Capitulo 37

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ALEKSANDER PETROV

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ALEKSANDER PETROV

— Você pode me matar. Mas nada irá mudar o fato do seu pai estar morto. — Natasha vociferou com dificuldade.

As palavras dela me atingiram como um choque de realidade.

Soltei Natasha abruptamente, vendo-a cair no chão, ofegante e segurando o pescoço. Me sentindo sufocado pela raiva, saí do escritório sem olhar para trás, minhas mãos tremiam.

Andei rapidamente pelo corredor até meu antigo quarto. Quando completei 10 anos troquei de quarto, e esse permaneceu fechado. Ele era todo decorado de capitão america.

Entrei e fechei a porta atrás de mim, tentando encontrar algum alívio na familiaridade do lugar. Meus olhos se fixaram em uma velha caixa de CDs no canto do quarto. Caminhei até ela, peguei o objeto levanto até a cama.

Vasculhando a caixa, encontrei alguns CDs rotulados com datas antigas. Peguei um deles e coloquei no velho aparelho de DVD que ainda estava no quarto.

A tela da TV piscou, e logo vi meu pai, jovem e sorridente, brincando comigo quando eu era bebê. Ele ria, fazendo caretas para a câmera enquanto me balançava nos braços. Eu era tão pequeno, inocente, ele parecia feliz e  orgulhoso.

As lágrimas começaram a rolar pelo meu rosto enquanto assistia às cenas. A dor da perda e a revelação cruel de Natasha me atingiram com força total.

Sentei no chão, abraçando meus joelhos, chorando enquanto via meu pai brincar comigo com uns óculos ridículos de girassol no rosto.

Olha só quem está aqui, o meu garotão! — ele dizia, enquanto mordia minha bochecha.

Eu gargalhava, encantado com as caretas que ele fazia.

Diga olá para a câmera, filho! Olá, mamãe! — ele falava, e eu balbuciava algo incompreensível, mas que o fazia rir ainda mais.

O quarto parecia se fechar ao meu redor. Meu peito começou a apertar, e minha respiração ficou rápida e superficial. As imagens na tela ficaram borradas pelas lágrimas, e meu coração batia descontroladamente.

Vamos lá, você consegue! Venha para o papai! — a voz do meu pai ecoava, mas agora parecia distante e inalcançável.

Senti como se estivesse afundando em um abismo. O cômodo girava, e a sensação de desespero se intensificava. Levei as mãos ao peito, tentando acalmar a respiração, mas o pânico só aumentava.

Merda, de novo não.

Tudo ao meu redor parecia desfocado e surreal, como se eu estivesse preso em um pesadelo do qual não conseguia acordar.

Isso mesmo, campeão! Papai está tão orgulhoso de você! — suas palavras só amplificavam minha angústia.

As cenas na tela continuavam, mas eu não conseguia mais focar. Senti minha visão escurecer, e minha cabeça começou a girar.

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