Capítulo 27 - PRÉVIA

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2 meses antes

O plantão da madrugada do Hospital Geral de Suna estava tranquilo. Sakura estava em seu terceiro café para conseguir se manter acordada, andando calmamente entre os corredores, quando ouviu a gritaria que se sucedia na entrada do hospital.

- Onde está Tsunade?! Eu exijo Tsunade agora!! - Uma voz cortante e fria gritava em desespero.

O que fez os sentidos da jovem médica se alertarem e os passos apressarem para a origem do som.

- Senhor... Dra. Tsunade está viajando, quem está de plantão é a Dra. Haruno. - Uma voz feminina assustada respondia.

Mas antes que o dono da voz masculina retrucasse, Sakura virou no corredor se deparando com a cena.

Um homem ruivo com uma tatuagem na testa, olhos verde-água mais claros que os seus próprios, alto e forte, usando um suéter vinho dobrado até o cotovelo, e calças escuras que pareciam custar um salário inteiro de Sakura, sustentava uma expressão assassina e fria.

Em suas costas, dois enfermeiros empurravam uma maca com pressa, em direção ao final do corredor que levava a sala de graves da emergência; um outro homem estava deitado nela, esse Sakura não conseguiu ver, apenas notou que ele tremia convulsionando e rapidamente leu a situação.

O ruivo provavelmente o acompanhava, e ele estava claramente em estado grave.

- O que está acontecendo aqui? - Sakura perguntou em seu tom sério.

O ruivo voltou seu olhar a mulher rosada, tomado por um ódio mortal e cortante.

Não a conhecia, mas não precisava para já a odiar. Tsunade não estava lá, e esse era motivo suficiente para ele odiar sua substituta. Sua aparência frágil também não ajudou em nada seu pré julgamento sobre a médica recém chegada.

Pequena e magra, usando um conjunto azul cobalto de calças largas e uma camisa com apenas um bolso na altura do seio, em suas mãos finas uma prancheta descansava, e um crachá mostrava sua foto e o nome escrito abaixo 'Sakura Haruno'; a mulher tinha olhos incrivelmente verdes e um rosto delicado, com o cabelo completamente rosado amarrado em um coque alto e uma expressão teimosa no rosto.

- Você vai salvar meu irmão agora. - A voz do homem soava assassina, de uma maneira que assustou até os últimos fios na nuca de Sakura. - E não vai questionar nada que encontrar. - Seu olhar estava fixo na mulher rosada, e quase parecia que ele não tinha pupilas de tão claro que era seu olhar.

Sakura piscou, tentando sair do clima de medo que a alastrou e olhou para a enfermeira ao lado, sabendo que em situações como essas era muito melhor não levar em consideração o que os acompanhantes nervosos falavam.

- Qual o quadro? - Perguntou para a morena que acompanhava seu plantão.

- H-homem de 28 anos, convulsionando, possível envenenamento. - A mulher gaguejou, também assustada pela figura ruiva mortal presente.

Sakura voltou seu olhar novamente para o ruivo, que não havia tirado os olhos dela nenhum segundo sequer.

- Senhor...? - Disse tentando buscar seu nome.

- Sabaku.

A menção do sobrenome fez as pupilas de Sakura alargarem vagamente. Estava ela diante de um Sabaku? Das petroquímicas Sabaku?

- Vou fazer o possível para salvar seu irmão, senhor Sabaku.

- É bom mesmo.

L'interditWhere stories live. Discover now