Trinta e cinco:

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🌼Bianca Vasconcelos:

15 dias depois...

Jason segue dormindo com mulheres diferentes, a cada dia. Isso não deveria me incomodar, mas incomoda. E muito.

Queria o que Bianca? Que ele parasse no tempo, depois de tudo que ouviu da sua boca?

Idiota.
É assim que eu me sinto.

Tendo não desmoronar, mas isso me afeta muito. Eu não queria que ele se envolvesse com outras mulheres. Eu não consigo me envolver com outro homem. Até tentei, mas não consegui ir para a cama. Só ficaram em beijos e amassos.

Ele não respondeu nenhuma mensagem que eu enviei, e quando Kate ou Beth tocam no meu nome com ele, ele praticamente exige que mudem de assunto, ou irá encerrar a chamada.

Parece que eu magoei Jason.
Engulo em seco, sabendo que a culpa é realmente minha.

—Você vai no jantar?—Kate joga uma pipoca para cima, a apara na dentro ds boca.—Isso. Eu sou demais.

—Não sei.—Ele foi adiado, pois Jason não conseguiria ir. Acontecerá daqui dois dias.

—Relaxa, Jason não vai fazer nada com você.—Beth assegura.—Nem sabemos se ele virá ou não. Ele quase não tem tempo pra nada. Mamãe ficará chateada se ele não estiver, mas entende os motivos pela falta do filho mais velho.

—Mas não é por conta dele, a minha dúvida de ir ou não.—É uma mentira. É por conta dele sim.—Meus pais possuem planos para este final de semana.

—Poxa, que pena. A gente queria você lá. Sabe, é quase da família.

—Não é certeza.—Coloco uma pipoca na boca.—Aviso caso eu vá.

Assim seguiu as horas, na companhia das duas. Quando deu o meu horário, volto para casa, com meus pensamentos focados em Jason. Eu poderia ser namorada dele agora, mas eu não disse o sim que ele parecia ansioso para ouvir. Ele fez algo para mim, coisa que nunca fez para nenhuma outra mulher. As luzes na cabana, e também em árvores perto dela, colocada com tanto capricho. Eu estraguei a nossa noite, por puro medo.

—Quando vai ser sincera comigo? Pensei que confiasse em mim.

—Mamãe, chantagem não, por favor.—Me jogo na minha cama.

—Vamos mocinha, eu estou esperando.—Se senta no divã que fica à frente da minha cama. —O que houve naquela casa de campo? Para você voltar assim, toda burocochô.

—Não houve não, mãe.—Minto.

—Eu te conheço, menina. Fui eu que limpei essa sua bunda até seus quatro anos. Não pense que vai mentir, na cara dura, para a sua mãe.—Ela sabe ser insistente, quando quer.—Desembucha. Você sempre voltava toda feliz, e esse ano não pareceu a mesma coisa.

—Tá mãe, eu conto.

—Estou ouvindo.

—Talvez eu tenha me apaixonado.—Olha a palavra de Jason. Talvez.

—Como assim talvez? Ou se apaixonou ou não.

—Tá, eu me apaixonei nas minhas férias.—Suspiro.

—E não foi recíproco?

—Foi. E como foi.—Me recordo do olhar magoado de Jason, quando eu comecei a falar, e não dei uma resposta.

—Então por que você está tão triste?

—Eu estraguei tudo.—Depois dele.—Sua filha deveria estar namorando agora. Mas ela, burra e medrosa, não aceitou. Mãe, como eu me arrependo de não ter dito sim e me jogado nos braços dele.

O irmão das minhas amigas.(Concluída)Where stories live. Discover now