Dante foi entrando na sua casa e Alev em seguida dando um pouco de espaço para ele. O que seu marido tinha escutado era muito sério e era preciso ser absorvido e assentado em sua mente. Ele mesmo não sabia o que faria em seu lugar, sem ninguém em quem confiar verdadeiramente enquanto sua família mentia e quem deveria ser contra estava aparentemente do seu lado.
Dante se fechava em suas próprias muralhas acuado e ferido, mas sem demonstrar ou falar o que sentia, porém Alev o conhecia o suficiente para saber de que modo ele agia.
-Você quer pizza? -Alev perguntou se aproximando enquanto passava os braços em volta da cintura de Dante.
-O que você acha que eu deveria fazer?
-Bem, deveria comer. Pizza é muito bom.
-Não seu idiota. Não é disso que eu estava falando.
-Eu sei, mas não sei a resposta que deveria dar. O que eu poderia fazer por você?
-Não quero que me pergunte isso, não sei o que alguém poderia fazer por mim, nem sei mais o que eu quero que façam por mim.
-Uma pizza. Definitivamente uma pizza resolveria isso.
-Tem razão.
-Sou praticamente um italiano viciado em pizza.
-Eu não gosto de comida italiana.
-Não?!
-Faz eu me lembrar da minha avó.
-Então nada de pizza!
-Não, eu quero comer. Vamos para algum lugar.
Eles entraram em uma cantina italiana e se sentaram próximo à janela que tinha vista para uma rua tranquila próxima a um parquinho, perto da calçada havia um carrinho de sorvete e diversas crianças se amontoavam na fila para comprar.
Alev sempre sorria quando via crianças, o fazia lembrar dos seus primos que ele olhou e brincou quando mais jovem. A energia, sinceridade e pureza única de pessoas que ainda não conhecem a maldade do mundo. Dante também os olhava com uma cara impenetrável e apática.
-Você quer ter filhos, não é?
-Claro, se você quiser.
-Meu tio desde que eu me casei que fala para não ter um filho com você, acredita?
Alev levantou as sobrancelhas.
-Eu nem deveria mais me surpreender com nada ligado a esse homem.
-Mas eu ainda me surpreendo. Meu tio foi o único que cuidou de mim lá dentro, ele foi o único que fez algo por mim, não acredito totalmente ainda e não há como acreditar tão rapidamente.
-Leve o tempo que precisar.
-Você vai querer uma pizza de pepperoni, não é? Eu quero doces. Cannoli, zeppole e torrone.
Alev sorriu e fez o pedido à garçonete.
Dante comia aqueles doces como se fossem o último dia dele vivo e a comida fosse seu último pedido.
-Um dia eu ainda abrirei uma confeitaria aí eu vou comer tudo o que eu quiser na hora que quiser.
-É só pedir que eu comprarei uma para você.
Dante riu.
-Vai, é?
-Sim, vou deixar a máfia para abrir uma confeitaria com você. Eu cozinho e você come enquanto nosso quinto filho cresce em seu ventre.
-Céus! Quinto filho? Deveria estar preocupado com o primeiro que vai entrar!
-Isso é a parte mais fácil, não acha?
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Rei de Copas
RomanceOs Bianchi e os Yildiz são inimigos mortais. São máfias grandes e poderosas que dominam Newark e rivais, mas devido a uma morte brutal de um membro, ambos decidem que está na hora de acabar com a guerra firmando um acordo de paz, um casamento arranj...