♠ Ventiquattro ♠

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Dante arfou sem conseguir puxar ar suficiente, ele tremia de uma forma diferente como se um choque de alta voltagem tivesse o atingido. As mãos abriam e fechavam tentando segurar algo invisível e os feromônios sufocavam o ambiente, Alev nunca tinha visto seu marido assim.

-Dante.

-Eu vou matá-lo. Eu vou matá-lo agora -e como um raio ele subiu as escadas e Alev correu para acompanhá-lo.

-O que você está dizendo? Você primeiro precisa se acalmar, está me ouvindo? Dante!

Mas o ômega já estava mudando de roupa com um ódio descomunal.

-Dante, você está grávido. Você não vai pôr sua vida em perigo, eu não vou deixar!

-E quem disse que você vai me impedir? Eu vou matá-lo agora você gostando ou não! -Dante se virou para olhá-lo com uma cara firme e perigosa -você leu o mesmo que eu li? Você viu, Alev?! Você viu o que aquele desgraçado fez com minha mãe?!

-E você ir sozinho atacá-lo adiantará algo? Me diga!

-Eu não me importo! Eu vou fazer o que precisa ser feito! Eu vou entrar na porra daquela casa e acabar com Antônio!

-Eu o proíbo! Você não vai pisar os pés naquela casa no estado que você está! Tem um ser humano dentro de você, nosso filho está aí, está entendendo? Você vai botar a vida dele em risco?!

-Isso está além da sua compreensão. A minha vida toda eu fugi, a minha vida toda eu sofri por um mal invisível que estava ao meu lado, que fingia se importar comigo... -Dante não conseguiu continuar falando, ele tremia enquanto tentava se manter em pé.

-Eu vou ajudá-lo a dar o fim que Antônio merece, mas não vale a pena você botar tudo em risco, por favor... por favor, Aşkım, tire essa arma do coldre.

-Não.

-Dante, por favor, por mim e pelo nosso filho.

Dante balançou a cabeça com os olhos fechados.

-Esse era meu objetivo de vida antes de qualquer coisa, antes de qualquer um. Nada vai me impedir de acabar com quem fez tanto mal a minha mãe. Eu vivi pra isso. Eu acabarei com Antônio nem que custe a minha vida.

-Ei, espere! Porra Dante! Eu mandei esperar!

Dante voltou para o andar de baixo assim como subiu, parecendo um raio veloz, Alev estava logo atrás mesmo sem fôlego seguindo-o.

-Porra, largue essa moto agora! Dante, eu sou seu marido, eu quero que você me ouça, cacete! Você não vai tirar satisfação nenhuma com aquele monstro, você vai ficar aqui e vamos pensar em uma maneira de resolvermos isso juntos! A minha família poderá te ajudar, vamos fazer isso juntos, Dante! -Alev gritava desesperado vendo Dante não recuar.

-Saia da frente. Saia da frente agora porra! -Os feromônios de Dante se lançaram no ar como um veneno perigoso que fez Alev sufocar e cair de joelhos.

-Você... cof cof... você vai jogar tudo fora, é isso?!

-Você sempre soube que achar o verdadeiro culpado pela morte da minha mãe era tudo o que eu queria e eu cheguei muito longe para fraquejar agora.

-Dante. Pense em mim, por favor Dante. Eu te amo tanto, nosso bebê merece nascer, nós merecemos ser felizes, sua mãe gostaria que isso acontecesse.

E então Dante explodiu.

-Você não sabe de nada! Você não a conheceu! Você não sabe o que passamos! Alev, eu sou filho daquele homem, eu sou filho daquele monstro! Eu não deixarei que ele saia impune, não mais. Agora ele pagará por tudo que fez com minha mãe, então saia da minha frente!

Rei de CopasWhere stories live. Discover now