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ANY G

Não demorou muito para Bailey voltar. Nós dois fizemos as pazes, como sempre e também conversamos sobre o dinheiro que, supostamente, o amigo dele devia e eu transferi o dinheiro para sua conta.

Mesmo desconfiada, Bailey me afirmou que não era ele quem devia e eu não precisava me preocupar.

Depois ele me levou embora pro dormitório e agora, eu estou aproveitando o resto da minha tarde tomando café na padaria perto da faculdade. Eu simplesmente amei essa padaria, ambiente agradável.

O garçom veio me trazer meu pedido, ele parou enfrente a cadeira a minha frente e colocou meu pedido na mesa.

— Aqui está seu pedido moça bonita — ele disse e eu senti meu rosto corar com o elogio.

Eu sorri desconcertada sem saber o que responder. Mas de qualquer forma, eu não precisei, pois um idiota falou antes de qualquer reação minha.

— Da pra sair da minha frente? — disse Noah atrás do garçom, que olhou pro Noah e pediu desculpas se afastando, o que fez Noah se sentar a minha frente — E eu quero um café e um pedaço de bolo de laranja — ele disse e o garçom concordou e depois foi pagar seu pedido.

— Por que você é tão idiota? — eu perguntei olhando pro Noah indignada. Pra que falar assim com o garçom?

— Porque você foi embora com aquele idiota? — ele me "respondeu" com outra pergunta.

— Não é da sua conta — eu disse bufando.

— Quem é ele? — perguntou me encarando seriamente.

— Meu irmão — eu disse e bebi um gole do meu café, vendo o garçom voltar com o pedido do Noah.

O garçom deixou o que ele pediu e depois se retirou, sem dizer nada e eu acho que é por culpa da grosseria do Noah.

— Então eu não tenho concorrentes? — perguntou mudando seu semblante de sério, para uma expressão sorridente, mas um sorriso meio que irônico.

— Tendo concorrentes ou não, você não tem chances comigo — eu disse comendo meu croissant.

— Assim você me magoa — disse colocando a mão no peito fingindo estar magoado, exageradamente.

Eu revirei os olhos e continuei a comer, tentando ignorar o idiota na minha frente, mesmo que seja difícil.

— Porque você é tão difícil? — perguntou tomando um gole do seu café.

— Eu não sou difícil, eu só não quero nada com você — eu disse dando de ombros.

— Eu até acreditaria nisso, mas você é uma péssima mentirosa. Sempre que eu falo com você, seu rosto fica corado, do mesmo jeito que está agora — ele disse sorrindo malicioso e eu senti meu rosto ficar mais quente.

É verdade isso que ele disse, eu sinto meu rosto esquentar quando ele chega perto de mim, mas nunca achei que ficasse visível pra ele.

— Ficou sem palavras agora baby?

— Você é um idiota — eu murmurei olhando pra minha xícara de café em cima da mesa, evitando contato visual com ele.

— Um idiota que te deixa nervosa, mas eu entendo, eu sou realmente muito gostoso — ele disse se gabando e eu revirei os olhos.

Ele é realmente gostoso e o vagabundo ainda sabe. Senti meu rosto esquentar mais com esse pensamento, mas tentei ignorar isso.

— Mas não sou eu que te sigo igual uma psicopata — eu murmurei sobre o fato dele sempre estar atrás de mim.

— Você acha que eu te sigo? — perguntou e olhei pra ele, vendo um sorriso no seu rosto. Ele está achando divertido isso.

— Eu tenho certeza — eu confirmei e ele riu.

— Eu não te sigo, a questão é que você sempre está onde eu vou. Será se é o destino amor? — ele perguntou e a palavra "amor" me causa uma sensação estranha. As famosas borboletas no estômago.

— Eu acho que você está perdendo seu tempo comigo

— Eu acho que não. Daqui umas semanas você estará na minha cama e pode ter certeza que você vai amar estar nela — ele disse e passou a língua entre seus lábios.

Se meu rosto já não estava vermelho o suficiente, agora ficou mais ainda. Maldito seja.

— Eu-eu duvido — disse gaguejando e senti vontade de me bater por isso.

— Pois eu tenho certeza — ele disse sorrindo e se divertindo com meu nervosismo.

Eu não aguentava mais ficar perto dele, então me levantei com tudo fazendo ele rir mais. Eu peguei meu croissant pra levar e comer no caminho.

Fui até o balcão onde pagava e paguei o café e o croissant, depois fui embora de lá rapidamente. Senti o olhar de Noah queimar nas minhas costas enquanto eu andava até a saída da padaria.

Eu sai na rua e senti a brisa gelada bater contra meu rosto. Eu andei rapidamente até o dormitório pra tomar um banho e assistir série até enjoar.

Não demorou muito pra chegar no dormitório, já que a padaria é perto da faculdade. Quando eu abri a porta do meu dormitório tive uma visão um tanto quanto traumatizante e constrangedora.

Nour ajoelhada chupando o Alex, que estava sentado na cama dela.

Eu arregalei os olhos e vi que quando ela percebeu que alguém abriu a porta, olhou para mim tirando o membro dele da boca. Eu não esperei mais nenhum segundo e sai do meu dormitório, fechando a porta.

Sentia meu rosto corar enquanto eu andava pra qualquer lugar longe dali.

NOUR A.

— Porra, sua amiga quebrou o clima — disse Alex fechando o zíper da sua calça.

— Eu falei que ela iria chegar — eu disse, pois eu realmente tinha avisado.

— Escondido é mais gostoso — ele disse sorrindo malicioso e me agarrando pela cintura.

— A gente não fez exatamente escondido de alguém — eu disse tirando suas mãos da minha cintura.

— Vai a onde? — perguntou confuso.

— Atrás dela, falando que pode voltar

— Deixa ela pra lá e vamos aproveitar, já que agora ela não vai voltar mesmo — ele disse malicioso se levantando da minha cama.

— Eu tenho uma regra que eu mesma criei para mim, que é: minha melhor amiga a cima de qualquer garoto — eu disse pegando minha blusinha que estava jogada no chão e vesti — Você também pode ir embora — eu disse indo em direção a porta e esperei ele vir também, para sair.

Ele veio suspirando e saímos do dormitório — A gente se vê por aí Alex — eu disse e sai andando pelos corredores, procurando a Any.

— Any, espera — chamei ela quando a avistei. Ela se virou na minha direção quando eu já estava próxima dela — Me desculpa, por você... Enfim — eu disse quando cheguei do seu lado

— Você deveria me avisar pra mim não ter que ver aquela cena novamente — ela disse e vi seu rosto começar a ficar vermelho.

— Você é tão fofa — eu disse e fiz menção de encostar minha mão nela, mas ela desviou rapidamente.

— Não aproxime sua mão de mim, pois eu sei exatamente onde ela estava — ela murmurou e eu ri.

— Tudo bem então — eu disse erguendo as mãos em rendição — Vamos voltar pro dormitório, dessa vez não vai ter ninguém lá —

— Sei. Vai saber se não sai um cara do guarda roupa — ela disse e eu gargalhei alto.

— Cala a boca, eu nunca mais fiz isso — eu disse ainda rindo, enquanto Any negava com a cabeça.

I Want You ⁿᵒᵃⁿʸOnde histórias criam vida. Descubra agora