Dezenove:

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🌼Bianca Vasconcelos:

—Eu não quero nada com você. Não passou de beijos. Vê se me deixa em paz, e para de falar comigo.—Digo para o cãozinho do Jason, que agora deu para andar no meu pé. Ele está assim a quase dois dias.

Estou vencendo.

—Só um beijo?—Ele pede, erguendo um dedo.—Por favor.

—Nem um, nem dois.—Vou me afastando, mas ele vem atrás de mim.—Bem melhor dizendo, nenhum.

—Você me deixou viciado, e agora me nega.

—Jason, você é desinteressante, sem nenhum atrativo. Só um rostinho bonito, e olhe lá. É um galinha, que se enfiava em qualquer buraco, me tratava super mal, me humilhando a cada oportunidade. Trocamos alguns amassoa? É verdade. Mas isso não significa que você tem que ficar atrás de mim, pedindo nada. Foi um momento, ponto. Já passou, meu amor.—Dou leves tapinhas no seu rosto.—Se eu quisesse você, já teria falado. Agora vai saindo, que eu preciso pegar um bronze.

—Me desculpa ter te falado todas essas coisas, eu estou arrependido, de verdade.—Parece um cachorro adestrado.—Se eu pudesse voltar no tempo...

—Pois é. Mas você não tem esse super poder.—Sorrio, sem mostrar os dentes.—Pode acontecer outra vez? Não sei. Não estamos livres da tentação. Podemos unir o útil e o agradável, quem sabe? Mas agora meu querido, eu não quero.

—Diaba.—Morde a boca, não parecendo gostar do que eu falo.—Por favor Bianca, só um.

—Onde está o Jason que eu conheço? Se humilhando por mulher?

—Quando eu te pegar...—Passa a língua nos lábios, olhando meu corpo inteiro.

—Beijinhos de luz!—Mando beijo, quando passo por ele.

Nós já nos agarramos por aí, o qua eu não nego pra ninguém. Mas não vou estar de pernas abertas, para quando ele bem quiser. Quando eu estiver afim de dar uns beijinhos nele, eu vou dá. Por enquanto, vou dá uma sambada com salto 15, sobre aquele macho.

—Entra aqui, Bí.—Cold joga uma pequena quantidade de água pra cima.—Está uma delícia, assim como você.

Retirando os chinelos, dou uma pequena corridinha, e me jogo na piscina, como uma flecha. E a água está gostosa mesmo.

Hoje decidimos curtir só nós seis. Quem quer beber, bebe. Quem quer comer, come. E quem quer ficar de preguiça do lado de fora ou deitado numa boia sobre a água, fica. A madame Beth, está cochichando sobre uma enorme boia de flamingo, usando um óculos de sol.

Enquanto estava distraída, Cold joga água no meu rosto, me assustando e quase me afogando.

—Seu palhaço!—Jogo água nele também.

Como duas crianças, iniciamos uma guerrinha de água, me tirando altas risadas.

—Para!—Grito por cima do barulho da água.

—Se lembra quando você se afogou e quase foi para outra dimensão?—Ele ri, quando paramos de jogar água.

—Você ri, não é seu falso?

—Estou rindo agora, pois no dia eu fiquei desesperado. Quer dizer, nós ficamos. Achamos que você ia morrer, de verdade.—E eu quase ia mesmo.

—Não gosto nem de me lembrar disso.

É uma sensação angustiante, estar num lugar fundo e não saber nadar. Você tenta se debater para sair, mas acaba piorando tudo. A água começa a entrar pelo nariz, boca, e uma sensação de morte atinge seu corpo. E o pior é quando pensam que você está brincando.

O irmão das minhas amigas.(Concluída)Where stories live. Discover now