Capítulo 47

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Athena

Abro os olhos lentamente, pois a luz daquele lugar incomodava, Jéssica estava ao meu lado e suspirou aliviada assim que a chamei. Perguntei o que tinha acontecido, e pelo que entendi, ela me encontrou desacordada no corredor do apartamento, estava pálida e gelada quando cheguei aqui, meu coração parecia que iria explodir a qualquer momento.

Exatos cinco minutos após acordar, meus amigos fizeram tumulto na porta decidindo quem iria passar primeiro. A enfermeira os olhava com uma carranca, e todos pararam de falar quando perceberam.

— Deixem ele entrar primeiro, saíam — Gregory os empurrou, colocando Andrew na frente

— Amiga, ficamos tão preocupados, o que aconteceu ?

— Estresse. Sou o Doutor Vincent, e estou responsável por você — O médico diz, entrando no quarto

Ele nos explicou que o acúmulo de emoções — que não foram poucas durante esses últimos dias — fez com que eu passasse mal, fora o fato de que não estou me alimentando direito a dias.

Theodoro mexeu completamente comigo, e o amaldiçoou de todas as formas possíveis. Doutor Vincent passou diversos remédios e vitaminas para mim. Assim que saiu, um falatório começou e todos diziam a mesma coisa, para que eu não ficasse sem me alimentar por coisas que o outro fez.

Apesar das palavras de carinho, infelizmente nada esta conseguindo fazer parar de doer. A cena fica se repetindo em minha mente, e faz meu estômago revira todas ás vezes.

Fiquei em observação por duas horas, e depois fui liberada. As meninas decidiram dormir no meu apartamento, e fizemos uma festa do pijama, mas sei que a intenção era para me animar.

Os remédios ajudaram bastante, e consegui dormir melhor. Escutei duas batidas na porta, e assim que ela foi aberta, um serzinho passou, trazendo um sanduíche em forma de coração, e um copo de suco de melancia. Andrew praticamente me obrigou a comer quando eu disse que não sentia fome, ele consegue ser mandão igual a irmã. Peguei um cobertor e fui para sala deitando no sofá. Eu não estava disposta a sair daqui tão cedo.

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O dia passou se arrastando, e quando percebi, o relógio marcava sete horas, mas ninguém havia chegado ainda. A única coisa que tinha comido o dia todo foi o sanduíche, e não sentia vontade nenhuma de comer. Voltei para meu quarto, e tomei remédio, não demorou muito para eu adormecer novamente.

— Acorda, meu amor, vamos jantar. — Maya me chamou

— Não estou com fome, me deixa dormir — puxei a colcha, me cobrindo de novo

— Contratei até um chefe para fazer a comida, vem!

Chegando na cozinha, Gregory preparava peixe ao molho branco, o cheiro estava ótimo e os ajudei colocando a mesa, era o mínimo que eu podia fazer já que a idéia foi dele.

Não perguntei por Theodoro, e em nenhum momento do jantar tocamos em seu nome, o que me deixou bastante aliviada, mas ainda sim fiquei triste, ele não me mandou mensagem para saber se eu estou bem, o que só mostrou que ele não se importa.

— Obrigada, isso está divino, vocês são os melhores! — agradeço

— Eu quero te ver bem, ok ?

Apenas dou um sorriso fraco para meu amigo.

— Tem certeza de que não vai mais trabalhar na empresa ? Você é ótima no que faz. — Maya questiona

Eu não estava com coragem para voltar, pelo menos não agora. Só de falar sobre Theodoro, meu peito dói, porque o amor que eu sentia por ele era lindo, e agora se tornou feio. Eu não quero viver um amor feio.

O Que Não Disse A Você Where stories live. Discover now