Benvenuti A Roma

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Respirei fundo quando finalmente desci do avião, o Aeroporto Internacional de Roma ainda estava como eu me lembrava.

Depois do fim de semana de treinamento na Nekoma, me lembrei que minha viagem estava se aproximando. E minha atenção total foi voltada para esse fato, desde os tratamentos para eliminar de vez o problema no joelho, como reconstruir um pouco do meu condicionamento físico.

Ainda que tivesse dito para Kai que precisávamos nos preparar para as eliminatórias de Tóquio, mais uma vez teria que me ausentar das funções de gerente por um motivo pessoal. Embora dessa vez o time praticamente me expulsou dos deveres em ordem de me preparar para viajar, até mesmo o treinador Nekomata e Naoi se prestaram a desejar uma boa viagem.

O chaveiro que eles me deram como amuleto de boa sorte estava pendurado na minha bolsa junto com o waffle que tinha em conjunto com Aoi, usar a calça do agasalho também foi a minha escolha de vestimenta para viajar. Fora esses bons momentos antes da viagem que parasse para pensar mais profundamente ainda podia sentir nos lábios o beijo de boa viagem que Kuroo fez questão de gravar apaixonadamente na memória.

Bocejei enquanto seguia as orientações de desembarque sentindo uma certa fadiga, não tive a melhor das minhas viagens, uma mistura de ansiedade e medo me mantiveram acordada pelas longas horas de voo. Por sorte, não fiquei muito tempo nas imediações precisando lidar com burocracias, fiz a retirada da bagagem e segui para a saída.

Sabia que teriam pessoas da seleção me esperando, mas não imaginei que seria o próprio treinador, e duas jogadoras. Felizmente elas não seguravam uma placa, também nem precisavam. Com os agasalhos de cor azul as vestindo praticamente da cabeça aos pés estava bem fácil de as ver.

— [Nome]! — Dalia, que era uma das companheiras que também jogava comigo no Lupo di Roma não aguentou e se aproximou me abraçando. Seus cabelos quase brancos cobriram minha visão enquanto a meio de rede se curvava para poder passar os braços pelo meu pescoço.

A garota rapidamente me soltou segurando o meu rosto entre as mãos, de uma maneira que minhas bochechas foram apertadas entre elas — Nem acredito que você está aqui!

— Ela não vai estar mais se continuar a segurar desse jeito — uma segunda voz disse de uma maneira bem menos interessante —, acabamos de receber nossa capitã de volta.

— Rav fala sério, como posso não abraçar minha amiga? — Dalia se virou ainda me segurando, deixando difícil eu enxergar as pessoas que estavam falando comigo.

Coloquei a mão sobre a sua, puxando sua mão — Não precisa me deixar sem rosto para isso.

Dalia fez um bico e então consegui cumprimentar os outros dois apropriadamente. Ravenna tinha os cabelos curtos e era um pouco mais baixa do que eu, mas era uma ponteira fora da média apesar de parecer magra demais para isso. Sua força primordial não estava propriamente no poder físico, mas sim na capacidade de moldar seus ataques no ar e achar brechas na quadra adversária de uma maneira extraordinária.

A soltei e então me virei para o homem que estava com elas, uma distinta cara de sono misturada com tédio.

— Matteo Ruggiero — apoiei o peso em uma perna com um riso sarcástico —, achei que estaria mais feliz de me ver.

— Não ficou longe o suficiente pra eu sentir sua falta — respondeu —, e também está cedo demais para fazer qualquer coisa. Garanto que verá um sorriso genuíno no meu rosto quando estiver em quadra.

Ele puxou o canto da boca com o mindinho mostrando os dentes brancos, balancei a cabeça.

— Está rabugento como sempre — comentei aceitando a ajuda de Dalia e Rav com as bolsas.

Constantly Flowing - (Kuroo x Leitora)Onde as histórias ganham vida. Descobre agora