Capítulo 4

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Eu não começo merda nenhuma, mas posso te dizer como termina
Não me entristeço, me vingo
Então, nos fins de semana, eu não me visto para amigos
Ultimamente, tenho me vestido para vingança

Vigilante shit




Charles escondeu-se atrás das vestes vermelhas, sorrindo para a câmera de maneira calorosa. Ele estava novamente onde pertencia, e ninguém tinha forças para empurra-lo na direção contrária. Os registros eram tão adorados quanto sua existência. As pessoas ansiavam por vê-lo, ainda que sua presença durasse segundos.

O manto da Ferrari o levava a loucura.

Nada se comparava a aquilo.

Seu nome registrado para sempre na história do esporte.

Bastava que tivesse coragem para revelar suas atrocidades, e verdadeira face.

— Realmente sairá da Ferrari?

Carlos permanecia ao lado dele e do carro, porém com a mente distante o suficiente para ignorar tudo que era dito na apresentação do carro. Eles ficariam mais tempo juntos testando tudo e se preparando para as corridas.

— Está em todos os lugares.

— Sim, mas queria saber o motivo.

O espanhol o encarou pelo canto do olho com um meio sorriso que revelava o suficiente. Ele se cansou de todas as loucuras de Charles. Era facilmente entendível. A mente do monegasco era tão instável quanto uma montanha russa, repleta de descidas perigosas e subidas que davam frio na barriga. Nada permanecia intacto por muito tempo quando o conhecia verdadeiramente. Suas tramas e omissões o tornavam perigoso.

— Lewis aceitou assinar conosco.

— Espero que ele consiga sobreviver a isso tão bem quanto eu.

Carlos fora um bom companheiro. Mais forte que Vettel. Não precisou explicar-se a cada passo dado, deixando que tirasse suas próprias conclusões e somasse todos os pontos. Charles mostrou a ele como os fortes jogavam com a crueldade. Não existia misericórdia naquele mundo, a menos que a bondade vencesse, porém nunca vira algo do tipo acontecer antes e, não seria ele capaz de mudar o próprio destino.

No fundo, aquele era o único lado da vida de Charles que fazia sentido.

Não era um sonho que viera do seu coração, e sim semeado por outros. Manter-se com o símbolo da Ferrari o levava para mais perto daqueles que partiram, levando pedaços dele para o tumulo. Ele ainda sangrava quando o dia amanhecia, tentando conter as fortes dores que o deixava letárgico.

Anti-HeroWhere stories live. Discover now