♣ Quarantuno ♣

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O cabelo de Dante depois de tantos anos tinha crescido e estava na altura dos ombros após um recente corte junto com uma lateral levemente raspada. Além disso, grande parte de seu corpo agora estava tatuado, a primeira tinha sido o rei de copas junto ao leopardo da Anatólia, o símbolo da junção da água e do óleo, da sofrida paz e da união que seria perpétua, apenas um lugar se mantinha sem nenhum risco, seu pescoço. Era ali que não somente ele, mas principalmente Alev esbanjava uma marca perfeita. Alev amava beijar aquela região diante de quem fosse, Dante sentia a espinha arrepiar todas as vezes e seus sentidos o deixarem, mas era isso que seu marido queria, deixá-lo como um cordeirinho para depois atacá-lo.

Alev também tinha mudado. Ele era altamente sensível às mudanças do esposo, conforme o alfa o via ficando mais feliz, mas mudanças ele fazia para combinar. Dante achava engraçado, mas mesmo assim foi junto dele para pôr o piercing na sobrancelha, depois para mais algumas tatuagens, depois um novo corte, depois ouvir que não gostou do corte e depois voltando para fazer o mesmo de sempre.

Havia tanta cumplicidade entre os dois, tanto amor, tanto tesão. Eles eram o porto seguro um do outro, eram o lugar onde podiam ser frágeis, podiam ter medo e hesitar, era nos braços um do outro que recebiam acolhimento, nos beijos, motivação, no encontro dos seus corpos, intimidade. Não era atoa que Dante estivesse esperando um bebê novamente. Asaf tinha pedido um irmãozinho e na mesma semana, o teste deu positivo. Foi preciso somente um mês desde que Dante junto com Alev resolvessem parar o remédio.

Mas ao contrário da gravidez de Asaf, essa gravidez levou junto seu bem-estar. Dante sentiu tanto enjoo, tanto sono e cansaço que nem mesmo era uma possibilidade ele trabalhar, assim Alev assumiu o controle das duas máfias momentaneamente. Só que tudo tinha passado, estava tudo bem agora.

-Asaf definitivamente conseguiu juntar bem as duas culturas -Dante confessou segurando um copo pela metade de um suco de pêssego que seu filho não queria mais e então ele bebia.

-É sério -Alev disse apoiando o marido -não há uma comida que ele não junte coisas da Turquia e da Itália. Caramba, estamos fazendo macarronada com dolma para o jantar! E não é diferente com nossos doces.

-É a mistura de vocês -Demir falou rindo -ele só não tem um traço nosso.

-Tem algo pior! -Dante exclamou -ele tem a personalidade do Alev!

-Céus! -Erem riu junto do marido.

Todos, exceto Dante, estavam de pé preparando deliciosamente o jantar. O ômega apenas servia para degustar as comidas e se queixar o quanto seus pés estavam inchados e doíam.

-Lembra, Aşkım, de quando contamos pra ele que íamos ter outro bebê?

-Esse dia! Esse dia! Nós compramos um moletom para ele escrito: Promovido a irmão mais velho. O Asaf passou a noite toda pulando de um sofá pro outro, parecia que tínhamos injetado açúcar na veia dele e outra, quase não conseguimos botar ele para dormir. Nós falamos: amorzinho, o bebê é muito pequeninho, vamos guardar segredo até ele crescer mais um pouco, está bem? Demir, me diga, quem contou a você que eu estava grávido do Asaf?

-O Alev -ele falou rindo enquanto coçava a cabeça.

-E o que aconteceu depois?

-A notícia se espalhou.

-Pois bem, o Asaf no dia seguinte foi à escola normalmente e depois eu o levei para a casa da vovó e adivinha o que ele tinha na mochilinha?

-O moletom -Alev falou rindo -ele levou o moletom e saiu falando para todo mundo que era segredo.

-Quando chegamos à noite, todos vocês estavam na sala com uma cara de que peidaram e não conseguiram esconder. Céus! A Nádia e o Asaf fizeram um bolo pra mim!

Rei de CopasOnde histórias criam vida. Descubra agora