Capitulo 12

125K 13.4K 11K
                                    

VOTE E COMENTE EU MEREÇO (foram 2 capítulos seguidos)

VOTE E COMENTE EU MEREÇO (foram 2 capítulos seguidos)

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

ADDISON NIRVANA

Quando eu tinha cinco anos, meu pai me matriculou em aulas de artes marciais, junto com os filhos de seus colegas de trabalho.

Aos dez anos, eu já era experiente em qualquer tipo de luta corporal, mas na escola eu nunca tive amigas. Elas diziam que não queriam brincar com alguém que fazia coisas de meninos. Eu era solitária, mas sempre que voltava para casa, encontrava minha avó e meu pai.

Tinha dias em que eu não podia ir à escola, e meu pai me dizia para me esconder em uma espécie de porão no subsolo da nossa casa. Eu nasci e cresci em um apartamento luxuoso, não conheço minha mãe e nunca tive interesse em conhecê-la. Meu pai era suficiente.

Quando completei onze anos, fomos obrigados a nos mudar para uma casa isolada da civilização, cercada por guardas armados até os dentes. Eu não sabia exatamente o que meu pai fazia, mas tinha consciência de que ele era importante.

Meu pai passava a maior parte do tempo trabalhando, mas bastava eu aparecer e olhar para ele que ele cancelava todas as reuniões para passar um tempo comigo. Quando ele tinha que viajar por longos períodos, eu era levada para fazer companhia a ele. Nossa relação era como a do Drácula e Mavis: éramos nós dois contra o mundo.

Quando completei doze anos, tivemos que fazer uma viagem até Palermo, e foi lá que conheci Kai, meu primo. Os pais de Kai estavam mortos, assassinados, e, por ele ser filho do irmão do meu pai, ele veio morar conosco.

Detestei ter que dividir a atenção da vovó e do meu pai com ele. Kai era mimado, irritante e chato.

No mesmo ano, meu pai me inscreveu em aulas de tiro, e Kai começou a frequentar minha escola. Estranhamente, as garotas se aproximaram de mim. Eu estava adorando ter amigas, mas bastava eu mencionar tiro e luta que elas faziam uma expressão de repulsa.

Foi então que um dia me recusei a ir para a aula de tiro, e meu pai, zangado, veio pessoalmente ao meu quarto. Ele não disse uma palavra, apenas me arrastou até uma capela abandonada atrás de nossa casa.

Lá, ele me fez sentar diante de um homem amarrado e machucado, e explicou que aquilo era para eu ver o que acontecia com pessoas que o desrespeitavam. Meu pai esfolou a pele do homem vivo, e eu testemunhei o horror do sangue escorrendo pela carne dele, sua pele sendo arrancada por objetos afiados e mortais. Meu corpo tremia, meus olhos estavam arregalados, e meu coração corria em meu peito.

Quando meu pai terminou de esfolar o homem, colocou uma arma nas minhas mãos e me obrigou a tirar a vida dele, dizendo que queria ver o que eu havia aprendido.

Eu matei um homem.

Com doze malditos anos, tirei a vida de uma pessoa.

E isso não parou por aí. Meu pai comprou uma estufa gigantesca e a transformou em uma área de sobrevivência. Ele colocava seus inimigos lá dentro, e eles tinham que lutar para sobreviver, enquanto eu e meu pai os caçávamos.

OBSESSÃO CRUELWhere stories live. Discover now