Quatorze:

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🌼Bianca Vasconcelos:

—Você fica comigo por pena?

—O que?—O homem que estava deitado atrás de mim, se levanta rápido, ficando sentado.—De onde você tirou isso?

—Nada. Só uma dúvida minha.

—Eu nunca fiquei com ninguém por pena.—Responde.—Você, não seria a primeira.

—Ok.

—Essa dúvida não viria do nada. Andou ouvindo coisas por aí?—Questiona.

—Não. Esquece o que eu disse, tudo bem?

—Por ora, deixarei pra lá.—Volta a deitar, colocando um dos braços por cima da minha cintura.

Estávamos assistindo um filme no meu quarto, acabou que dormirmos, só acordamos a poucos minutos. Estamos de preguiça, na cama. Não sei o que os outros estão fazendo lá fora.

Agora no quarto ao lado, está acontecendo uma festinha.

—Você conhece as irmãs Hunter a quanto tempo?—Ele quebra o silêncio.

—Desde que eu comecei a estudar no colégio Phoenix. Foram as primeiras pessoas que conversaram comigo. Eu sofri muito no começo. Elas fizeram eu me sentir melhor.—Conto.

—Sofreu? Como?

—Xenofobia. As garotas principalmente, não aceitavam o fato de eu ser brasileira. Essa fase já passou.

—E quando você conheceu as meninas, conheceu também Jason?

—Não no mesmo tempo. Ele não estava na casa dos pais. Sabia que elas tinham um irmão mais velho, mas não sabia quem era. Depois de uns oito meses, eu o conheci.—Foi um dia horroroso.—E ele me odiou de primeira. Pelo simples fato da minha existência.

—Vocês trocam farpas a quase todo momento.—Ele ri.—Nunca vi Jason provocar tanto uma garota, e de uma forma ruim. Ele é galanteador o tempo inteiro, com mulheres bonitas.

—Eu sou uma exceção. E ainda bem.—Não aguentaria tê-lo no meu pé.—E vocês são amigos a bastante tempo?

—Desde o jardim de infância. Nos afastamos um tempo, quando ele foi para Toronto. Depois que ele voltou, retonamos a amizade. Diego entrou depois, já na universidade.

—Imagino o tanto de cosia que já devem ter aprontado juntos. Festas, mulheres, bebidas.

—Confesso, já aprontei muito.

—Valendo um dólar para cada pessoa que beijou ou transou, o que você compraria?

—Algo bem caro.—Ri.—Nem todo mundo que eu beijei, eu transei, e nem todo mundo que eu transei eu beijei.

—Você não beija quando transa?

—Nem todas.

—Eu não entendi.

—Quando eu costumava ir nas festas, não podia ficar perdendo tempo indo para algum quarto com as mulheres. Então transava em um canto, só arrastando a calcinha para o lado. Rápido, sem beijo, sem muito toque. Só o sexo.

—Impressionante como mulheres se prestam a isso.—Ser objeto sexual de um cara bonito, por alguns segundos? De um desconhecido por sinal. É demais. É não se amar nem um pouquinho.

—É só ambos estiverem com a mesma vontade.

—Você é um galinha.

—Durante o tempo que eu estou com você, esse meu lado adormece. Não fico com mais ninguém, quando estou contigo.—Coloco o rosto no vão do meu pescoço.—Mesmo não tendo nada sério, respeito você.

O irmão das minhas amigas.(Concluída)Where stories live. Discover now