Capítulo 2

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Uma vida nunca vive em pazEnquanto você está no limiteEntrelaçado por um único fioE o destino pode cair sobre vocêEnquanto o diabo está batendoBem na sua porta

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Uma vida nunca vive em paz
Enquanto você está no limite
Entrelaçado por um único fio
E o destino pode cair sobre você
Enquanto o diabo está batendo
Bem na sua porta

Awaken




Charles mexeu no nó da gravata, afrouxando e retirando. O elevador apitou ao abrir as portas. Um menino de capacete azul entrou acompanhado de uma jovem que provavelmente era sua irmã ou prima. Os encarou pelo vidro por alguns segundos, antes de virar-se e erguer o olhar para os números azuis que aumentava a cada andar.

— Você é o Charles Leclerc?

Seus olhos se moveram na direção da garota, analisando o cabelo trançado, as olheiras e sardas. Não era possível supor a idade de uma mulher pelo rosto, era mais fácil conseguir algumas suposições usando como base vestimenta e maneira de agir. As roupas eram muito básicas para trata-la como uma mulher maior de idade, então estaria na adolescência. Isso explicava as unhas coloridas, pulseiras, e seu interesse.

Ela era menor de idade.

— Não, sou Hervé Perceval.

A estranha apenas sorriu, sabendo exatamente quem ele era.

Raramente conhecia os vizinhos, e não se lembrava da última vez que foi reconhecido naquele prédio. Era hora de mudar-se. Não podia deixar que soubesse onde se escondia nas horas vagas, caso contrário, iriam joga-lo aos jacarés.

— Boa sorte esse ano na Ferrari. – ela disse antes de sair, levando consigo o menino que preferia mexer no nariz.

Charles enrolou a gravata na mão, voltando a observar os números.

Ele tinha uma ideia do que fazer com Judith. Havia pensando em tudo enquanto dirigia até o apartamento, supondo cenários positivos para ele e traumatizante para ela. Queria ouvi-la chorar, observa-la se arrastar no chão sem se importar com mais nada além da própria sobrevivência.

Sorriu ao passar pelas portas de metais abertas.

Colocou a chave na fechadura e parou ao nota-la aberta. Alguém havia entrado no seu apartamento sem autorização.

Abriu a porta, fazendo barulho o suficiente para o invasor saber da sua chegada.

Ele tinha muitos inimigos para contar nos dedos, porque ao longo da sua caminhada colecionou vidas. Ás vezes era atingido pela ira de alguém e, precisava mostrar do que era feito. Não podia dormir entre aquelas paredes pensando que estava seguro, pois os monstros se arrastavam até Charles, porque seu sangue era amargo e constante. Havia pessoas o suficiente o querendo morto.

Seus dedos relaxaram ao descobrir quem teve a coragem de invadir sua propriedade.

— Alexandra, como entrou aqui?

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