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ESTAVA EM PÂNICO mais uma vez e dessa não tinha ninguém em casa, Gerson levou as crianças para um passeio enquanto eu fiquei aqui por conta do concurso

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ESTAVA EM PÂNICO mais uma vez e dessa não tinha ninguém em casa, Gerson levou as crianças para um passeio enquanto eu fiquei aqui por conta do concurso. Estava procurando informações e tentando decidir qual carreira seguir - delegada ou perita - até que eu entrei em crise.

Foi do nada, não tinha nenhum gatilho que eu tenha visto que me levou a ficar assim, apenas lembrei do que Marcus fez e não paro de chorar.

Me sinto tão pequena e tão inútil.

Me encolho mais no chão próximo ao sofá me sentindo tonta não vendo quase nada por conta das lágrimas. Consigo alcançar o celular e ligo para Camilla.

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-- amiga

-- oi, tá tudo bem?

-- pode vim aqui? Tô passando mal

-- to indo

📴

Desligo o telefone e choro mais alto sentindo mais dor no meu estômago descendo pro meu útero, desço o meu olhar pro meu corpo e vejo sangue sair de mim.

-- merda -- falei entre dor tentando aguentar-la

Tento me levantar mas acabo caindo no chão me machucando ainda mais, choro desesperada sentindo a dor aumentar.

Fico ali no chão frio agoniada esperando Camilla chegar e ela aparece ao lado de Gerson, Giovanna e Miguel que dormia nos braços da irmã.

Não acredito que ela chamou ele

Eles vem até mim preocupados e me ajudam a levantar, olho pro meu corpo e o meu short branco de pano está todo ensanguentado. Engulo em seco tentando não chorar mais e olho para baixo vendo o piso com sangue.

-- você tá com hemorragia -- Gerson disse nervoso -- precisa ir ao médico

-- não -- gemi de dor -- só preciso de um banho e não fica me olhando Gerson por favor, isso é nojento.

-- quero cuidar de você

-- Mi, vamos tomar um banho e te da remédios se não melhorar vamos ao médico -- Camilla disse me segurando de um lado e Gerson me apoia do outro

-- você vai ficar bem tia Mi -- Gio disse subindo com a gente

-- eu dou banho nela, pode deixar -- Camilla disse assim que entramos no banheiro -- traga roupas para ela, absorvente e calcinha -- ela disse pra Gerson que assentiu e logo fechou a porta -- vai ficar tudo bien -- ela disse colocando a mão na minha testa e arregala os olhos -- você está queimando em febre

Assentir e vi tirar toda a minha roupa me deixando nua.

Ela me leva até o box com cuidado ligando o chuveiro na água fria me causando um sustinho. Ela pega o meu sabonete líquido e coloca na esponja esfoliante e passa pelo o meu corpo com cuidado e atenção

-- você tá muito machucada, Mi. É por isso que está com hemorragia, aquele desgraçado machucou muito sua intimidade -- ela disse observando passando a espoja com bastante cuidado.

Choro baixinho sentindo dor e ela suspira tirando o sabão de mim.

-- tá doendo muito, Cami! Eu não sei se um dia irei conseguir me entregar ao Gerson. -- falei sentindo um nó na garganta

-- aquele homem ali fora te ama, ama cada detalhe seu e do seu corpo independente de como esteja. Eu entendo que seja difícil e que possa levar anos mas não fica preocupada, tenho certeza que ele te espera e mesmo que você ache que nunca irá conseguir tenho certeza que o amor dele é o suficiente para passar por cima disso tudo. Mikaella, não fica se martelando em relação a você e o Gerson, ele vai seguir o seu tempo sempre.

-- obrigada -- foi tudo o que eu consegui falar assim que sai do box

-- Gerson! -- ela disse alto e meu namorado responde com um "oi" -- traga a roupa da Mi -- ela disse abrindo a porta colocando só a cabeça para fora

Ela volta para mim trancando e colocando o absorvente na calcinha me ajudando a vestir, depois colocou uma blusa e um short bem fofo e confortável na cor preta.

Camilla pega a minha calcinha suja e começa a lavar no box do banheiro. Mesmo eu pedindo para não fazer isso minha amiga insiste em lavá-la e pendurar para secar ali mesmo.

-- vamos, você precisa descansar e tomar remédios -- ela disse me guiando para fora do banheiro.

No quarto estavam Giovanna, Miguel e Gerson com o olhar preocupado e ao lado da cama vários remédios e um chá.

-- obrigada -- falei tímida -- pode deixar que daqui a pouco eu vou limpar a sala -- falei cabisbaixa me sentando na cama.

Gerson me abraçou por trás beijando o meu pescoço com delicadeza

-- eu já limpei mô, apenas quero que você fique bem.

-- você precisa ficar bem tia, olha o que eu e papai fizemos -- ela disse pegando a xícara de chá e colocando na minha boca.

Deus, obrigada por essa família.

Deus, obrigada por essa família

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FRONTEIRA - Gerson Santos Where stories live. Discover now