Capítulo 8.

217 42 29
                                    

O sinal para o recreio foi acionado, e então os alunos guardaram seus materiais para o intervalo. Kim não sentava ao seu lado hoje, assim como Macau também não.

O grupinho sentaram no outro lado da sala, e como eles eram falantes e baderneiros. O Kittisawad arrumava as suas coisas na mochila, para que pudesse se isolar em algum canto.

Pegou seu celular e seu fone, mas se assustou ao ver um outro garoto ao seu lado.

- Que susto, garoto. - Chay balbuciou pondo a mão no peito.

- Me desculpe. Queria saber se você quer me acompanhar no intervalo?

- Não, muito obrigado.

O herdeiro levantou-se andando para fora da sala, e ele o seguia.

- Eu sou Babe. - O garoto o prendeu contra a porta da sala, chamando atenção dos alunos que estavam lá ainda.

Chay apenas o empurrou, andando normalmente para as profundezas daquele lugar, que as pessoas insistiam em chamar de escola.

- Babe... - O Kittisawad debochou consigo mesmo. - E quem se importa?

Chay, imerso em suas músicas, escolheu uma faixa que refletia seu estado de espírito. A solidão.

Os fones de ouvido bloqueavam o ruído externo, criando um espaço isolado onde ele podia se perder em pensamentos. Cada nota reverberava, criando uma trilha sonora pessoal para os seus sentimentos.

Sim, ele tem sentimentos.

O jardim da escola, com suas árvores e bancos, era apenas um cenário de fundo. Chay caminhava lentamente, seus passos sincronizados com o ritmo da música.

Seus olhos, por vezes, se perdiam nas folhas das árvores balançando suavemente ao vento, enquanto sua mente mergulhava em pensamentos profundos. Era um momento íntimo, uma fuga temporária das interações sociais e das complexidades da vida adolescente.

Os minutos se passaram, e quando ele viu que o intervalo estava acabando, ele se direcionou ao banheiro do colégio, e por incrível que parece Babe estava ali, ele mal conhece e já odeia ele mais que o Kim.

Aliás, por que ele está pensando no Kim?

Babe, encarando Chay pelo reflexo do espelho, não perdeu a oportunidade de provocá-lo.

- Será que o destino nos colocou aqui por algum motivo especial? - Ele murmurou, mantendo um sorriso sugestivo.

Chay revirou os olhos, ignorando a insinuação. Ele estava determinado a não se envolver em jogos de flerte naquele momento...

- Se o destino quis isso, ele deve ter um senso de humor bastante peculiar - Chay respondeu, secando as mãos.

Babe deu uma risadinha, aproximando-se um pouco mais.

- Vamos, gatinho, não seja tão resistente. Às vezes, é bom deixar o destino guiar.

O Kittisawad não estava interessado na abordagem atrevida de Babe. Ele simplesmente bufou, deixando o banheiro sem dar muita atenção ao garoto, que ficou para trás, sorrindo de forma provocante.

Enquanto caminhava pelos corredores vazios, sua mente divagava para longe. Lembranças do passado tumultuavam seus pensamentos, e a presença de Babe só aumentava sua irritação.

Sentindo-se incomodado, Chay decidiu ir para o pátio da escola, onde poderia ficar um pouco ao ar livre e afastar-se das tensões da sala de aula. Ele procurava um lugar tranquilo para se sentar quando, de repente, escutou uma voz conhecida chamando seu nome.

Amor Inesperado Where stories live. Discover now