Capítulo 29- Punição

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Capítulo 29- Punição

Olivia estava chegando do treinamento em sua casa quando viu sua mãe sentada no sofá da sala. A enfermeira já havia ido embora, era apenas as duas, sozinhas.

— O plano deu certo, a mãe de Jae vai à festa. — Olivia disse colocando a mochila em cima da mesa de centro.

—Eu vi nas redes sociais, aparentemente terá mais impressa por ser uma festa diferente das outras, uma mulher lá pela primeira vez.

— É uma ótima oportunidade para expor o que fizeram com você, mãe. Um amigo de Taehyung tem conseguido abrir alguns documentos criptografados que o policial tinha.

— Mas ainda sim, nada liga os bilionários aos desaparecimentos que houveram aqui na cidade.

Olivia estava frustrada, mesmo passando as datas dos desaparecimentos, de forma escondida por telefone para Taehyung, sabendo que ele levaria para Namjoon, eles não haviam conseguido achar nenhuma ligação.

Apenas os casos de assédios estavam arquivados, como o da minha mãe.

Olivia sabia que precisava ir novamente para a fábrica que ela e Taehyung tinham conhecido, havia algo lá, mas não poderia fazer isso sozinha. Precisaria de Jae.

— Eles devem ter arquivos de algo muito obscuro, vamos achar.


***


Hoseok estava num hostel que mal tinha separação entre os quartos. Na copa do lugar, onde só ele comia, a tv estava ligada em um canal sensacionalista de notícias ruins.

Falavam sobre a misteriosa morte dos bilionários e como o caso havia chamado atenção de policias de outros lugares, visto que a policia local parecia estar corrompida.

O rapaz deu um leve sorriso amargo, pois pelo menos tinham conseguido a atenção de outros. E logo soltaria os arquivos que tinha conseguido da casa do policial, para a internet, expondo de fato toda a corrupção.

Precisava entrar em contato com Elizabeth e Olivia, mas sabia que estava sendo vigiado, os capangas da ricaça mãe de Jae, estavam em sua cola.

Precisava ser discreto.


***


Ja passava da meia noite quando Olivia resolveu ir na casa de Jae, estava tudo escuro, mas sabia que ele não estaria dormindo, ele sempre ficou acordado até mais tarde.

Escalou a árvore até a janela, sentiu a dor no joelho, mas suportou.

Jae estava deitado em sua cama, lendo um livro.

— Nunca pensei que você gostasse de ler.

Jae se levantou rapidamente, assustado.

— Você tem que parar de aparecer assim na minha casa, já não falei para não vir aqui?

Ele parecia melhor, menos magro e menos doente.

— Não sei porque você é tão grosso comigo.

A expressão de Jae vacilou, e se tornou menos furiosa. O quarto estava sendo iluminado apenas por uma abajur, a atmosfera era aconchegante e aterrorizante ao mesmo tempo, Olivia odiava estar naquela casa.

— Desculpa, eu não...

— Tudo bem— Olivia interrompeu. Independente do que fosse, as coisas entre eles eram passado. — Preciso da sua ajuda.

— Não.

— Você nem sabe o que é.

— Tenho uma ideia, e não vou ajudar.

— Deixa eu te explicar.

— Não Oli.

— Oli... — Olivia repetiu com um leve sorriso. — Eu costumava odiar quando você me chamava assim, mas faz tanto tempo que a gente não se fala, que ouvir você dizendo agora, me deu até nostalgia.

Jae se sentou na cama, seus ombros estavam caídos, como se estivesse derrotado.

— Não quero que você se encrenque com sua mãe, Jae, mas sei que ela pode ter algumas coisas que preciso.

— Eu sei que ela tem.

Ele finalmente olhou para ela.

— Eu vi com meus próprios olhos e foi por isso que ela me puniu. Minha mãe herdou os negócios do meu pai, mas não apenas as fábricas de maquiagem, e sim o negócio na darkweb.

Olivia imaginou naquele momento todas as piores coisas.

— Tráfico humano — Jae disse quase sussurrando.

Olivia imediatamente sentiu arrepios percorrerem por todo seu corpo.

— Mas é muito pior que isso Oli.


Como? Como poderia ser pior?


Olivia percebeu que Jae começou a tremer, tudo aquilo estava dando gatilho nele.

— Tudo bem, não precisa me contar, mas se puder de alguma forma me enviar tudo o que sua mãe tem, por favor Jae, a gente precisa fazer isso parar.

Ele assentiu.

— Eu sei, mas é que tudo tem um preço, eu estou disposto a pagar por ele, você está?

Olivia o encarava, a meia luz deixou tudo mais assustador.

— Não sei se temos muita escolha.

— Vá, tentarei te enviar os arquivos o mais rápido possivel. Mas saiba que se eu conseguir, talvez eu não esteja mais aqui depois disso.

— Você precisa desaparecer, eu entendo.

Ele deu uma risada em um tom cínico.

— Não Oli, eles vão acabar comigo.

Não Confie Em MimOnde as histórias ganham vida. Descobre agora