L'interdit

Capítulo 26

Sasuke voltou para a sala de estar encontrando a mulher parecendo perdida em pensamentos ainda sentada no sofá.

Seus olhos se encontraram e ela levantou.

- Sasuke. - Chamou. - O que isso quer dizer?

Sua indagação era clara sobre a decisão dele, e o moreno suspirou sustentando seu olhar.

- Digo, se era tão simples apenas me incluir em alguma lista seleta de pessoas intocadas, por quê você não fez isso antes? - Seus olhos estavam ansiosos. - Não quero ser prepotente achando que você tem motivos para isso, eu só quero entender o que isso quer dizer exatamente. - Desviou o olhar do dele cruzando os braços.

Sasuke passou a mão pelo rosto, é claro que ela não aceitaria nada sem uma explicação.

- É complicado, Sakura.

- Complicado como?

- Assim, estarei assumindo publicamente entre as organizações que tem alguém importante para mim. E mesmo que seja improvável que qualquer um atente contra essas pessoas, é muito mais possível do que contra alguém desconhecido. - Explicou.

- Como assim?

- Manter você escondida era a melhor solução para não colocar um alvo bem nas suas costas, mas mesmo assim encontraram-na. Agora, é muito mais fácil que todos saibam que encostando em você estarão comprando uma guerra declarada contra a Sharingan.

- Mas agora tenho um alvo bem nas minhas costas, não tenho? - Sua voz estava temerosa.

- Sim. - Ele afirmou sério. - Assim como minha mãe, meu pai, meu irmão, minha cunhada e sobrinha. - Mas ninguém seria louco de fazer qualquer coisa.

Sakura não soube mais o que falar. Estava em uma situação inimaginável. Não sabia qual era o melhor caminho a tomar, seguir o que o homem falava ou ir contra; mas considerando seu conhecimento nulo em tudo aquilo de perigoso que o rodeava, decidiu por confiar em seu julgamento.

- Mas e se quem está atrás de mim não fizer parte de nenhuma organização? - A pergunta pulou de sua boca. - E se essa pessoa não se importar em quebrar as regras?

- Não tenha medo. - Ele pareceu ler seus pensamentos. - Já disse que nada vai lhe acontecer. Sua escolta será muito maior e mais bem preparada agora com essa dinâmica, e que você já sabe que está sendo escoltada. Você ficará segura. Quem quer que seja, de onde quer que seja, logo descobriremos.

Ela acenou lentamente, ainda com a preocupação estampada em si, sem conseguir se conter e de fato não temer, mas querendo acreditar em suas palavras.

- Por isso eu quis mante-la longe... - Sua voz saiu suave. E Sakura voltou sua atenção para o seu rosto, tentando decifrar os sentimentos estampados ali.

Uma sombra de culpa o rodeava, desde que ela colocou os olhos nele novamente, era visível para ela o tamanho da culpa que ele carregava. E por mais irritada e assustada que estivesse com tudo, ela não conseguia culpa-lo.

- A culpa não é sua, Sasuke. - Disse suavemente.

- Claro que é. - Seu tom era acusatório.

- Não, não é. Sou grata por o que você está fazendo agora e pelo que você vem fazendo por tanto tempo. Mas... Se tudo isso é porque você se culpa por me colocar nessa situação, tire isso da sua mente. Você não tem culpa em ter aberto sua vida minimamente para mim há anos atrás, não seja tão duro consigo mesmo. Você não tem culpar por nascer na família que nasceu. E por mais que você tente me convencer de que é ruim, eu não consigo ver isso em você.