Capítulo 9- Hora de voltar para a realidade

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Olivia e Taehyung tinham chegado ao hospital logo cedo prla manhã, o médico disse que era só uma torção no joelho e uma leve no pé, e que se cuidassem de maneira correta, estaria pronta para voltar a treinar daqui há 3 meses e no final do ano ainda poderia correr.

— Ainda bem que não foi nada sério — Taehyung disse feliz.

Olivia se sentia tão aliviada que nem conseguia descrever. Sim, era uma droga não poder correr como fazia por 3 meses, mas pelo menos não era algo permanente que prejudicaria sua carreira.

— Sim, eu não sei o que eu faria da minha vida se não conseguisse mais correr.

— Ouviu o que ele disse? Você não pode treinar por pelo menos 3 meses.

Olivia suspirou e assentiu decepcionada, ela sabia que meses sem treinamento era muito para qualquer atleta.

— Você pode ficar lá em casa, sabe, fica mais fácil de cuidar de você — Taehyung disse sentindo que poderia morrer de vergonha.

Olivia deu um sorriso simpático.

— Eu ia adorar, mas eu preciso ir para casa.

Cuidar da minha mãe.

Pensou a menina.

— Claro, eu entendo — Taehyung se sentiu um idiota, ela tinha os compromissos dela, eles mal se conheciam — Vou te levar para casa agora.

***

Olívia havia tomado os remédios para dor e possíveis inflamações que o médico havia passado, mas de teimosia ela tirou a tala, não conseguia mais ficar mancando por aí.

Sua mãe que estava sempre dopada demais, não tinha notado o volume do gesso sob a calça jeans na altura do joelho que Olivia apresentou nos últimos dias usando a proteção médica.

A menina deu um beijo na bochecha da mãe — Te amo, muito — disse deixando-a com a enfermeira particular em casa, pois precisava ir para a escola.

Já na rua, a menina foi caminhando até a casa que tinha ocorrido o crime, olhou pelas janelas enormes e elegantes, mas a casa estava escura e de cortinas fechadas, restos de faixas amarelas policiais estavam à mostra na lata de lixo no quintal, o carro não estava na garagem. Olhar aquela casa e não reconhecer, deixou a moça com peso no coração.

Eu não sei se conheço mesmo o meu namorado, nunca tinha nem visto a casa dele.

Pensou com tristeza.

Encarando a janela escura da casa, Olivia podia jurar que viu dois vultos dentro da casa, podia ser Jae e sua mãe, mas porque estavam no escuro?

Olivia não saberia como reagir se o visse na escola novamente, seu estômago deu voltas com a ansiedade daquele pensamento, e se ele realmente fosse culpado pela morte do pai, e os duas mortes fossem apenas uma coincidência?

Jae é menor de idade e réu primário, dependendo do julgamento ele poderia cumprir a sentença em liberdade, não tinha como saber. Era horrível que ela já estivesse o considerando um possível culpado, será que era o lugar dela questionar isso ou apenas ficar ao lado dele quando os rumores de assassinatos começassem a tomar força nos corredores da escola?

Olivia pela primeira vez pegou o ônibus público que o colégio provia, ela não aguentaria andar até a escola e não forçaria para não prejudicar sua futura carreira. O transporte era um ambiente estranho, as pessoas olhavam para ela, alguns com pena por estar ligada a Jae, outros com suspeita, enquanto a menina passava devagar pelo corredor do ônibus e se sentava sozinha no fundo foi julgadas com olhares de mil formas diferentes.

Não Confie Em MimOnde as histórias ganham vida. Descobre agora