirando os olhos.

— É só uma carteira

— Mas você não é qualquer uma — ele disse me olhando e eu franzi o cenho.

— O que? — perguntei confusa.

— Qual é, ele estava dando em cima de você

— E o que você tem a ver com isso? — eu perguntei me inclinando sobre a mesa.

— A questão aqui, baby — disse com ironia e enfatizando o "baby" — é que eu não vou permitir que você me negue pra sair com um otário daquele

— Você teria seu ego ferido — eu disse com sarcasmo.

— Escuta aqui, você não pode... — não permiti ele terminar de falar, pois me exaltei quando ele veio com esse "não pode". Quem ele pensa que é?

— Não me venha dizer o que eu posso ou não fazer. Nós não temos nada e nunca vamos ter — eu disse um pouco alto, chamando a atenção das pessoas que estavam na sala. Na verdade a sala toda, já que estava na hora da professora chegar.

Notei que todo mundo estava me olhando, o que me fez me encolher na cadeira, não gostando dessa atenção. Mas não durou muito, já que a professora entrou na sala e todo mundo focou nela.

— Tá certa — Noah apenas murmurou e se virou para frente, enquanto a professora começava a dar sua aula.

Eu suspirei e comecei a prestar atenção no que a professora dizia, tentando não pensar em mais nada que envolve o Noah. Desde quando eu o conheci ele só me da dor de cabeça.

Quando a aula acabou, Noah foi o primeiro a sair. Ele saiu como um furacão da sala com uma carranca no rosto.

Aos poucos, o resto da sala foi saindo e não demorou muito para mim sair também. Eu andava calmamente pelo corredor da faculdade, sem pressa e pensando em passar em algum lugar para comer.

Então foi isso que eu fiz. Procurei rapidamente no Google um restaurante perto daqui e depois sai da faculdade, indo em direção a esse restaurante, que de acordo com o Google maps, era pertinho.

Enquanto andava pelas ruas, senti alguém pegando no meu braço e me puxando para um beco que tinha ali perto. Não tive nem tempo de raciocinar o que estava acontecendo, mas meu coração começou a acelerar.

Eu olhei para quem estava me puxando, era um homem que eu daria uns 30 anos. Quando ele me puxou para totalmente dentro do beco, percebi que lá tinha mais três homens.

— Me solta — eu praticamente gritei, mas o homem me ignorou.

— Então essa é a irmã do desgraçado que me deve — perguntou o do meio e deu alguns passos na minha direção, parando na minha frente.

Eu engoli em seco e eu percebi que Bailey mentiu pra mim. Quem deve é ele e não o amigo.

— Por favor, me deixa ir — eu implorei sentindo as lágrimas brotarem nos meus olhos.

— Ah querida, eu não posso — ele disse fazendo uma falsa expressão de dó — Seu irmão me deve e não me pagou no prazo, e olha que eu dei várias chances para ele. Mas agora eu vou ter que dar uma lição nele e me desculpa se é você quem vai pagar pelos erros dele — ele disse e quando abri a boca pra falar mais alguma coisa, ele me deu um soco na boca.

Virei o rosto automaticamente quase caindo, sentindo a dor no meu na minha boca. Eu coloquei a mão sobre meus lábios lentamente e quando olhei para meus dedo, vi sangue nele.

Nem percebi, mas estava chorando e soluçando. O homem que me arrastou para o beco, me segurou colocando meus braços para trás e me deixando imóvel.

— Por favor não... — eu disse chorando e com a voz trêmula.

O homem que me deu o soco se aproximou de mim, ficando cara a cara comigo, me fazendo sentir o medo me consumir.

— Avisa seu irmão que se ele não me pagar, eu vou deixar mais que um machucado em você — ele disse passando a sua mão no meu rosto.

O homem que estava me segurando então me soltou com força, na verdade ele praticamente me jogou no chão, me fazendo sentir a dor do impacto.

— Ele só tem mais uma semana — o homem disse e então eles foram embora, me deixando naquele beco.

Eu me levantei lentamente, sentido meu corpo doer por causa da queda, mas meu lábio estava doendo bem mais. Eu funguei secando as lágrimas do meu rosto, andando rapidamente pra fora daquele beco e desistindo de ir para o restaurante.

E é claro, descobrir porque Bailey deve para esses caras e também o porque dele não ter pago quando eu dei o dinheiro para ele.

I Want You ⁿᵒᵃⁿʸUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum