♣ Venti ♣

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-Não! Não é essa a toalha que eu quero! É a de seda verde! 

-Não sei porque você ainda acha que esses mexicanos burros sabem a diferença entre seda e malha! -Silvia exclamou já estressada. Sua cunhada insistia em continuar com aqueles empregados incompetentes. Ela odiava mexicanos, odiava ainda mais depois da Lúcia.

Seus ânimos naquela manhã já estavam mal o suficiente, sua filha mandara uma carta sem remeter o local de origem com poucos dizeres apenas para falar sobre seu filho que já tinha nascido e se chamava Álvaro e que ambos estavam bem. Que nome odioso era aquele? Além disso, seu marido momentos antes avisou que Dante viria para o jantar de noivado de Rosa.

Isso aí era uma coisa que ela odiava mais do que mexicanos ou pessoas incompetentes, era o seu sobrinho. Odiava-o com todas as forças aquela ralé que se parecia tanto a Clara, os odiavam igualmente e com todas as forças.

-Vamos, Silvia. Não fique assim, o dia tem que ser feliz. É o primeiro noivado em muito tempo que temos nessa casa -Patrizia tentou apaziguar seu humor, mas a mulher apenas bufou.

-Dante virá, você já está sabendo? Vai vim ele e seu marido.

-Sim, a Rosa me contou.

-E acha que vai terminar bem? Dante traz desgraça onde passa não importa com quem seja e aonde quer que vá!

-Bem, ele virá você gostando ou não.



Dante dirigia lentamente já dando a volta na residência para estacionar, Alev estava do seu lado vestindo uma calça bege, uma camisa branca e um terno azul despojado, além disso, o corte mullet estava acentuado pelo cabelo preto que crescia cada vez mais. Ele estava lindo como sempre.

-Eu deveria fazer um piercing na sobrancelha, não acha?

-Alev, foca. Como eu estava dizendo vamos fingir que estamos em um relacionamento distante, descobri que somos irmãos, lembra? E você não sabe disso.

-Vamos viver uma linda comédia de drama para mostrar a sua família, sim, entendi.

-Não diga muito sobre nada. Sobre sua família ou a máfia e quando perguntado sobre os ataques, minta e não diga coisas muito significativas.

-Eu entendi, farei o que disse. Mas e você? Como você vai ficar?

-Disfarçarei como sempre. Agora vamos.

A mansão está muito bem decorada e iluminada com todos os lustres de cristais exaltando a imensidão da residência, havia um tapete vermelho que levava até a sala de estar onde se encontrava os Bianchi conversando com outras pessoas, no total mais seis pessoas. Rosa estava no centro usando um terno rosé, seus cabelos estavam soltos e chegavam até a altura dos seios, do seu lado estava um homem baixo de cabelos louros escuros e olhos castanhos claros. 

Quando notaram sua presença, todos se calaram.

-Dante! Seja muito bem-vindo! -Seu tio se aproximou passando os braços em volta dos ombros e puxando-o para a roda de pessoas que estavam conversando -esse aqui é meu sobrinho, Dante. Meus braços, pernas e olhos dentro da máfia, meu grande discípulo.

-E o senhor é um grande mestre para mim.

-Ah, quase me esqueci! Esse é Alev, seu marido.

Alev abriu um sorriso cortês e cumprimentou os presentes.

-É um prazer que esteja aqui, jovem. Eu considero este homem como um genro meu.

-O prazer é meu Antônio.

-Estar aqui significa muita coisa para nós. Alev e sua família eram rivais da nossa -ele falou se dirigindo para uma mulher alfa -mas graças ao acordo hoje estamos em paz.

Rei de CopasWhere stories live. Discover now