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                                     Carolina👑

Não consegui dormir nada, tudo é muito novo agora.

Eu não devia ter esquecido da porcaria do celular, olha só a confusão que isso causou.

Achei que ele ia gritar comigo e discutir sobre o acontecido. Mas simplesmente me expulsou da casa dele, não perdeu tempo com a situação.

Eu queria que ele tivesse gritado comigo, me ignorar e me tirar da jogada com tanta facilidade me deixou perturbada. Me atingiu bem mais que devia.

Mas tudo bem, isso não ia dar em nada mesmo. Só me deixa mal não poder me explicar. Não quero o mal dele , e odeio que ele ache que eu quero.

VG: Se precisar de algo é só fazer uma lista. Compro de boa.

Carol: Souza também está muito irritado comigo? Ele era uma sombra e não veio aqui....-Victor bufa como se eu tivesse perguntado a coisa mais idiotia do mundo.

VG: Por ele tu tava lá na casa dele e não aqui na minha. O cara só tá resolvendo umas pendências, logo volta pra tão querida Raponzel.

Carol: Bom, então o Filipe é o único que me odeia. Posso lidar com isso.

VG: Pode mesmo? - dou de ombros fingindo não ligar.

Carol: Não posso fazer nada que melhore a situação. Ele não quis nem ouvir a minha explicação e com certeza nem quer olhar na minha cara.

Tiro a razão dele? Não. Mas custava deixar eu explicar a situação.

VG: Ele é meio noiado com essa coisa de confiança. Ainda mais depois que o Eduardo consegui por a mão na Larissa a situação piorou muito.

Carol: É, a situação não é das melhores pra mim, mas tudo bem. Consigo lidar bem com situações do tipo.

VG: Quero que tu faça uma parada pra mim.

Carol: O que?

Observo ele tirar o celular do bolso e por na minha frente. O maldito celular que causou tudo isso.

VG: Quero que tu ligue pro Eduardo. Quero que tu  mantenha uma conversa casual, e se ele  perguntar , tu vai dizer que ainda tá na casa do Filipe.

Carol : O que? Não entendi.

VG: Só faz o que eu mandei. - fico encarando ele - faz logo e sem mais perguntas.

Ainda em choque com o pedido pego o telefone que está ligado e disco para o único nome registrado.

A ligação é atendida, mas há um silêncio do outro lado da linha.

Carol: Eduardo?

Eduardo: Finalmente, faz tempo que não falo contigo. Tais sozinha?- encaro o VG que acena  concordando.

Carol: Estou sim.

Eduardo: Sei que a situação pra você não deve estar nada fácil. Tenho até medo de perguntar o que ele fez com você, mas tá chegando ao fim. Quando menos esperar já vai estar em casa. Onde você está agora está agora.

Carol: No mesmo lugar- não queria mencionar a casa do Filipe, tornar ela um alvo. Mesmo sabendo que o Eduardo já tem uma noção de onde estou.

Eduardo:  Em que lugar Carolina?

Carol: Na casa do Ret, estou aqui desde o início.

Eduardo: Hmm, vai dar tudo certo Carolina, mas  você precisa cooperar. As coisas teriam sido bem mais fácies se você tivesse usado a porcaria do celular na invasão, se ao menos tivesse usado em algum momento

Encaro o Victor que  solta um " desliga" sem som.

Carol: Preciso desligar agora, tem alguém chegando- fico nervosa e desligo sem falar mais nada.

Victor pega o celular da minha mão e tira o chipe.

Carol: O que foi isso?

VG: Não dá pra confiar em qualquer um, tinha que ter certeza que tu nunca usou o celular.

Carol: Hmm?

VG: Tem algo muito errado. O cara sabia onde tu tava, mandou deixar o celular. É impossível que alguém aqui dentro não saiba de quem é aquela casa, e um estranho em um dia comum não ia nem chegar perto do portão. Bom, é melhor tu tomar cuidado.

Carol: Por quê? - É uma ameaça?

VG: Por que a seguinte frase "Tenho até medo de perguntar o que  ele fez com você", ficou meio estranha. Não parece estar ligada com  a possível dor que a gente causou em ti, mas em outras sensações que o meu chefe causou em ti.

Aí meu Deus! Não, isso não ia ser nada bom pra mim.

Se o Eduardo souber disso....

Carol: Por favor, não faz troca. Mesmo que ele diga que vai tirar as acusações, não faz isso.

VG: Ele te  machucaria, não é?- não respondo- Na verdade ele já fez isso, né?

                                          Ret🤬

Não lembro da última vez que estive tão mau-humorado como tô agora.

Culpa daquele babaca.

O meu humor já estava uma merda, mas entrar no restaurante piorou ele.

Larissa, Carolina e Ryan almoçando juntos.

Ret: Quer me dizer que merda é essa? - viro na direção do VG que veio almoçar comigo.

VG: Tem nem pão na minha casa. Não ia deixar a mina passar fome.

Ret: Não passou pela merda da tua cabeça que era só mandar levar um marmita?

VG: Deixa a garota. Não preciso de ninguém preso na minha casa, e ela  não tá incomodando ninguém.

Ret: Ela estar aqui me incomoda.- Carolina olha na minha direção e assim que me o sorriso morre, logo ela desvia o olhar e encara o imbecil do Ryan.

Olha só, voltou com a conversa fiada com o amiguinho.

Deve tá adorando, e nem tô falando dela.

VG: Tem certeza que é isso que tá te incomodando? Cara, só vamo comer logo que  gente tem que voltar pra boca, preciso falar sobre um bagulho importante.

                                            [...]

Cara, como eu não tinha percebido que não gosto de nada na Carolina.

Aquele cabelo loiro me irrita, o jeito que sorri com os olhos, o jeito que todo o rosto se ilumina quando sorri, aqueles peitos que...

VG: Tá pensando em que chefe?

Ret: Pronto, agora vou ter que te falar o que tô pensando. Vai se ferrar. Fala logo o que tu tem pra falar e some da minha frente.

VG: Bom, a parada é a seguinte...

Crime PerfeitoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora