V Capítulo • 2° Temporada

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P.O.V Selina
Uma barreira verde brilhante envolveu Neverland, segundos depois ela havia sumido, invisível.

-Está feito -disse.
-Continuo achando que isso foi uma má ideia -Tinke disse intrigada.
-Mesmo que tentem tomar Neverland, vamos ter uma enorme vantagem. A barreira pode aguentar quase todos os feitiços de invisão possíveis. Estamos seguros. Por agora.

"Imagino que não me queira mais aqui, Selina" -Sombra falou e a olhei com ódio nos olhos.

-Imaginou certo. Vá fazer o que seja lá que Peter te deixou encarregado.

Sombra fez uma rápida reverencia e saiu voando, para aonde quer que fosse.

-Tenho que ir indo -Tinke disse pegando o barco e indo para a ilha.
-Acha que foi uma boa ideia? -perguntou.
-Sim e não. Estamos protegidos mas... Estamos trancados. Se a coisa piorar, não teremos como sair.
-Como assim, "se a coisa piorar"?
-O envenenamento. Da árvore. Se começar a piorar, pode se espalhar para outras árvores e logo todo o ar de Neverland vai estar infectado e estaremos todos respirando um veneno mágico.
-Então nesse caso, é melhor Peter achar logo o que quer e voltar para nos ajudar. Enquanto não volta, paremos o que podemos para conter a infecção.

P.O.V Peter
Roubei o coração de toda tripulação de Hook. Os guardei em um lugar seguro. Preciso deles, e não terei piedade em usá-los no que quero.

-Pan!

Estava em uma árvore alta, em pé em um galho grande com as costas apoiadas no tronco e os braços cruzados pensando. Olhei para baixo e vi que era Hook que me chamava. Desci os galhos e fiquei na sua frente.

-Não precisa gritar, não sou surdo pirata imundo -disse.
-Porque pegou todos os nossos corações?
-Porque Will não gosta de você?
-Perguntei primeiro.
-E porque acha que vou te responder? -abri minha mão e na palma estava o coração dele.

Hook tentou pegá-lo, mas na mesma hora o apertei dele leve, fazendo ele sentir uma dor insuportável.

-Droga Pan, pare! -berrou.
-Dá próxima vez -fiz seu coração sumir- não me desafie.

Ouvi um barulho de cavalos ao longe, uma carruagem. Ela parou bem na frente de nosso acampamento e uma mulher com um vestido preto e azul, luvas escuras e um penteado lindo, tenho que admitir, era linda. Ela caminhou até nós e caminhei até ela, ficamos frente a frente.

-Se me dá a honra, quem é a bela senhora que veio a interromper minha tarde de assassinatos? -perguntei.
-Garoto insolente! Quem pensa que é para falar deste jeito comigo? Sou Regina, a Rainha deste reino.
-Oh, então... É a rainha má que estes piratas imundos tem tanto medo de encontrar.
-E quem seria você?
-Peter Pan.
-Peter Pan? Que nome mais ridículo.
-Regina? Que nome mais inútil -ela formou uma bola de fogo nas mãos e ia lançar em mim, quando com um movimento a lancei para longe.

Regina bateu as costas em sua própria carruagem e grunhiu para mim.

-Um nome inútil para uma Rainha tão bela e talentosa -ela me olhou confusa enquanto se levantava- Acredite, não quero lutar com você. Tenho coisas melhor para fazer.
-Como o que?
-Fazer uma aliança.
-E porque faria uma aliança com você, garoto estúpido?
-Porque queremos a mesma coisa.
-Se for arrancar sua cabeça, então estamos de acordo.
-Não. Acabar com o Senhor das Trevas.

Ela me olhou assustada e moveu a mão. Uma nuvem roxa nos envolveu a quando se dissipou, estávamos em um campo deserto.

-O que sabe sobre o Senhor das Trevas? -Regina perguntou.
-Mais do que você, aparentemente.
-Sei que ele quase arruinou minha vida. Mas me ajudou a ser a rainha que sou hoje -sorriu de lado com sua última frase.
-Mas ele continua sendo um problema, não é? -me aproximei- Sei tudo sobre você, Regina. Sobre Branca, como ela arruinou sua vida, como ganhou sua mágica só para se vingar de uma criança.
-Não deveria falar de coisas que não entende, garoto desprezível.
-Daniel. O nome dele era Daniel.

Disse e ela tentou novamente me jogar uma bola de fogo, mas com um movimento da minha mão mandei a bola para uma árvore, que pegou fogo e tão rápido quanto pegou fogo, virou cinzas.

-Não mencione o nome dele! -ela gritou.
-Nós dois temos corações partidos. Acredite.
-E o que isso tem haver com o trato?
-Simples -comecei a andar de um lado para o outro- Depois de anos de treinamento cresceu uma necessidade em você de ser melhor do que tudo e todos, assim como o Senhor das Trevas. E você tentou lutar com ele, mas como percebo, perdeu. E perdeu feio.
-Como sabe de tudo isso?
-Mas -nem liguei para sua pergunta- Ele teve uma piedade rara em seu coração e te deixou ir, mas com uma condição: nenhum atrapalharia um ao outro. Vocês dois respeitaram este trato, mas você nunca esqueceu um de seus maiores desejos, matar quem é melhor do que você.

Ficamos em silêncio por muito tempo.

-Posso te ajudar com isso -disse.
-E como um garoto conseguiria matar o Senhor das Trevas?
-Não, não quero matá-lo. Quero conter a maior parte de seu poder. E ai é que você entra. Eu tiro os poderes dele, você o mata. Todo mundo sai ganhando.
-Aceito. Mas o que você tem haver com o Senhor das Trevas?

Sai andando para longe.

-Isto é uma história para outro dia, minha cara.

P.O.V Selina
Eu e Jack voltamos para a Ilha voando. Mandei Jack ir fazer armas com os outros meninos. Fui até minha cabana e peguei minha estela, precisava tentar uma coisa. Fui abrindo caminho entre os meninos perdidos até a árvore infectada. Ela estava totalmente morta, o tronco pelo meio e podre. O buraco ao seu lado continha um líquido prateado. Tentei tocá-lo, mas ardeu, ardeu como nunca. Limpei a maior parte no chão e onde o líquido estava, começou a "corroer" a terra ali.

Não posso tocá-lo. Não sou mais shadowhunter. Sou mundana.

Peguei minha estela e tentei escrever algo na terra envolta. Nenhum símbolo que usava estava funcionando. Inútil. Tentei desenhar algo no tronco. A ponta brilhou e o símbolo começou a surgir, um iratze. Quando terminei, a árvore começou a criar raízes e puxar a metade no chão. Apesar de ter "consertado" a árvore, ela permanecia podre. Tentei novamente desenhar mais um iratze, o que trouxe um pouco mais de vida a árvore.
E funcionou. O buraco ao lado só tinha uma gota do líquido ali e tinha um colar de pingente ali. O líquido voltou a borbulhar e o buraco se encher, mas antes de encher, peguei o mesmo e estava quente, muito quente.
Mas quando o joguei, ele se abriu. Uma foto minha de um ano atrás e de minha mãe, Emma. O que... o que ele fazia aqui?

-Selina!

Ouvi alguém gritando, peguei o colar com a ponta da blusa e coloquei o mesmo no bolso da camisa. Corri para o acampamento e todos estavam em um semi-círculo. Atravessei todos eles e vi Felix.

Repleto de sangue.

-Sentiram saudades? -ele perguntou com um sorriso maligno nos lábios.

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O I E
A M A D O S
L E I T O R E S

Postei tarde, mas postei 😂
Bom, espero que estejam gostando. Favoritem e comentem! Beijos ❤

Welcome to Neverland   •em revisão•Where stories live. Discover now