Capítulo 35

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Ela nunca se sentiu tão excitada. Tão aterrorizada e excitada.

Foi uma percepção realmente chocante.

Em que momento da sua vida pensou que poderia estar nesse situação e posição? E o pior, se excitar com isso?

Ela não era estranha à excitação e não era mais virgem há algum tempo, mas nada e nenhuma experiência que vivera até então se comparava com isso. Nada chegava aos pés da ansiedade sufocante e viciante que percorria seu corpo, dos seus batimentos descontrolados de seu coração, e da sensação quente embaixo da sua barriga, contorcendo-a.

Era fogo.

Era vontade.

Era necessidade.

E era insano.

A expectativa e ansiedade de qualquer pessoa passar por aquele corredor e abrir a porta a encontrando naquela situação era terrível, Izumi estava logo ali, até onde ela podia apostar, e não se lembrava de Sasuke ter trancado a porta ao sair. Era loucura.

E não apenas porque alguém poderia ver, porque seus ouvidos já estavam treinados e focados em qualquer barulho que poderia vir de fora indicando passos, ou a presença de qualquer um, e se assim fosse, ela teria tempo para se levantar e esconder o tecido atrás das costas; mas porque ela não queria que isso acontecesse, não queria que qualquer um chegasse e interrompesse aquele momento, senão Sasuke. Ela queria permanecer ali como ele mandou.

Sakura não estava amordaçada, não estava com as mãos amarradas nas costas, com alguma corrente em seus pés ou garganta, e tampouco o lenço em sua boca estava amarrado atrás da nuca, ao contrário, suas extremidades pendiam soltas de cada lado do rosto.

E isso parecia ser o mais excitante de tudo. A noção de estar sendo controlada não porque ele podia, mas porque ela o deixou. Ela deixara seu corpo e suas ações a mercê de Sasuke, ela tinha o poder total de levantar e aguardá-lo sentada na cadeira, ou não esperá-lo e ir embora, ela podia fazer qualquer coisa, mas não quis, escolheu ficar ali.

A excitação de entregar o controle a outra pessoa, o sentimento de não saber o que viria depois, o que ele faria, o que ele a faria fazer, era completamente única e boa.

O lenço negro encravado entre os molares dificultou a deglutição e ela podia sentir sua língua e o tecido encharcados com saliva. Ela tentou engolir, com o olhar fixo na câmera no canto do teto.

Sakura gostou disso.

Ficar exatamente assim, parada, foi o que ele ordenara, mas ela só estava de joelhos há alguns minutos e estava quase em um ponto de ruptura. Não por causa das fibras ásperas da meia calça arranhando seus joelhos no chão ou da pontada desconfortável em seus ombros por ter que manter os braços para trás.

Era por causa do pedaço úmido de tecido entre suas coxas, sua calcinha quase encharcada e o pulsar de excitação perfeitamente combinado com a batida de seu coração que a empurravam cada vez mais perto de não suportar mais. Se perguntou se Sasuke a estava olhando agora e se percebia isso.

Ela estava desesperada por qualquer coisa, até mesmo para apertar as coxas para sentir algo onde todo esse calor e desejo foram enterrados, mas não fez, se torturando ainda mais, porque seu corpo pedia por aquilo, pela pequena contração dos músculos internos da coxa.

É bom você permanecer assim.

Quanto tempo ela poderia durar assim? Por quanto tempo ele queria que ela se sentasse aqui como um animal de estimação, obediente e esperando apenas que ele voltasse? Quanto tempo ela esperaria?

L'interditOnde histórias criam vida. Descubra agora