FRONTEIRA - Gerson Santos

G • 97

-- que lugar é esse? -- questionei sozinho parando o carro no meio da mata -- não tem nada aqui -- falei desapontado descendo do carro e andando pela área.

Era um campo mal cuidado e bastante seco, parecia não ter nada ali mas não desistiria fácil de encontrá-la

Por favor, que ela esteja viva.

Ando bastante pelo campo me sentindo cada vez mais desanimado por não ver o menor sinal de alguém ali, piso em cima de algo estranho e olho para baixo com medo do que poderia ser. Tiro o pé de cima e encaro o celular que parecia ser dela.

Pego verificando que realmente é da minha azedinha e guardo no bolso voltando a andar pelo o local tenho certeza que a encontraria por perto.

Ouço vocês por perto e me escoro em uma árvore grande que tinha por ali. Olho com cuidado e vejo dois homens brigando

-- Marcus, você vai matar ela -- o outro disse pro mais alto.

Então, esse é o desgraçado.

-- o que você tem haver com isso? -- ele disse bravo pegando um galão que suponho que seja álcool.

Meu Deus

Meu coração dispara com medo do que aquele doente poderia fazer com a minha mulher.

-- cara pensa bem, você quer voltar para a cadeia de novo? Você já abusou dela cara, não já tá bom não?

Sinto as veias saltitarem do meu corpo me deixando com mais raiva que estava, juro por Deus que se minha azedinha não tivesse em perigo nesse exato momento eu o mataria agora mesmo.

-- eu preciso matá-la, ela não pode ficar com aquele jogadorzinho -- ele disse com voz cheia de ódio e engulo em seco suando frio.

Olho ao redor e vejo uma casa abandonada por perto.

Era lá que estava a minha Azedinha?

-- isso é doença -- o outro cara rebateu -- me dá isso -- ele disse tentando puxar o galão de volta

-- não se meta nisso, Júlio -- ele disse bravo segurando firme o galão

Aproveito que eles estavam em discursão e vou saindo de fininho em direção a casa tentando fazer o mínimo de barulho possível. Assim que chego em frente a casa sem que eles me vissem me sinto aliviado, abro a porta com cuidado e adentro a casa que parecia cair aos pedaços.

De início tem uma mesa grande me aproximo dela vendo várias faças, revólver e cinto. Entro em desespero vendo uma faca melada de sangue e temo o que posso encontrar. Pego um revólver colocando na cintura para poder prevenir e encaro a outra porta.

Suspiro com o coração batendo feito bomba relógio e abro com cuidado, me certifico que não tenho nenhum compassa dele por ali e adentro o espaço.

No canto a vejo.

Minha Azedinha estava só de lingerie ao redor de uma poça de sangue parecendo desacordada. Corro em sua direção segurando o choro vendo que ela estava bem machucada.

Tinha marca de corte, cinto, e muito sangue nela.

-- Azedinha -- falei choramingando baixinho vendo que ela ainda respirava me sentindo mais aliviado

Puxo a calça dela e a visto com cuidado mesmo vendo que estava rasgada, tiro minha camisa e coloco nela

Seu rosto está machucado e com um corte na bochecha, todo o seu corpo mas não sinto nojo. Na verdade, só sinto vontade de a proteger de todo o mal.

-- acho que to delirando -- ela disse baixinho me encarando e abrir um sorriso

-- não Azedinha, eu to aqui. Vou te levar embora daqui eu prometo.

Ouço o som do carro da polícia e arregalo os olhos assustado. Alguém abre a porta da casa e me escondo com ela próximo a porta por trás, assim que os dois homens entram saio correndo o máximo que posso com ela no colo. Quando estou me aproximando da polícia que me olhava admirados sinto algo nas minhas costas

-- GERSON -- a Azedinha grita antes de tudo apagar