Capítulo Trinta e Oito - Hannah

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            Três anos e eu ainda me surpreendo o quão confortável é estar envolvida pelo abraço de Frank. É isso o que ele faz agora... Abraça-me. Nós trocamos beijos já naquele dia e, diga-se de passagem, são ótimos, mas nada se compara ao seu abraço que é o lugar onde eu me sinto mais segura no mundo.

Nós estamos prontos para irmos até a casa de tia Holly e no apartamento dele. E eu juro que eu não entendi o motivo de ele ter resolvido convidar tanta gente, mas é claro que eu gostei disso. Ter todo mundo que a gente ama reunido em um só lugar...

E pelo que Frank disse, Elena levaria seus filhos, ou seja, para completar, Jack teria companhia.

E, além dele, Banzé se sentiria totalmente afobado e eufórico com tanta gente.

— Vamos? – Frank pergunta. Por algum motivo ele está nervoso, eu não sei qual, mas acho que tem a ver com o churrasco de hoje.

Segui Frank para fora do seu apartamento e sorri ao ver a velha BMW — mas em perfeito estado — estacionada na vaga de sempre do estacionamento... Acho que Frank demoraria a trocar de carro. Ele tinha um amor por aquela BMW que, se não fosse um carro, eu jurava que iria ficar com ciúmes. Nós antes de paramos em Holly, iríamos buscar Jack, que agora mora com Rebeca em um apartamento em Londres.

Frank não dá a oportunidade de ver a "ex" quase nunca e eu fico aliviada toda vez que isso acontece... E, de certa forma, eu me apeguei ao garoto e, então, por isso não reclamo de o buscarmos para um passeio de vez em quando.

Além disso, também há o fato de que Rebeca está namorando um rapaz. Ninguém conhece, e todas as informações que temos foi a partir de Jack.

Quando chegamos à casa de tia Holly todo mundo já estava lá. Jack saiu correndo do carro porque estava louco para ver Banzé.

Além disso, assim que eu fui procurar meu pai para cumprimentá-los eu vi que ele estava ao lado da minha mãe e ambos estavam exageradamente felizes, o que me incomodou um pouco, mas não é como se eu ficasse incomodada com a felicidade alheia, é que eles estão agindo como se algo grande fosse acontecer...

Isso e mais o nervosismo de Frank estavam me assustando, até que eu resolvo puxar Beth para um canto e perguntar o que diabos estava acontecendo.

— O que tá acontecendo? — estou dominada pela curiosidade.

— Não sei. O namorado é seu e a família é sua. — ela dá de ombros — Você deveria saber...

— É, mas eu não sei... — falo contrariada. Saímos do quarto e vamos para fora. Onde todo mundo está conversando. Jack e os filhos de Elena estão correndo pelo jardim na companhia de Banzé. O que me faz sorrir abertamente.

Frank está conversando com Elena e seu marido quando eu o abraço por trás;

♥ ♥ ♥

— Você já comeu alguma coisa? – ele pergunta — quer beber algo? Eu pego pra você.

— Eu estou bem, Frank – afirmo.

— Tem certeza? — ele questiona preocupado e eu sorrio para a sua preocupação achando incrível a forma que ele cuida de mim.

— Absoluta – eu respondo e em seguida dou um beijo em sua bochecha.

— Parece que Jack e minhas crianças se deram bem — Elena disse.

— Sim — seu marido, que também está lá, concorda. — E nós estamos pensando em mudar nossas crianças de escola e pensamos em colocá-las na mesma de Jack. Já que eles já são amigos.

— Parece incrível. — Frank diz com um belo sorriso no rosto.

Era para ser um jantar, mas por Londres acabar escurecendo cedo, nós fizemos um almoço do lado de fora da casa. Sento-me ao lado de Frank, que segura minha mão toda vez que tem um tempo, ou para a comida ou para conversar com alguém. Jack está sentado perto de mim e vez ou outra converso com ele também que está falando e falando sem parar.

Até que eu descubro o fato de todo mundo – vulgo Frank, meu pai e minha mãe e admito que Elena também – estar agindo ansioso para alguma coisa. Frank chama todos para a sala e me surpreendo quando tia Holly entrega um violão para ele.

Desde quando Frank sabe tocar?

Todos estão em roda na sala. E até que meu coração começa a bater mais rápido quando eu percebo que Frank está fazendo alguma coisa para mim. Respiro fundo tentando me deixar levar para o momento, mas eu estou muito nervosa também... Assim como Frank que ficou com suas pernas balançando durante o almoço.

Nervosismo puro. E se ele está nervoso eu deveria estar?

Até que ele começa tocar uma música, que eu desconheço, mas a letra define perfeitamente tudo o que passamos e, depois de cantar, olhando fixamente para mim, meu coração parece dar um salto dentro do meu peito, e então...

Frank começa a falar assim que termina de cantar e entrega o violão novamente para tia Holly que está com um sorriso no canto dos lábios.

— Sabe, Hannah, eu não fui a melhor pessoa da sua vida no Ensino Médio. Pelo contrário. Fiz tudo o que pude pra te irritar, pra te ver triste. A troco de quê? Nada. Não ganhei nada fazendo aquelas coisas com você. Mas eu cresci, fiz faculdade e me tornei um bom médico. Foi quando eu descobri quão importante era ajudar o próximo. Então, você apareceu, e eu percebi uma coisa. De nada adiantaria eu ajudar as pessoas se eu não me redimisse com você. Você é minha luz no fim do túnel. Eu nunca estive tão feliz. Como estou feliz ao seu lado! Estou apaixonado por você, e quero que isso dure para sempre. Quero estar ao seu lado nos momentos felizes e principalmente nos tristes, que é quando você mais precisará de mim. Quero poder acordar todos os dias e te levar café da manhã na cama, só pra ver esse seu sorriso que eu adoro tanto. Você é tudo o que eu sempre quis, e estou disposto a fazer o que for possível para fazer de ti a mulher mais feliz deste mundo. Quanto ao impossível? Por você eu dou um jeitinho. Casa comigo, Hannah?

— Sim! – foi a minha resposta à sua pergunta, depois de me jogar em seus braços enquanto eu sentia todo o nervosismo que eu tinha se esvair...

Sim!

Claro que "sim" porque nada me faria mais feliz do que poder estar em seus braços para sempre.

  


Para Sempre ElaWo Geschichten leben. Entdecke jetzt