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Ret🤬

Quando desço pra tomar café a loirinha já está na cozinha.

Como se costume acordou cedo e tá passando café.

Eu queria ter muito nojo da mulher que esquenta a cama daquele cara.

Mas eu mereço um desconto por não ser exatamente nojo o a sensação que tenho quando olho pra ela.

A culpa não é minha ela ser gostosa.

A loira tá fazendo ovos mexidos e parece bem animada com isso.

Ret: Bom dia - ela vira pra mim e para começar o dia bem ela felizmente não tá com uma blusa branca, mas com certeza tá com frio.

Ela e esse malditos peitos.

Carol: Bom dia. Você quer ovos mexidos?

Ret: Claro- puxo uma cadeira e me sento para esperar- Tu nunca cozinhava em casa, né?

Carol: Não, eu sempre tive alguém para fazer isso pra mim.

Ret: Mas tá na cara que tu gosta disso, pelo menos gosta de passar café. Então acho estranho tu não fazer isso  as vezes na tua própria casa.

Ela me olha meio receosa, mas acaba respondendo.

Carol: Eduardo sempre preferiu que apenas a cozinheira fizesse as refeições.

Ret: Mesmo sabendo que você gosta de cozinhar?

Carol: Acho que ele não sabe.

Ret: Estranho já que estão casados a um tempão e é uma coisa fácil de notar.

Carol: Coloca na lista de defeitos que você está fazendo dele.- ela coloca um prato na minha frente- Torradas e ovos, espero que goste.

É comida eu tô comendo.

Ela senta de frente pra mim e fica me olhando comer.

Odeio que fique me olhando, mas não quero ser tão babaca logo cedo. Vou deixar pra mais tarde.

Carol: O que falta para você me deixar ir?

Ret: Resolver umas pendências, pode levar um tempinho já que o babaca tá na encolha.

Carol: Eu não posso ter filhos biológicos- ela diz do nada ganhando toda minha atenção- Sou cassa a 5 anos e nunca consegui gerar um bebê, e eu me odeio por isso.

Ret: Você quer adotar, por isso o lance da assistente social.

Carol: Queria  um filho, não importa se é biológico ou não, eu só queria alguém para amar. O Eduardo sempre foi contra a ideia de adotar, não faz sentido para ele ter um filho que não se pareça com a gente.

Ret: Filho é filho, não importa o tipo sanguíneo.

Carol: Ele nunca quis adotar e ontem ele falou sobre a assistente social....

Porra, o filho da puta joga muito sujo.

Ret: Ele usou algo que quer muito pra de deixar sobre controle. Se eu te deixasse ir embora agora mesmo e tu fosse falar com ele sobre a adoção ele ia falar o que sempre falou, que filho tem que ser biológico.

Merda, os olhos dela estão marejados.

Carol: Bom, eu resolvo isso com ele depois - ela passa a mão pelo rosto tentando disfarçar.

Ret: É...- tu não vai ter um marido pra voltar.

Vou estar fazendo um favor pra ela.

Ret: Mas é bom ter em mente que quem é filho da puta não muda da noite pro dia.

Crime PerfeitoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora