Capítulo 18.

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Chay continuou estático. Kim que segurava a sua mão, sentiu a sua pele ficar fria.

Tudo voltou. Lembranças ruins do passado voltaram como um vulto.

Os olhos de Porsche puseram-se no irmão, ele insistia em intimidá-lo sem problema algum. Ele culpava Chay, e não ligava se isso o fazia mal ao ponto de ser infernizado por um momento que havia sido muito doloroso para ambos.

- Há algo de errado, Chay? - Korn indagou ao garoto, o qual não respondeu.

- Sim.... - Porsche ditou. - Somos irmãos, e eu o odeio, odeio muito! E depois de quase 8 anos, estamos nos vendo novamente.

- Vocês são irmãos? - Khun indagou curioso.

- Sim... - O irmão de Chay afirmou.

A revelação de que Porsche e Porchay eram irmãos deixou todos na sala surpresos. Os pais de Kim sabiam que ele tinha um irmão, só não esperavam ser o genro deles.

- Chay... Por que não nos contou? - Khun perguntou com delicadeza, sendo repreendido por Macau.

Porchay permanecia em silêncio, olhando fixamente para Porsche, enquanto este último parecia alimentar o ódio que guardava de si. O Kittisawad mais novo, sentia-se intimidado e não estava bem ali.

Seu irmão foi alguém muito importante, mas foi alguém que lhe impôs muito a culpa nele, e o abandonou. Deixando-o sozinho.

- Eu não vejo o Porchay como meu irmão. Ele é um assassino. - Porsche afirmou com frieza, ignorando o impacto de suas palavras.

Chay ouviu isso antes.

- Porsche... - Kinn tentou repreender o namorado, o qual parecia disposto a detonar seu irmão.

- Se você soubesse o transtorno que esse imbecil causou na minha família, você iria me entender... - O Kittisawad mais velho murmurou ao namorado, o qual não tentou impedi-lo.

- Porsche, se acalma, vocês podem resolver isso depois. Mas agora não é um momento bom... - Pranee tentou amenizar a situação.

- Como podem aceitá-lo aqui? Ele matou os meus pais, os meus pais...

O Kittisawad chorou, enquanto tapava seus ouvidos, escondendo o rosto contra o peito do Theerapanyakul.

Ali foi o ápice para ele, braços o abraçando fortemente. O protegendo, o acolhendo.

Porchay havia 9 anos quando seus pais morreram em um acidente causado por ele.

Após seu irmão descobrir o que havia acontecido, ele voltou para casa arrasado.

E o Kittisawad não entendia o porquê de seu irmão estar brigando tanto com ele. Ele o amava. E também não havia sido a sua culpa.

"- Olhe para você, Porchay! Você matou os nossos pais.

- Eu não fiz nada! Eu não quis...

O garotinho que havia algumas machucados por sua pele ditou, tentando aproximar-se de seu irmão.

- Não quis o quê? Matar nossos pais?

- Não é verdade! Eu amo nossos pais. Foi um acidente, eu não queria matá-los.

- Acidente? Você destruiu nossa família. Eu odeio você, Porchay! Eu nunca mais quero te ver de novo. Eu te odeio muito.

- Não diz isso, Porsche. Eu sou seu irmãozinho. Por favor, não tenha ódio de mim, eu não quero ficar sozinho."

O Theerapanyakul insistia em abraçá-lo, enquanto o irmão do garoto persistia em gritar, xingá-lo. Porchay parecia não querer sair dali.

Mas com a ajuda de Vegas, o Theerapanyakul mais velho conseguiu tirar o louco de seu namorado dali. Pete e Tankhun tentava acalmar o Kittisawad, o qual aparentava estar bastante abatido.

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