Ida Pra Casa...

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     Bruno cumpriu o combinado e assim que dobrou na terceira rua após sair do colégio viu o carro do filho do patrão parado numa rua praticamente deserta e desceu da bicicleta...

     _ Desculpa a demora, seu Ricardo. A corrente deve estar frouxa e caiu.

     _ Sem problema, Bruninho. Deixa em colocar tua bike no porta malas da caminhonete.

     O garoto acompanhou o trabalho do novo amigo e Saulo abriu a porta do carona pra que ele entrasse no carro. O garoto entrou e como se viu, ele ficou entre os dois. Riccardo deu partida e os 03 começaram a conversar, depois que o dono do carro ligou o rádio na única FM local e uma música em italiano começou a tocar.

     _ Que música bonita. Só não sei em que língua estão cantando. Saulo sorriu e Ricardo após pousar sua mão na coxa esquerda do garoto disse:

     _ Italiano. Você nunca ouviu alguém falar essa língua? Nem na TV? A mão não saiu do lugar e Bruno sentia vez por outra um leve deslizar seguido de um aperto.

     _ Nã-não sen-senhor, seu Ric-Ricardo.

     _ Por que tá gaguejando, Bruninho? Tá sentindo alguma coisa? Saulo colocou sua mão na outra coxa do garoto e disse:

     _ Relaxa Bruninho, esqueceu que a gente tá entre amigos?

     O garoto nada disse e só nas proximidades da entrada da fazenda é que o carro do novo amigo parou e Ricardo disse:

     _ Chegamos, Bruninho. Tô feliz em ter te ajudado. Só não pode dizer nada a ninguém, certo?

     _ Sim, senhor.

     _ A gente pode confiar em você, Bruninho? Ricardo deu ênfase na palavra CONFIAR. O garoto acenou com a cabeça positivamente e o que aconteceu em seguida selou de vez o segredo. Bruninho foi puxado e sua boca ficou a milímetros da boca do filho do patrão. Quando ele pensou em recuar, sua nuca foi segurada com força e Ricardo disse:

     _ Você sabe que a partir de hoje... É meu, não sabe?

     _ Eu nã-não sei de na-nada dis-disso, seu Ricardo. Por favor me deixa ir  pra casa. Minha mãe fica preocupada se eu demoro a chegar.

     O garoto foi parado pelos lábios do mais velho e quando ele tentou gritar a língua  do filho do patrão lhe invadiu a boca. Ele nada pôde fazer e deixou o filho do patrão fazer o que quisesse. Assim que ele foi solto, Saulo teve o seu momento íntimo com o garoto e Riccardo disse:

     _ Se você falar pra alguém, eu vou dizer pra todo mundo daqui que vi você beijando o meu amigo Saulo. 

     _ Não, por favor eu... Os olhos do garoto se encheram de lágrimas e ele tentou falar...

     _ Cala a boca e presta bem atenção. Amanhã a gente vai estar lá na cachoeira e se você não se encontrar com a gente depois do almoço, a gente vai dizer tudo pro teu pai, pro meu pai e vocês irão embora daqui sem ganhar nada. 

     _ Eu vou encontrar o senhor e o seu Saulo também. Só não diz nada pra ninguém... Eu não sou menina, eu... 

     _ Você pode até não ser menina, mas vai virar a nossa menininha e a gente vai se divertir muito. Se você me desobedecer, eu vou falar com o meu pai pra jogar você e sua família no olho da rua. E se isso acontecer adeus fazenda, adeus escola, adeus tudo que você poderia ganhar. Tá entendendo?

     _ Sim, senhor. 

     _ Bom garotinho. Agora me dá outro beijo e depois pode ir.

     Os dois jovens saciaram seus desejos e o garoto saiu do carro. Saulo pegou sua bicicleta e os 02 viram ele sair apressado e de cabeça baixa. Ambos gargalharam e trocaram um abraço.

Olho Por OlhoWhere stories live. Discover now