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“5...

  A contagem se inicia. Talvez eu consiga sair daqui!

4...

  Existem milhares de outros “players”. E todos possuem uma expressão familiar. A mesma expressão que eu também mantenho em minha face.

3...

  A garota ao meu lado, de cabelos cor da noite, não para de tremer e roer as unhas. Posso ver que, infelizmente , ela se produziu ao máximo do possível.

2...

  Não posso ver o fim, talvez ele nem esteja mais lá.

1...

  Já está na hora. Meu coração está acelerado. Por favor, me desejem boa sorte!”

  Antes que você me pergunte, esse texto no início da página não é muito importante, ok?

  Eu sempre tive o costume de escrever cenas imaginárias e vivenciá-las em meus pensamentos porque isso, de alguma forma, fazia eu me sentir um pouco mais leve quando eu chegava em uma nova casa, com novas pessoas para conhecer e novos segredos a se desvendar.

  E em algum momento acabei registrando essa daí, numa folha velha que optei por amassar e jogar fora. Ou pelo menos eu achei que tinha jogado fora, já que hoje, enquanto revirava a minha caixinha de lembranças, acabei encontrando esse papel amarelado pelo tempo e pela poeira, amassado assim como eu me lembrava dele.

  É curioso como nós podemos encontrar tantas coisas perdidas quando decidimos revirar o nosso passado, né?!

  Como eu também comecei a escrever esse diário de uma forma diferente, decidi iniciar essa página com esse pequeno agrado, mostrando que sempre fui uma pessoa excêntrica e bem desenvolvida na arte da escrita, apesar de que às vezes, eu mesmo acabo por duvidar da minha própria sanidade ao reler algumas cenas que escrevi durante o híper foco.

  Mas, me digam por favor, gostaram da minha forma diferente de iniciar a história da minha vida? Ou vocês realmente estavam esperando que eu fosse gastar o meu precioso tempo escrevendo “meu querido diário...”? EU AINDA NÃO FIQUEI TÃO MALUCO ASSIM.


  Opa... desculpa, perdi o foco... Respira, Sun, respira... Ainda tem muito para se escrever...

  Peço perdão pelo meu comportamento “estranho”, é que hoje é segunda-feira ainda e eu odeio acordar cedo, principalmente quando tenho a obrigação de ir ao colégio. Não é como se existisse algum mal desconhecido naquele lugar. Muito pelo contrário, todos os males de lá possuem rostos familiares e desagradáveis, com sorrisos tão brancos, e vozes tão sedutoras...

  NÃO!!!

  Eu não estou me referindo apenas às garotas daquele lugar. E sim, algumas são até bastante atraentes, mas se você conseguisse ver o quão nojento é o olhar delas para mim, a última coisa que desejaria seria se aproximar dos vestidos colados, ou das saias curtas e vulgares que cada uma daquelas vadiazinhas usa.

Entre Raposas e Assassinos: O Diário de SunOnde histórias criam vida. Descubra agora