CAPÍTULO 32

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Taylor e Travis deram um passo significativo. O tight-end viajou horas sozinho dentro de um avião para ver sua loira se apresentar na Argentina. Antes disso o homem, que estava um tanto apreensivo, conheceu Scott Swift o pai de sua namorada.
Em um jantar calmo no próprio restaurante do hotel após o show ser adiado por conta da chuva forte, o casal manteve um clima agradável com o pai da cantora. Surpreso Travis descobriu que seu sogro jogava futebol americano na faculdade, isso com certeza garantiu uma proximidade imediata e quebrou o gelo mantendo uma conversa inicial sobre o esporte. De maneira descontraída por saber que o sogro torce para os Eagles, o tight-end presenteou Scott com um cordão dos Chiefs garantindo que eles são "o lado bom da força".
Obeservar essa interação entre seu pai e namorado foi com certeza um dos melhores acontecimentos para Taylor. O fato de Travis ter saído do norte do continente americano e descido ao sul por ela e ter desfrutado do show dela fez mais uma ficha cair. A cantora ainda se pergunta se tudo isso é real.

A distância com certeza se fez difícil quando os shows do último país não só da leg latino-americana, bem como do ano, se iniciou. Brasil, um país com uma base de fãs extremamente grande e fiel, que esperava por anos pela vinda da cantora passou por acontecimentos no mínimo desastrosos.

O carro para na garagem e os seguranças levam suas malas para o hall de entrada. Taylor pediu que eles deixassem lá, ela sabe que tem duas mãos e pode levar suas próprias coisas para o quarto.

- Oi loira! - Travis aparece com um sorriso no rosto

Taylor foi direto em sua direção e o abraçou forte, chegando a perder as forças de suas pernas. Ela precisava desse abraço, não era só a saudade óbvia que ela sentia dele... porém depois de tudo o que aconteceu aquele abraço era a única coisa que poderia conforta-la.
Ele a abraçou forte. Travis sabia que ela precisava disso. O atleta passou essas últimas semanas completamente aflito com o fato de estar longe em um momento tão delicado. O tight-end lembrou da ligação no fatídico dia e escutar através do aparelho a mulher tentando falar em meio a uma crise de choro, completamente desestabilizada, lhe partiu o coração. Travis sabia que a ansiedade e culpa lhe haviam consumido. Não poder estar para que ela se sentisse amparada o atormentou todos esse tempo. Ele escuta um choro abafado e a olha.

- Desculpa não poder estar lá com você. - seu coração apertou em vê-la naquele estado. Ela apenas o abraçou de novo, no momento não existe nada mais reconfortante do que isso

Taylor chegou dos shows do Brasil a um dia. Ela está jogada na cama, mal consegue abrir os olhos, seus pés doem, sem mencionar vez ou outra, apesar de resolvido, a lembrança de tudo a deixa cabisbaixa, pensando em como a experiência deveria ter sido boa para os fãs que esperaram por tantos anos.
Travis dá um abraço nela, formando uma conchinha, e um beijo no pescoço; Taylor resmunga sem nem abrir os olhos. Sabendo que quando ela está na casa dele é sempre a cantora quem prepara as refeições, o mínimo que ele pode fazer para retribuir é levar alguma coisa pra ela comer.
Depois que ele se levantou e se arrumou, saiu para comprar algumas coisas em um mercado da cidade. Já não é cedo então ele compra alguns sorvetes e uns burritos que ele sabe que Taylor gosta.

- Você tem que levantar um pouquinho... - ele diz tentando acordá-la - Só pra comer! - ela resmungou e esticou os braços

Travis riu e a puxou. Ela ficou sentada na cama por um tempinho para ver se a alma voltava para o corpo. Enquanto Taylor escova os dentes, Travis estava na cozinha arrumando as coisas para ela e logo subiu.

- Que isso? - diz prendendo o cabelo em um coque baixo e tentando ajeitar sua franja

- Burritos. - coloca o prato no colo dela assim que ela se senta na cama - E tem sorvete lá embaixo. - dá três selinhos nela arrancando um sorriso tímido de Taylor - Eu gosto de quando você sorri! - sorriu e depositou mais um selinho em seus lábios - O que você quer fazer hoje?

- Sinceramente? - morde um pedaço do burrito - Nada... - suspirou - Não quero nada...

O tight-end consegue ver os olhos azuis da cantora cansados. Foi muita coisa. Muita coisa por trás que o público nem imagina, muita dor de cabeça e muita mentira jogada na mídia.

- Você sabe que é bom falar e não guardar as coisas, mas tudo no seu tempo! - deu uma pausa - Mas é importante falar... não guardar as coisas para você.

- Eu já disse tudo o que eu consigo. Não quero ficar relembrando tudo! Foi horrível... aquela empresa não assumiu nenhuma responsabilidade. A dor daquela família... - suspirou - Talvez eu deveria ter feito tudo diferente...

- Você fez o que deu para fazer e o que achou que deveria ser feito... o que já foi não dá para mudar. - apenas um suspiro profundo foi a resposta - Se eu pudesse mudava tudo por você, mas já que não tenho esse poder quero dizer que vou estar aqui por você! Com você! - ela assentiu e apoiou a cabeça em seu ombro sentindo o atleta deposita um beijo no topo de sua cabeça

...

NOTAS DA AUTORA: Hoje estou de bom humor! Esclarecendo uma coisa, está história é uma linha cronológica de nosso casal por isso este capítulo é minúsculo e menciona brevemente o Brasil porque eu não me sinto confortável em fanficar em cima de uma tragédia que foi extremamente traumática e dolorida. Não quero desrespeitar ninguém que passou por tudo aquilo. Espero que entendam!

Drunk In LoveDonde viven las historias. Descúbrelo ahora