VI Capítulo - 2° Temporada

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P.O.V Selina
Estava de boca aberta. Felix havia simplesmente sumido havia dois meses, ninguém sabia dele. Peter nem se importou em procurá-lo, disse que Felix sabia de virar e que sempre voltava. Mas das outras vezes ele também voltava ensanguentado?

-Felix... De quem é esse sangue? -perguntei.
-Meu. E de uma garotinha.
-Felix! O que você fez?! -gritei.
-Eu? Matei uma garotinha.

Ele se levantou e tirou uma faca ensanguentada do bolso. Rapidamente fiz com que a faca evaporasse e o mandei para um tronco de árvore, fazendo os galhos o prenderam e o apertarem o máximo que pudessem.

-O que você fez?!

Ele começou a rir como um maníaco.

-Felix! -berrei.
-Eu já disse o que fiz, garota burra! Matei uma garotinha!
-Quem era?! Porque fez isso?! -ele parou e pude finalmente ver a cor de seus olhos.

Antes eram castanhos como a árvore que o prendia, agora tinham uma cor vibrante de verde.

-Você foi enfeitiçado. Quem fez isso?!
-Eu não fui enfeitiçado! Fiz o que fiz porque queria! Ninguém me obrigou a nada! Apenas recebi um pedido... E o aceitei.
-Quem mandou você fazer isso?!

Ele começou a rir como um maníaco novamente e se calou, olhando a todos com desgosto nos olhos verdes. Felix foi enfeitiçado, sei disso. Reconheço bem essa magia. Já fui uma de suas vítimas. Me virei para os meninos.

-Quero que os cinco meninos mais fortes de vocês fiquem vigiando Felix 24 horas por dia! Se ele escapar, falar, tentar alguma coisa, matem ele. E é uma ordem que se não for obedecida -formei uma bola de fogo nas mãos- irá ter uma conversinha comigo. Vão!

Eles conversaram rapidamente entre eles e foram escolhido os cinco: Alex, Pedro, Lucas, Daniel e Jack. Os cinco pegaram suas respectivas armas e formaram um círculo envolta de Felix. Fechei os olhos e me concentrei, ergui as mãos e lancei o feitiço. Os galhos ficaram roxos e apertaram Felix mais ainda.

-Ele não deve sair dai por um bom tempo, mas fiquem de olho -disse e sai andando.

Porque sinto que as coisas irão apenas piorar daqui para frente?

P.O.V Peter
Dois dias. Dois dias e nada de Will. E hoje iria encontrar Regina para discutir os detalhes de nossa parceria.
Aquela conversa que tive sobre ela matá-lo? Mas é claro que menti. Sou mais do que um bom ator, sou um perfeito mentiroso.
Estava novamente em um galho grande, com as costas na parede e braços cruzados. E, de um segundo para o outro, mais de vinte pássaros passaram voando como se fossem todos uma grande família. Será que eu poderia... Fazer uma família com Selina? Ter um filho? Ou uma pequenina garotinha? Seria lindo. Consigo até imaginar.

"-Peter! -Selina iria dizer quando nosso filho estivesse correndo como louco pela ilha- Eu disse para ficar de olho nele! -ela iria estar irritada.
-E eu estou! Olhe lá -e ele, estaria dando gostosas risadas de se ouvir com a companhia das sereias.
-Oh... -ela estaria chorando de emoção e a abraçaria.
-Somos uma família, Selina.
-Somos uma família.

Então nosso filho viria correndo para nós, pegaria ele no colo e Selina reclamaria da bagunça que ele provavelmente estaria por estar na areia."

Seria perfeito. Mas a vida, infelizmente, não é como queremos.
Envolvendo-me em uma fumaça verde, apareci no majestoso salão do castelo de Regina. Apareci com o ombro encostado em uma das vigas redondas, de braços cruzados. Os guardas gritaram para mim, mas com um movimento fiz suas armas desaparecerem.

-Isto é mesmo necessário? -disse quando Regina me notou na sala- Uma rainha com tamanho poder precisa de tantos guardas? Isto é ridículo.
-Ridículo é pensar que pode entrar em meu castelo sem avisar.
-Eu disse que viria, não disse? -disse indo em sua direção- Precisa ter mais atenção no que digo, majestade.

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