28

14.3K 1.5K 286
                                    

                                          Ret🤬

Saio do banheiro fixo meu olhar na cama. Na verdade na loira deitada na cama só com um lençol fino cobrindo o corpo.

Porra, eu já fiz muita burrada na minha vida. Mas transar com a esposa do cara que me prendeu é  uma das piores.

Cara, isso aqui pode terminar numa merda tão grande que não gosto nem de pensar.

Mas porra, eu não consegui me segurar. Tem algo nela, não tô falando do corpão, tô falando do jeitinho dela, algo que parece um enorme ímã.

Não acho que ela vai permanecer com aquele babaca, pro bem dela espero que não,  então não faz mal aproveitar um pouco.

A gente pode se divertir nesse meio tempo, não é o fim do mundo, pelo menos eu quero pensar que não.

Carolina abre os olhos lentamente e me pega no flagra observando ela. Nenhum de nós  diz nada, ninguém quer dizer porque as palavras mudam tudo.

Acho que a surra que eu tomei quando fui preso deixou sequela,  não é normal eu estar tão fora das ideias.

Merda, eu ainda pedi pra não bater na cara.

Porra, eu sei que o certo no momento é eu ir pra boca de deixar o clima passar.

Mas o que eu faço é deitar no lado vago da cama e puxar a loira pra deitar comigo.

Sou um fodido da merda, mas fazer o que se ele tem um cheiro bom?

Carol: Já vai sair?- ela se aproxima meio sem jeito mas encosta a cabeça no meu ombro.

Ret: Logo, tenho umas coisas pra resolver.- meu olhar se fixa na mão sobre o meu abdômen.- Mas tu vai ficar entretida por aqui, não duvido  a Larissa aparecer.

Carol: Sua irmã assusta, mas eu gosto dela.

Ret: Penso exatamente a mesma coisa - a loira sorri.

Porra, como o rosto dela pode ser tão bonito assim?

Carol: Você vem pra casa na hora do almoço?  Faço almoço para dois ou não é necessário? - a mão no meu abdômen começa a desenhar pequenos círculos.

Ret: Claro, eu venho sim- mesmo que não estivesse nos meus planos. Mas eu dou um jeito, vai ser rápido.

                                           [...]

Ret: Carolina tem certeza que o cara não vai fazer nada que prejudique o trabalho dele. Uma troca não parece ser  uma possibilidade.

VG: A loira é mulher dele, mas não é tão importante  quanto devia ser.- ele se joga no sofá que tem na salinha- Olha, a gente vai ter que mostrar pro cara que não tá de brincadeira, ele tem que ver que não tem controle nenhum sobre a situação.

Ret: E o que tu sugere?  A gente não pode fazer nada com a mina, ela é só mais uma vítima daquele cara.

VG: Não quero machucar a loirinha, isso não é opção. Mas o Eduardo não precisa saber disso, não precisa saber que na nossa mão ela é uma refém feliz. Manipular uma situação não é tão difícil quando parece.

Ret: Beleza, tens carta branca pra fazer o que achar melhor. Só bota aquele cara no lugar dele,

VG: Beleza. Mas quando a gente vai falar sobre o que tá acontecendo? - encaro ele sem entender.

Ret: Sobre o que? De que merda tu tá falando?

VG: Tô falando do fato que de tu fodendo a nossa refém. Já te ofendendo, essa não foi a melhor das tuas ideias, não que alguma das suas ideias preste.

Ret: Não sei do que tu tá falando.

VG: Ah, Filipe, vamo pular a parte que tu tenta negar. Eu sou bom em notar as coisas, e não é como se tu tivesse se esforçado pra esconder.

Ret: Não é nada demais. Pessoas transam só pra extravasar, não precisa ter algo por trás.

VG: E tu acha uma boa ideia usar a Carolina  pra isso. Cara, isso não é certo. A mina é toda na dela...Só me diz que essa não é um forma tentar se vingar do Eduardo....

Ret: Porra, não! Que merda é essa? - pergunto indignado - Acha que eu transei com ela pra atingir ele? Porra,  ela é gata pra caralho e tava andando pela minha casa sem calcinha. A culpa de tudo é isso é sua que deixou ela hospedada na minha casa.- ele ri- Tá rindo do que?

VG: Nada, só tá parecendo que a sua inquilina tá te afetando até demais- que cara filho da puta- Talvez esteja na hora dela mudar de residência, sabe acho que dá pra deixar ela lá em casa- o babaca da de ombros.- Se a culpa é minha vou consertar.

Ret: Vai a merda seu filho da mãe! A Carolina vai ficar lá em casa, porque tu não vai encher o saco de outro? Pelo menos na cadeia eu não tinha que te aturar.

VG: Sabe? Eu sinto que tudo isso vai me render muito entretenimento.

Ret: Porra, tu é uma praga na minha vida.

VG: Eu sei. Só uma coisa, a Carol é gente boa, não  vai fazer merda por causa do tesão. Nem todos são azedos que nem tu, alguns  tem coração.

Ret: Vai cuidar do teu trabalho e me deixa em paz, seu zero a esquerda.

                                          [...]

Reviro os olhos para o celular quando vejo a mensagem da minha irmã. Ela nem pergunta mais, só diz que vai lá pra casa depois.

Acho que o ódio pela loirinha passou. Carolina conquistou a Larissa.

Miranda: Ret- viro o rosto quando escuto chamar o meu nome.- Poxa, pensei que tinha sido preso outra vez, simplesmente sumiu.

Ret: Muita coisa pra fazer, o tempo afastado deixou um monte de problema acumulado.

Miranda: Poxa, não tem 30 minutinhos pra mim? A gente precisa conversar sobre umas coisas que aconteceram por aqui enquanto tu estava fora.

Ret: Beleza, a gente marca e tu me fala.

Miranda: É importante, vamo agora. A gente vai almoçar na Vera e eu te falo. Que tal?

Que saco, não tenho paz nesse lugar.

Ret: Beleza, mas é bom ser importante mesmo. Tu tem que terminar de falar antes que eu termine de comer, é o tempo que eu tenho pra ti.

Crime PerfeitoOnde as histórias ganham vida. Descobre agora