Epílogo - Onze

88 13 2
                                    

Toda vez que os beijos aconteciam para Cadu e José  era muito estranho, os dois paravam de beijar se olhando como dois estranhos acanhados, mas se beijavam como um casal. Era uma vergonha em fazer aquilo.

— Vamos dormir...

— Por que é tão estranho?

— Por que parece que estamos cometendo um crime né?

— É. Parece tão errado cara!

Cadu se levantou para apagar a luz, José se levantou ajeitou os travesseiros e as cobertas e se enfiou debaixo da coberta abrindo a mesma esperando Cadu no escuro se enfiar ali.

— Posso fazer uma pergunta Zé?

— Depende — sussurrou enquanto Cadu se deitava em seus braços

— Do quê?

— Terei direito a perguntas também?

— Por que demorou tanto a chorar?

— Não gosto de chorar, chorar dói muito...  — respondeu Zé

Cadu ficou em silêncio.

— Minha vez... — José  deu uma pausa — Por que guarda calções meus?

— Ah não — disse Cadu aos risos — Próxima...

— Responde — disse José rindo.

— Como viu?

— Hã-ã-ã... Eu perguntei e você deve responder.

— Mas não estamos jogando o jogo de perguntas — contestou, mas mudou de ideia

Ele respirou fundo.

— Tá ok... Bom é gostoso... O seu cheiro.

— Safado. O cheiro do meu saco é gostoso?

— Para José, não quero falar disso... — disse Cadu envergonhado

José deu tapinha em Cadu que caiu no riso.

— Me deixa duro. — revelou Cadu para a surpresa de José

— E eu achando que você era um santo e eu era o maior culpado disso tudo.

— Eu só não deixo transparecer Zé. Já você nem desfaça quando está de rola dura por mim.

Cadu riu todo envergonhado se afagando nos ombros de José. Depois daquela conversa adormeceram juntos. Se esforçaram muito para não fazerem nada ousado aquele noite.

O sol fazia seu corpo reluzir, usava um chapéu de cowboy, sem camisa, seu peitoral viril a mostra revelava um punhado de pelos juvenis que cresciam ali, mas não eram cultivado, José  estava em cima de seu cavalo, que trotava sob o solo amarronzados levantando poeira e um pequeno punhado de grama que ali crescia.
Cadu observava sentado com uma xícara de café, apenas assistindo José observado seu corpo, sua barba que continuava grande mas aparada, o cavalo rodopiava galopando, José olhou para Cadu que estava sentado na área mais recheada de grama, se aproximou com o cavalo causando sobra no a onde Cadu estava tomando o sol da manhã.

— Ele parece ser tão conectado contigo.

— É o Brasa é um bom alazão.

— E os outros cavalos?

— Eu deixei eles solto, sabe tenho achado a Angel meio chata...

— Não está prenha?

— É está, Tonho disse que deixou eles soltos uma noite aí... Eles devem ter dado umazinha.

Amor Azul CentáureaWhere stories live. Discover now