Capítulo Trinta e Seis - Hannah

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"Espere-me às 18h30, pronta. Nosso encontro foi adiado para hoje"

Foi essa a única mensagem que recebo de Frank durante o meu almoço com Beth, que me olha curiosa porque enquanto eu lia a mensagem dele, eu franzi o cenho.

— Quem é? Frank? – ela pergunta com uma animação que chega a ser ridiculamente infantil.

— Sim – eu respondo – ele acabou de marcar um encontro comigo, praticamente me intimando a comparecer.

— E você vai – ela fala decidida. – Pode responder essa mensagem agora, Hannah.

E eu respondi...

Cinco minutos depois pagamos a conta do restaurante e Beth me levou para várias lojas do shopping para que pudéssemos escolher uma roupa para que eu pudesse ir ao encontro, e agora, acabamos com quase cinco sacolas em cada mão, cada uma, e eu tenho quase certeza de que nem usarei metade das coisas que compramos, mas eu não podia parar Beth, o sorriso quase infantil no seu rosto por causa do meu encontro marcado chegava a contagiar quem quer que olhasse.

Agora estou me arrumando, no meu quarto, para sair, enquanto Beth me espera na sala assistindo algum programa na minha televisão.

As horas passaram correndo e tudo o que eu sinto é ansiedade...

Quero acreditar que as coisas finalmente estão se resolvendo e que o nosso tempo foi muito menor do que eu esperava que fosse.

O interfone do meu apartamento toca quando eu já estou na sala e

Beth está aprovando meu visual da noite.

— Alô — falo quando atendo.

— Srta. Collins, o Sr. Miller está na frente do prédio, te esperando.

— Obrigada, por avisar — agradeço e desligo o telefone no gancho.

— Ele chegou — falo animada para Beth. Ela sorri para mim.

— Vou usufruir do seu apartamento enquanto você sai com o médico. Adeus, Hannah. Divirta-se.

— Folgada!

Saio do meu apartamento rindo... Beth sendo Beth.

Sua BMW está estacionada do outro lado da rua, ele está encostado no carro e com um sorriso imenso em seu rosto. Seus cabelos, perfeitamente penteados, seus olhos mirando fixamente em mim enquanto eu saio do meu apartamento.

— Olá — ele diz e está sorrindo de orelha a orelha, o que me faz abrir um sorriso genuíno também.

— Oi — eu vou até o lado do passageiro e ele vai à minha frente e faz questão de abrir a porta pra mim e eu sorrio em agradecimento pelo gesto.

— Tudo bem? — ele pergunta assim que entramos no carro.

— Tudo e você? — respondo.

— Perfeito. — ele diz, e o sorriso que tanto faz meu coração acelerar, continua lá.

— Onde vamos? — pergunto.

— Você já vai ver... — Frank responde.

Eu faço um bico.

— Ah, fala vai... — insisto.

Para Sempre ElaOnde histórias criam vida. Descubra agora