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                                   Carolina👑

Em que momento eu achei que isso ia era uma boa ideia? Eu nem devia ter saído da casa. Cada fez um pouquinho mais insana.

Ret: Vamos as regras- paramos bem na frente da casa que descobri ser do Victor- Não tenta fugir, não fala do sequestro e  não menciona o teu marido.

Carol: E se perguntarem eu sou o que? Amiga.... Prima de vocês....

Lari: Prima não que vão achar que o Ret é algum tipo de tarado, afinal ele passou mais tempo olhando pra sua bunda do que pro chão onde estava pisando.

Ret e eu nos encaramos e é óbvio que o desconforto toma conta de mim.

Carol: Certo, amiga parece uma ótima opção.

Ret: Tá vamo entrar.

Entramos na casa e a música que está tocando nos fundos já nos recebe. Umas músicas bem diferentes do que estou acostumada,  praticamente um pornô para cegos.

Como o Ret disse não tem muitas pessoas, mas pra quem só tinha visto quarto rostos desse lugar é um avanço e tanto.

Lari: Pra te avisar, aqui tu tem que tomar cuidado é cobra tentado dar o bote por todo lado- ela pisca pra mim e segue em direção a uma mesinha de plástico que está vazia.

Carol: Fico com ela...- começo a falar com o Ret, mas paro assim que sinto um braço passar ao redor do meu pescoço.

Souza: A fera deixou a Raponzel sair pra passear. Vamo comemorar.

Carol: Você está misturando os contos de fada.

Souza: Tudo tem princesa....

Ret: Tô em olho em ti loirinha - ele pisca pra mim e se afasta.

Carol: É loucura essa confiança que ele tá botando em mim- digo indo na direção da mesa em que a Larissa tá.

Souza: Fez amizade com a Zangada?

Carol: Você da apelido para todas?

Souza: Não só para as loiras gostosas. Falando nisso belas pernas.

Carol: A gente vai ignorar o meu shorts.

Lari: Pedi pro Souza ignorar as pernas de uma mulher é inútil, mas você se acostuma com o galinha que ele é.

Souza: Eu não sou um galinha!- o pobrezinho parece ofendido.

Lari: Você é um Ga-li- nha.

Puxo uma cadeira e me sento achando graça a implicância dos dois.

Souza: Vai te a merda Zangada- ela ergue o dedo do meio para ele .- O que você quer pra beber Raponzel? Pra zangada vou trazer um copo com veneno. Mas pra você eu pego qualquer bebida.
                                         [...]

Ret: Olha só- ele dá um tapinha na minha coxa e senta do meu lado.- Tava mais feliz presa na minha casa do que aqui.- viro meu rosto para encarar ele.- Acho que prefere passar um cafezinho.

Carol: Não sou acostumada e volta  e meia vejo alguém me olhado, isso me deixa nervosa.

Ret: Bom, tu chama atenção- ele dá de ombros.- Com o tempo tu se acostuma.

Carol: Bom, vou ficar no pé da sua irmã até ela me dar um basta. Fingir que conheço ela torna a situação um pouquinho melhor. Agora você estar do meu lado piora tudo, antes me olhavam pouco agora com você tô chamando mais atenção ainda. É como se tivesse surgido um chifre no meio da minha testa.

Ret: Faz parte.

Carol: Tem um cara em específico que me fez perguntar pra sua irmã se meu rosto estava  sujo, não parava de me olhar.

Ret: Ryan, só parou porque o VG chamou atenção. Sei que tu não tá acostumada porquê era praticamente uma mobília da tua casa, mas tem homem que quando quer falta arrancar pedaço de tanto olhar.

Carol: Ele com certeza não faz o meu tipo.

Ret: E eu? - pisco confusa.

Mas que pergunta maluca é essa?

Carol: É sério essa pergunta?

Ret: Ué, pergunta sincera.

Carol: Mas porquê? Nós não fazemos o tipo um do outro.

Ret: Não bota palavras na minha boca, tu faz meu tipo, - ele olha para os meus peitos- eles com certeza fazem o meu tipo.

Carol: Sou casada....

Ret: Essa parte eu ignoro, tem coisa que não vale a pena ficar lembrando.

Carol: Inacreditável, você é inacreditável.- ele pisca pra mim e olha na direção da Larissa que está vindo pra mesa puta da vida.

Ret: Tudo bem?

Lari: Vai a merda, você, o galinha do Souza e o imbecil do Victor- ela olha pra mim- você não precisa ir.

Carol: Obrigada?- a gente agradece depois de uma situação dessas?

Lari: Por nada!

Ret: Qual o problema sua maluca? - É impressão minha ou ele tá mais perto que antes?

Lari: Escreve o que eu vou te dizer, um dia eu vou quebrar a sua cachorra no meio.

Carol: Você tem uma cachorrinha?

Lari: Ah, ele tem. Uma cachorra de 1.65 que adora latir quando eu passo. Uma faquinha cega  e eu cuido disso.

Ah, não é uma cachorrinha.

Lari: Conselho de amiga mesmo não sendo amiga, faça amizade com qualquer pessoa, menos com aquela lá.

Carol: Vejo que não é muito fã da sua cunhada?

Lari: Cunhada? Se for assim ela é cunhada de metade do Complexo.

Carol: Ah...- agora eu me senti uma senhora conservadora.

Ret: Ela não dorme com todo mundo....

Lari: Ah, agora é rodízio entre você, o galinha e o imbecil. Nossa espero que o pau dos três cai, o que pelo menos cresça uma verruga bem grande e feia.

Uau, eu com certeza não quero ela como inimiga por aí.

Ret: Te aquieta cara, que isso TPM? Olha loirinha - ele me encara- não segue o exemplo dela não.

Lari: É, segue o da Miranda e da pro Ret, pro Souza e pro Victor.

Carol: Credo, acho que o assunto ficou muito estanho. Podemos voltar ao nosso silêncio constrangedor?

Lari: Hmm, ou a gente pode falar mal dos outros juntos. Que tal começar pelo Souza, ele é meio estranho, né?

Carol: Meu Deus, sim! Mas ao mesmo tempo é  demais.

Lari: Sim e de quebra é muito gostoso.

Ret: Eu vou embora antes que eu ouça algo que me traumatize. A gente se resolve depois loirinha.- ele pisca pra mim e se afasta.

Crime PerfeitoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora