010

105 5 1
                                    

Klaus Mikaelson

Voltei para minha família após a minha conversa com Mary. Eu realmente achei que tivesse o dedo de minha mãe nisso tudo de Mary ter desistido assim tão fácil de Hayley. Talvez ela estivesse sempre do lado de minha mãe e apenas se aproximou de nós para agora nos apunhalar assim pelas costas! Isto não ficará assim. Eu não voltarei para Nova Orleans e acredito que meus irmãos também não, pelo menos até descobrirmos o que minha mãe quer daqui.
Para mim, Mary morreu.
Não sei como diria aos meus irmãos que a Mary não passava de uma simples traidora que se aproveitou de nós.

Meus irmãos e eu voltamos para nossa casa aqui em Mystic Falls. Temos esta casa já há algum tempo. Juntei me aos meus irmãos que se encontravam na sala de estar, as caras dos mesmos estavam entristecidas, suponho que seja por causa de Mary, claro.

- Mary nos deixou. - digo.

- Não esperavamos que ela ficasse para sempre connosco, afinal era só até acharmos e recuperarmos a Hayley, mas, a forma com que se despediu e desistiu foi totalmente estranha. - minha irmã disse enquanto encarava o chão como os restantes de meus irmãos.

- Apesar de ter sido por pouco tempo, graças a ela, conseguimos ter harmonia nesta família, o que já não tínhamos há muitos séculos. - o nobre Elijah me encara.

- Ainda não consigo acreditar que ela foi embora sem resgatar a Hayley, quem ela tanto queria recuperar. - Kol me encara também.

- Eu acho que ela sempre esteve do lado de nossa mãe, isso tudo não passou de uma farsa para nos trazer para Mystic Falls. - digo me sentando no sofá junto dos meus irmãos.

- Não pode ser. - Rebekah nega com a cabeça.

- Infelizmente é, irmã. - disse quase em um sussuro, odeio admitir que estava começando a me importar com ela.

- Você estava criando sentimentos por ela, Nik? - minha irmã me olha com aquele olhar doce que só ela tinha.

- Desde quando eu gosto de alguém, irmã? - dou um sorriso forçado.

- Sempre ouvi dizer que, há uma primeira vez para tudo. Eu realmente queria que você sentisse o que é ser amado pela pessoa que amamos, mas, parece me que Mary não é a pessoa certa para isso. - minha irmã me abraça e sobe para seu quarto.

- Para ser sincero, não esperava isto da parte de Mary. - Elijah conclui.

- Tem algo de estranho nesta história e eu vou descobrir. Mary não teria desistido assim tão fácil, não vou desistir de Mary. -Kol diz revoltado com toda esta situação e sobe também. Ficamos apenas eu e Elijah.

- O que acha sobre esta situação toda, Niklaus? - meu irmão questiona me.

- O que eu acho, irmão? Eu acho que Mary se aproveitou de nós da pior forma, e agora foi se embora, talvez com nossa mãe. - desabafo não querendo que isto fosse verdade.

- Acho que nunca saberemos, Niklaus. Tivemos um dia longo, deveria ir descansar. - meu irmão, como sempre, se preocupando connosco.

- Você também, irmão. - concluí e subi para o meu quarto.

Abri a porta do meu quarto e confesso que tudo que eu queria neste momento era que todo este ocorrido de hoje não passasse de um pesadelo. Eu queria encontrar Mary dormindo na minha cama, de forma tão serena. Mas eu sou Klaus Mikaelson, eu não ligo para ninguém e não seria agora que isso iria mudar. Neste momento ela deveria estar com minha mãe, alinhando em seus planos macabros, que descobrirei quais são, custe o que custar. Os próximos dias serão duros e longos. Estava extremamente cansado, deitei me e apaguei na mesma hora.

