Ele era o príncipe maquiavélico que todos temiam no fim do dia. Um homem corrompido pelo aroma fúnebre da morte, com toque mortal que sugava a luz dos mais santos. Seus passos eram machados de fogo, lágrimas e sangue.
A escuridão estava por toda a...
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Uh, o que você está fazendo? Não sei quem você pensa que está confundindo Eu fico tipo, uh, que divertido Você pensa que eu vou cair nos encantos de uma ilusão
Illusion
— Mamãe?
Charles pensou em todos os fatores para conseguir o que queria sem chamar atenção desnecessária, e muitas delas o levou ate sua queria e amada mãe. A pessoa mais fácil de manipular do mundo, que o amava calorosamente como se ele fosse um ser incapaz de errar.
— Meu Charlie. – ela o abraçou com grande afeto, beijando sua bochecha – Que saudades eu estava do meu filhinho.
— Também estava morrendo de saudade.
— Estou tão feliz que veio. – deslizou os dedos pelo cabelo do filho com carinho – Almoçará comigo?
— Claro, eu vim com esse intuito e para conversar.
Ela rapidamente se preocupou, porque Charles era seu filho do meio, o que mais sofreu com tantas perdas inesperadas. Rezava para que ele encontrasse um caminho feliz, com uma moça digna e voltasse a ser seu bom filho. Não que ele fosse um filho ruim, porém não a visitava com tanta frequência quanto antes, preferindo se afastar da família que o amava imensamente.
— Pode falar, meu filho. – largou tudo que fazia para prestar atenção do mais novo, segurando suas mãos com extremo amor.
— Venho pensando tanto naquela pobre garota que perdeu a irmã e o pai. – sussurrou com imensa tristeza e olhos brilhantes – Sei exatamente pelo que ela passa, porque perdi tanto que eu já amei.
— Oh meu filho, não fique assim. – tocou o rosto de Charles, acariciando a bochecha com o polegar.
— Gostaria de fazer algo por ela, qualquer coisa.
— Seu coração é bom, Charlie.
— Eu sei, mamãe, e isso me destrói!
— Não fique assim. – o abraçou novamente, afagando suas costas – Vai ficar tudo bem.
— Lembra quando nos reuníamos na juventude? – perguntou, afastando-se para fazer contato visual com a mãe – Eu e meus amigos.
— Claro que lembro, Tonio amava!
— Sim, ele amava. Eram os melhores momentos da minha vida. Gostaria de perguntar se poderia chamar aquela pobre garota.
A genuína esperança de sua mãe desapareceu. A nítida mudança o deixou desconfiado. Ela nunca discordava dos seus pedidos, mesmo aqueles que não pareciam certos. Charles tinha passe livre naquela família, porque não passava de um pobre coitado órfão, sem amigos ou sonhos.
