Capítulo 38

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Athena

Finalmente, quarta-feira. O dia da viagem chegou. Me despedi de todos e agora estávamos no aeroporto, rumo a Amsterdam. Parecia que mil borboletas voavam sobre meu estômago.

— Tenho uma surpresa pra você, mas só quando chegarmos lá. — Théo diz enquanto segurava minhas mãos

— Já estava ansiosa antes, agora então...

— São sete horas de viagem, você aguenta. Vamos que nosso jatinho está pronto.

Eu não consegui ficar quieta por um minuto durante o voo inteiro, falava o tempo inteiro os lugares que deveríamos conhecer, comidas que vamos provar e a casa de Anne Frank. Theodoro sempre soube o quanto eu amava essa cidade e conhecê-la junto dele tornou-se tudo melhor.

— Preparada para explorar tudo que tivermos direito durante esses dias ? — Ele perguntou, enquanto pegava nossas malas

— Mas é claro, vamos nessa! — falo, e fazemos um high five

Depois que entramos no táxi, parecia que não existia mais ninguém, somente eu, Théo e a cidade. Ela superou todas as minhas expectativas e como era linda, as flores rosa colorindo as ruas num tom terroso, o perfume adocicado... tudo.

Chegamos ao hotel e senti que iria desmaiar a qualquer momento. Ele não era igual aos de Nova York, com várias janelas, acinzentados e frios. Ele tinha uma beleza única. As paredes eram coloridas, como se quem morasse aqui fossem adolescentes.

— Acho melhor você fechar a boca, ou entrará bicho — Théo estala os dedos a minha frente

— Mas olha como isso aqui é foda! — falo um pouco alterada, fazendo pessoas que passavam na hora me olharem — Quer dizer... olha como ele é encantador. Podemos passear, não é ? Me diz que sim!

— Já está ficando tarde, mas nós podemos ir jantar. Amanhã depois da reunião prometo que você irá conhecer cada cantinho desse lugar — ele diz, me dando um beijo casto e sinto minhas pernas fraquejarem

Após fazermos o check-in e deixarmos as malas no quarto, estávamos indo jantar. Théo queria que fossemos de carro, mas exigi ir a pé, para não deixar nada passar absolutamente nada.

— Olha o VondelPark — apontei

— Lindo, né ? Podemos ir lá depois. — afirma —  E veja, nós vamos jantar diretamente de frente para ele, fiz questão de reservar nossa mesa quando ainda estávamos em Nova York.

Tenho certeza de que meus olhos estão brilhando e estou prestes a chorar.

— Eu te amo, muito!

— Eu também te amo, muito!

Entramos no restaurante e ele era muito aconchegante. Não possuía lustres e nada chamativo, eram luzes não muito fortes, que passavam um clima romântico. As mesas redondas cobertas com uma toalha de cetim branca, as cadeiras de madeira antiga e muito bem polidas.

— Boa noite. O que desejam pedir ?

— De entrada, alguns Bitterballen e Kroketten. O que vocês recomendariam para o prato principal ?

— Posso recomendar o prato tradicional da culinária holandesa, Stamppot. — o garçom diz, e Théo me olha procurando aprovação

— Claro, nós vamos querer esse. E traga o melhor vinho que tiverem - peço

A entrada que ele pediu realmente era muito boa, poderia comer vários desse negócio e não me enjoaria.

— Com licença, aqui estão. Espero que gostem! — o garçom dá um sorriso e nos deixa a sós novamente

O Que Não Disse A Você Where stories live. Discover now