Mary Blackwood

Não me lembro da última vez que tive uma despedida tão dolorosa quanto esta, me despedir para sempre dos Mikaelsons, principalmente do Klaus, doeu mais do que eu esperaria que doesse. É sufocante saber que eles irão morrer, sabe se lá em quanto tempo e eu odeio ter que participar na morte deles. Precisava esquecer a bola de neve que minha vida se tornou em menos de 10 minutos, Grill era um ótimo lugar para isso e foi isso que fiz, saí da floresta e me dirigi até ao Grill que, como sempre, estava cheio. Sentei me nas cadeiras do bar e pedi ao garçom, Matt Donovan, uma garrafa de Bourbon. O lugar ao meu lado que estava vago até há alguns segundos atrás, estava ocupado por alguém que eu conhecia muito bem.

- Minha tríbrida favorita voltou e não me avisou? E ainda bebendo Bourbon sem mim, me senti ofendido! - o moreno dos olhos azuis mais belos de Mystic Falls sorriu para mim com aquele sorriso que apenas Damon Salvatore tinha.

- Damon! - sorri ao rever o meu velho amigo.

- Em carne e osso! - ele coloca seu braço ao redor de meus ombros. - O que te traz aqui, lindinha? - ele enche um copo de Bourbon.

- Estava precisando espairecer e como você sabe, o Grill é o melhor lugar para isso.- sorri engolindo um shot.

- Uouu, pega leve. - ele me olha. - Precisa que eu mate alguém?

- Não, preciso apenas da sua companhia, já é o suficiente para mim.

- Com você falando desse jeito eu fico com vontade de voltar a ser seu amigo colorido, gatinha. - ele ironiza e eu deixo escapar um sorriso. - Damon sempre sabia como me fazer sorrir em momentos como este. Apesar de nosso envolvimento no passado, Damon é também meu melhor amigo.

- Não quer falar, certo? Então faremos como nos velhos tempos, venha!- ele pega minha mão e me leva para o meio de uma estrada deserta.

- É bom saber que algumas pessoas nunca mudam! - sorrio.

Eu e Damon nos deitamos no meio de uma estrada, ele me ensinou este método há alguns anos atrás, para quando as coisas estivessem correndo mal em nossa vida. Nos deitavamos na estrada até alguém aparecer e quando aparecesse colococariamos tudo que estávamos sentindo para fora e em seguida matávamos a vítima. Quando ele me contou isto, na altura eu achei que ele fosse louco, só que, quando fui experimentar, senti me melhor. E era isto que iríamos fazer hoje. Já nos encontrávamos deitados na estrada de mãos dadas olhando para o céu estrelado. Em questão de segundos avistamos um carro parar em nossa frente. Uma mulher saiu do carro e se dirigiu a nós.

- Está tudo bem convosco? - a mulher questionou nos um pouco assustada.

- Nada bem.. - me levanto, assim como Damon. Aproximei me da mulher e a olhei. - O meu dia foi horrível.

- Entendo, querida. Mas irá superar isso, nossa vida é feita de altos e baixos. - a mulher encara me com uma expressão desconfiada.

- Você não entende, eu terei que ajudar a matar uma família que se tornou especial para mim. Acha que consigo superar isso? - questiono com meus olhos lacrimejando e percebo Damon me olhar completamente confuso.

- Isso é estranho, desculpe mas tenho que ir. - consegui ouvir os batimentos cardíacos da mulher acelerar, ela estava com medo.

- Não vá, pode dar me um abraço? - questionei enquanto lágrimas escorriam em meu rosto.

- Claro, claro. - ela aproximou se nervosa e assim me abraçou. Tudo que me concentrava era no belo pescoço da moça que chamava por mim, sendo assim, abri minha boca e enfiei minhas presas em seu pescoço. Os gritos da pobre mulher ecoaram pela estrada, e eu gostei daquilo. Suguei o sangue da vítima até à última gota. Por fim, deixei o corpo ali mesmo, na estrada.

- Já vi que vamos ter uma longa noite, lindinha. - o Salvatore sorri para mim.

𝗣𝗮𝗶𝘅𝗮𝗼 𝗜𝗻𝗲𝘀𝗽𝗲𝗿𝗮𝗱𝗮 - 𝗞𝗹𝗮𝘂𝘀 𝗠𝗶𝗸𝗮𝗲𝗹𝘀𝗼𝗻Where stories live. Discover now