Epílogo - Oito

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Deferiu um soco certeiro no rosto de Rodrigo que cambaleia já com a boca ensanguentada.
Rodrigo riu o provocando e José foi para cima dele dando mais um soco, dessa vez Rodrigo caiu. José se preparou para subir em Rodrigo e arrebentar ele quando escutou o grito de Cadu que em logo o segurou rápido de mais.

— Já chega! — disse Cadu o puxando. — Para José, para!

Rodrigo se levantava. José empurrou Cadu para o lado tentando acertar Rodrigo novamente.

— Vou arrebentar esse filho da puta!

Rodrigo parou de rir. E começou a se vitimizar.

— Merda... Seu irmão é um louco — resmungou Rodrigo

— Vai se foder, vou te mostrar o louco. — disse José ensandecido.

Cadu empurrou José  para trás.

— José,  para. Chega! — gritou Cadu bravo.

— Está tudo bem meu bem, ele só está com ciúme... Contou para ele do nosso beijo?

Meu bem? Beijo? Pensou José assustado.
Aquela frase fez os olhos de José  brilharem como o de um leão quando vê a presa e ele passou por cima de Cadu que tentou segurar, acertou outro soco em Rodrigo, que estava basicamente deixando José bater, para se vitimizar mais um pouco.
Cadu tentou segurar José mas José era um brutamontes fervoroso.

José acertou mais dois socos em Rodrigo por cima de Cadu, e ao Cadu tentar intervir acabou levando um baita esbarrão de José e caindo no chão assustado. Quando José se deu conta de que empurrou Cadu, deu um grito alto olhando para as próprias mãos ensanguentadas e machucada nos nós dos dedos, elas sangravam e seu corte mau-curado feito com o vidro no dia anterior estava sagrando novamente por cima do curativo.
Acalmar.
Acalmar.
Acalmar.
José saiu de perto dos dois enervado, batendo o pé, irritado e entrou.

Cadu ajudou Rodrigo a se levantar.

— Não inclina o rosto. Deixa sangrar. — disse sobre o nariz de Rodrigo

— Eu tô bem relaxa.

— Será que quebrou? — disse Cadu olhando para o nariz de Rodrigo que jorrava sangue.

— Não, foi só a pancada... eu acho

— Vai para casa. Eu vou... Vou conversar com ele.

— Te deixar sozinho com esse louco? Não é melhor chamar a polícia?

José estava destruindo tudo do lado de dentro, parecia um furacão interno rodando e quebrando tudo que via pela frente.

— Sei lidar com ele, desculpa Rodrigo

....

Um copo voou em direção ao Cadu que se encolheu estendendo a mão para que José parasse com seu descontrole e José paralisou ao ver o copo espatifar perto de Cadu, por uma pequena fração de segundos pensou ter o acertado, e isso quase aconteceu.

— José ! — gritou Cadu — Te acalma, respira.

José olhou para Cadu furioso.

— Respirar? Vai se foder!

— Seu braço.

José olhou para o braço e seu curativo estava ensopado de sangue que sujava tudo, até sua camisa que nem se deu conta até Cadu falar. José parou olhando para seu sangue, e Cadu se aproximou de José segurou o braço de José e José de modo irredutível puxou para si o próprio braço não querendo que Cadu visse.

— Me deixa em paz.

— Zé... — resmungou Cadu enquanto José lhe dava as costas de forma birrenta

Amor Azul Centáureaحيث تعيش القصص. اكتشف الآن