Especial: Dia dos pais

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— O que é isso?

— P'Babe...

Charlie pressionou a voz com firmeza. Babe viu Charlie vindo com alguém. Ele estava sentado no sofá e viu o rosto de Charlie, alternando com a criaturinha segurando sua mão com uma expressão preocupada no rosto.

— Quem é aquele?

Uma pequena voz perguntou com olhos claros. Isso significava que o pequeno não conseguia entender a situação. Ele também parecia confuso sobre o motivo de Charlie o ter trazido para esta sala. Ele disse que levaria a um lugar divertido, mas esse lugar não parecia nada divertido.

— Tio... — Charlie segurou a boca, recusando-se a terminar de falar. Depois de se virar e ver sua expressão, parecia que ele estava prestes a correr e estrangular a cabeça. Portanto, ele teve que mudar rapidamente seus pronomes antes que a cena cruel em sua imaginação se tornasse realidade. — Esta é Phi Babe.

— Babe? — Disse o garotinho, repetindo as palavras de Charlie e virando a cabeça para a pessoa sentada no sofá na ignorância.

— Sim, Phi Babe. — Repetiu Charlie. — Diga olá para Phi Babe.

— Olá, Phi Babe. Meu nome é Martin, tenho quatro anos.

O pequeno humano cumprimentou e apresentou-se eloquentemente. Ele parecia falar exatamente como seu pai lhe ensinou, e deve ter dito isso muitas vezes antes para poder falar tão casualmente assim.

Babe, que viu que o menino havia se apresentado completamente, não respondeu. Ele olhou para o garotinho com roupa de marinheiro que segurava a mão de Charlie com uma cara séria. Enquanto isso, Charlie fica muito feliz com sua reação, pois sabe que seu namorado não é muito bom com crianças. Além disso, ele ainda nunca havia enfrentado uma criança, então não tinha ideia de como as coisas iriam acabar hoje.

Talvez ele devesse ter cuidado dos pais em vez dos filhos, mas quem sabe o que aconteceu não foi nada do que Charlie pensava. Babe abriu os braços e olhou diretamente para Martin. E o que foi ainda mais surpreendente foi que o próprio Martin soltou sua mão, depois o deixou e imediatamente correu em direção a Babe. Ele também subiu e sentou no colo do namorado, sem parecer nem um pouco assustado.

O que é isso?

— Seu nome é Martin? — Babe perguntou ao menino em voz baixa. Normalmente as pessoas sorriem e emitem pequenos sons, como outros adultos fazem quando conversam com crianças, mas Babe falou com ele normalmente, como se estivesse falando com um adulto.

— Sim.

— Onde estão seus pais?

— Papai foi para Dubai.

— Então por que Martin não foi com ele?

— Martin tem medo de voar. — Respondeu Martin claramente.

— Então, você está aqui para incomodar Charlie e competir comigo?

— P'Babe. — Charlie sibilou novamente. Quando Babe começou a falar com Martin como um adulto, Charlie se aproximou e sentou-se ao lado deles: — Não fale assim com uma criança.

— Certo. — Babe respondeu calmamente, antes de se virar para fazer contato visual com a criança em seu colo e continuar a falar. — Por que você não fica com uma babá?

Charlie segurou as têmporas. Ele admitiu que tinha expectativas muito maiores quando viu Babe deixar Martin sentar em seu colo, para que o próprio Martin não parecesse ter medo de ser apertado. Mas ele tinha que perceber que as coisas não seriam tão fáceis porque, na verdade, neste momento Babe estava procurando encrenca com uma criança de quatro anos sobre os assuntos mais ridículos.

Alfa Na Pista - Pt/BrDonde viven las historias. Descúbrelo ahora