Capítulo 24

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Sem muito o que fazer, afinal Tom não era desses homens impulsivos, na verdade era o oposto. Tom aceitava com muita facilidade aquilo que lhe diziam e sendo assim acreditou na história de Jessica.

Retornou suas atividades. Alguns dias depois de sua volta depois de vários esforços Phillip convenceu Tom de sair com eles depois do expediente de trabalha para um Happy Hour. Aceitou pelo motivo: hora de deixar Emily partir. Cinthia se esforçou muito e conseguiu atrair a sua atenção.

– Fico feliz que tenha aceitado o nosso convite... – Cinthia estava com ele no balcão do pub lado a lado e sussurrava em seu ouvido. – Sempre nos evitou!

– Peço desculpas por isso, antes do acidente minha vida estava um caos total. – Tom repetia o mesmo gesto e sussurrava no ouvido de Cinthia que não consegue disfarçar o arrepio ao ter aqueles lábios que tanto desejava ali encostado em sua pele.

– Espero que esteja conseguindo colocar ela nos eixos novamente. – Cinthia sorri – Mais um?

– Sim, por favor!

– É isso ai! Vamos nos divertir hoje, você merece! – Cinthia lhe dá um beijo de leve e se afasta.

Tom ficou surpreso com essa atitude da moça. Um sorriso em seu rosto nasce. Cinthia percebendo que no momento do beijo Tom havia ficado confuso pediu duas doses de tequila ao barman e agora estendia para Tom uma delas. Ambos terminam sua dose em apenas um gole e então os olhares se alinham. Tom enlaça sua cintura a traz contra seu corpo. Seus lábios se unem sutilmente até entrarem em um ritmo mais constante.

– Seria muita pretensão minha parte querer te tirar daqui? – Tom toma a iniciativa, algo inusitado até para ele.

– Nenhuma! Venha comigo, meu carro está a poucas quadras daqui e podemos ir para minha casa, só aviso não moro sozinha. – Cinthia o puxava pelas mãos esperou tempo demais por aquilo, não deixaria que escapasse.

– Espera! – Tom interrompe – Não mora com seus pais né?

– Claro que não! – Cinthia solta uma gargalhada – Divido uma casa com algumas amigas, mas não se preocupe cada uma tem seu quarto.

Sem nada que os impedissem partem para casa de Cinthia. Tentavam se controlar ao máximo durante o percurso. Cinthia se arrependeu em alguns momentos de não terem pegado um táxi, dessa forma poderia estar desfrutando de seus beijos.

Chegam cambaleantes e rindo fazendo muito barulho. Sobem apressados até o quarto de Cinthia no segundo andar do sobrado. A porta mal é fechada e as roupas que usavam começam a serem descartadas.

– Eu sempre achei lindas as usa pernas... – Tom falava em seu ouvido entre um beijo e outro – Quando você usa as suas saias curtas... aquilo me deixa louco –afundou a sua língua na cavidade da orelha de Cinthia – É difícil de se controlar e não querer tocar.

– O que está esperando? – Cinthia sentia seu corpo falhar a cada palavra dita em seu ouvido.

Cinthia não precisou perguntam mais uma vez. As mãos de Tom deslizaram em direção ao alvo de seu desejo e sua boca engolia a dela. A cada movimento Tom encaixava Cinthia contra seu corpo esguio.

Abandonou seus lábios ainda com o gosto amargo das bebidas e desceu por aquele corpo. Suspendeu a sua saia minúscula e apertou sua bunda redondinha. Cinthia era daquelas mulheres com curvas.

Houveram além de apertões, algumas mordidinhas até a calcinha deixar de ter uso. Cinthia suspirava e gemia. Os dedos de Tom competiam com sua língua em busca daquela parte cheia de desejo de Cinthia. Tom sentia seus cabelos sendo bagunçados conforme invadia a moça.

Cinthia já havia desistido de controlar seus gemidos quando sente seu corpo sendo colocado em sua cama. Tom dedilhou novamente as suas curvas e finalmente a deixou completamente nua. A cabeça de Tom rodou. Algo lhe invadiu e outro rosto apareceu em sua frente. O sorriso de Cinthia tomava outra forma. Emily!

Nesse momento de hesitação Cinthia inverte os papéis e agora deixa Tom sem suas roupas. Sua vez de sentir aquele homem na sua boca. Desejou estar dessa forma desde o primeiro dia em que viu atravessando o seu departamento para falar com seu chefe. E os meses que seguiram intensificaram ainda mais sua vontade e agora podia matar.

Cinthia não deu trégua. Teve por completo em seus lábios. A imagem da usurpadora de sanidade abandou Tom e este voltou para o jogo momentos antes de se deixar consumir pelo desejo. Inverteu as posições com Cinthia a tomou por completo, totalmente consciente e focado na mulher com quem estava.

As mãos dançavam entre os corpos suados. Línguas, mordidas, sussurros, gemidos e arranhões. As pernas de Cinthia sobre seus ombros. Tom entrava quase a mente de Cinthia e essa apenas pedia por mais e mais. E tudo sumiu assim em segundos. Os corpos exaustos desabam e adormecem encaixados.

Algumas horas passaram desde que Tom deixou que sua vida continuasse. A sua cabeça doía. Era a dor da ressaca e da culpa. Culpa por ter usado Cinthia para esquecer Emily. Vendo a moça nua ao seu lado na cama se sentiu incomodado a ponto de querer sair dali antes que ela acordasse. Nada muito cavalheiro de sua parte dele ainda mais sendo como é.

Tom vestiu sua roupa no mais completo silêncio. Seu estômago começou a revirar. Antes de deixar o quarto escreveu em um pedaço de papel a palavra: Desculpa. Desceu aquelas escadas de forma oposta à que subiu. As outras moças que moravam com Cinthia apenas viram um vulto passando pela porta. Ao olharem pela janela observam um homem alto que já ia longe andando a passos largos pelo quarteirão.



Meias Verdades [Completo]Where stories live. Discover now