Capítulo 46

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Athena

Tudo que eu mais queria era chegar em casa, deitar e comer tanto sorvete a ponto de congelar meu cérebro. Assim que entrei, Andrew veio correndo me abraçar, e o enchi de beijos. Maya estava na cozinha e apenas mandou um beijo no ar. Fui para o banheiro, tomei banho e coloquei meu pijama mais confortável.

Voltei para sala e fiquei assistindo Outer Banks até o final. Jantamos e resolvemos fazer uma cabana, o que resultou em uma bagunça enorme, e que com certeza vai sobrar para eu e Andrew arrumarmos, já que foi nossa idéia.

Passava das onze horas, e apenas eu estava acordada, ouvi alguém chamar meu nome, e pausei o filme que assistia. Segundos se passaram, e só se escutava o barulho dos grilos, deitei novamente e dei play no filme.

Começaram a me chamar, e eu não entendia muito bem o que a pessoa falava. Apareci na varanda, e as cenas a seguir me deram um baque. Theodoro se encontrava bêbado, aos prantos na calçada, enquanto um táxi com a porta aberta o aguardava.

— Theodoro, o que pensa que está fazendo ? — pergunto, horrorizada.

— Eu juro que não fiz nada, volta pra mim, por favor! — pediu

— Vai embora, olha o escândalo. Me deixa em paz — disse, e voltei para dentro

— Posso adivinhar ? Ele está bêbado. — Maya afirmou, coçando os olhos

— Sim, eu vou ligar para os meninos.

Pego o celular ligando imediatamente para os meninos, e disseram que já estavam a caminho. Caleb me contou que ele sumiu do bar aonde bebiam, e quando eles deram conta, imaginaram que Theodoro tinha vindo para cá.

Exatos quinze minutos depois, eles chegaram, e ouvi Gregory implorar para que Theo entrasse no carro. Maya olhava tudo pela janela, e seu sorriso aumentava a cada momento em que a situação parecia piorar. Pelo que entendi, os meninos tiveram que pegar ele no colo e o jogaram dentro do carro.

  Não sei se conseguirei mais sair daqui, já que a maioria das pessoas acordaram com tanto barulho, e ficaram gritando dos seus apartamentos. Assim que o show de horrores acabou, minha amiga entrou, enquanto enxugava seus olhos.

— Imagino que tenha se divertido...

— Muito! Odeio que me acordem, mas isso foi im-pa-gá-vel!

— Quase joguei um balde d'água lá embaixo, só que está muito frio, fiquei com pena — disse, dando de ombros

— Era só me falar, eu mesma fazia questão de jogar. Vamos dormir, estou morrendo de sono.

Deitamos juntas a Andrew que mesmo com toda essa algazarra, seu sono era intacto e não acordou em nenhum momento. Quero esquecer o que acabou de acontecer e conseguir dormir. Terei uma conversa séria com Theodoro amanhã, e se ele aprontar mais uma dessa, eu não ligarei para os meninos, mas, sim, para a polícia!

Um pouco de claridade que entrava pela cortina refletiu em meu rosto e me fez despertar. Tomei uma ducha bem rápida, logo vesti um moletom e calça jeans, nos pés, calcei um par de botas pretas, e prendi meu cabelo em um coque frouxo. Peguei minhas coisas e fui para cozinha.

Maya havia me comprado um copo térmico, já que eu quase nunca tomava café em casa por sair atrasada e tinha que passar rápido no Starbucks antes de ir para a empresa. O café já se encontrava no balcão, ao lado de um sanduíche que ela faz todos os dias para mim.

— Obrigada, até mais tarde. Amo vocês!

Não estava nem um pouco animada para o trabalho desde aquela briga, as pessoas quando veem conversar comigo é apenas para perguntar se estou bem, ou ás vezes nem perguntam, só lançam seu olhar de pena, o que me deixa irritada. Fora os sites de fofocas.

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