Capítulo 36

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Sasuke estava vivendo o paraíso.

O paraíso completo.

Se alguém lhe dissesse que havia morrido e aquele era o céu, ele acreditaria sem duvidar.

Estava com Sakura.

A mesma Sakura que comandou seus pensamentos e coração por anos. Aquela mesma pessoa que ele jamais imaginou ter de volta. Ele tinha. Para ele. Dele. Com tanta voluntariedade e vontade de ser dele.

Mal podia acreditar na cena que providenciou e que presenciou em seu escritório. Aquela criatura tão pura como um anjo, vestida de maneira tão doce, com as bochechas rosadas e os olhos verdes imensos postos em si, completamente inocente do que estava prestes a acontecer, e o melhor, completamente solicita ao que aconteceu.

Ter Sakura ajoelhada diante de si, olhando-o de baixo, com o S da gargantilha quase gritando em seu pescoço; seu decote leve mostrando apenas o contorno de seios leves, tão delicados como ela inteira; com as pernas juntas e o corpo fino arqueado; as mãos nas costas presas somente por suas palavras, e o lenço negro em seus dentes tombando quase de maneira ilícita.

O olhar regado de desejo em sua forma mais pura, e o balanço de seu peito pela respiração descompensada, quase o fizeram esquecer que ele queria aproveitar cada etapa daquela refeição com calma e paciência, fazendo-o avançar na mulher e toma-la pra si sem nenhuma cerimônia.

Mas ele não era assim. Ele era um homem paciente, que só cederia quando visse seus olhos verdes chorosos implorando por ele dentro dela, era aquilo que o excitava mais do que qualquer coisa, na verdade, apenas não mais do que a própria Sakura; queria vê-la se contorcer de prazer, colocando-a em todas situações inimagináveis para isso.

Seus joelhos ardidos eram apenas o pingo da dor física que ele queria causar nela antes do prazer completo. O prazer e a dor andavam juntos, ele já aprendera essa lição. E ver o deleite dos olhos verdes dizendo-lhe que tinha gostado daquilo, mostrava que Sakura também aprenderia, e ele seria um excelente professor.

Existia algo quase instintivo em ser dominador, em controlar o corpo de alguém, em ter alguém dando-lhe acesso a tudo que pudesse sonhar e imaginar fazer, e ter Sakura como esse alguém, em sua completa submissão, só poderia fazê-lo verdadeiramente ser o homem mais poderoso do mundo.

Alguém submisso não era simplesmente alguém que um dominador poderia controlar apenas por poder, era alguém que no total controle de seu corpo, cedera-o de livre e espontânea vontade a outro. E a percepção de que Sakura seria sua submissa porque ela queria, fez todo o seu ser vibrar em expectativa.

Mal podia esperar para tê-la a servindo de todas as formas, para ver a pele clara e leitosa exposta a ele em todos os seus contornos, em ter seus olhos e boca vendados, em ter apenas as tiras do mais delicado couro a cobrindo e apertando, em ter as marcas da sua própria mão e boca na pele dela, e o melhor, em ver a expressão do mais profundo prazer que ela lhe daria.

Quase esquecera a ameaça de Gaara. Quase.

Ainda não sabia o que fazer ou como lidar com a situação, só sabia que nada atrapalharia o céu particular que ele estava vivendo com a rosada, muito menos Gaara. Isso não era nem mesmo uma opção.

Contar a verdade a ela naquela altura tampouco era uma opção. Sabia que a verdade doeria e não sabia até que ponto ela a suportaria sem o afastar, e infelizmente ainda era um homem egoísta o suficiente para não querer correr aquele risco. Vivia o sonho em vida que tanto desejou secretamente, e não deixaria uma única brisa errada atrapalhar e desmoronar tudo.

Ter Sakura consigo, despertara nele um sentimento novo. Uma raiva e uma vontade quase assassina de afastar tudo o que pudesse tira-la dele. Ele era um assassino, mas todas as vezes que direcionou sua vontade de matar a qualquer um que representasse qualquer perigo a ela, era como um vício.

L'interditWhere stories live. Discover now